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Tuberculose: casos no Brasil caem 3,5% em 2011; doença ainda é quarta causa de óbitos entre infecciosas

Brasília – Dados divulgados hoje (26) pelo Ministério da Saúde indicam que os casos de tuberculose registrados no país em 2011 caíram 3,54% em relação ao ano anterior – foram notificados, ao todo, 69.245 casos contra 71.790 em 2010.

Já a taxa de incidência da doença no Brasil, de acordo com a pasta, caiu 15,9% na última década. Em 2001, foram registrados 42,8 casos de tuberculose para cada 100 mil habitantes contra 36 casos no ano passado.

Em relação aos óbitos provocados pela doença, houve queda de 23,4% no período de dez anos, segundo o ministério. Em 2001, o país registrou 3,1 mortes para cada 100 mil habitantes contra 2,4 mortes em 2010.

Apesar dos avanços, a tuberculose no Brasil representa a quarta causa de óbitos por doenças infecciosas e a primeira entre pacientes com aids. A recomendação do ministério é que todos os pacientes diagnosticados façam o teste anti-HIV. Entretanto, em 2010, apenas 60% dessas pessoas foram testadas.

De acordo com a pasta, em 2011, foram investidos US$ 74 milhões no enfrentamento à doença, contra US$ 5,2 milhões em 2002.

Tosse por mais de três semanas, com ou sem catarro, é o principal sintoma da tuberculose. Ao apresentar esse quadro, qualquer pessoa deve procurar uma unidade de saúde. Caso o diagnóstico seja confirmado, o tratamento deve ser iniciado imediatamente, para que a cadeia de transmissão seja interrompida.

O tratamento deve ser feito durante seis meses, sem interrupção, e é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Fonte: Agência Brasil

Brasil não deve ceder à indústria do fumo, pede chefe da OMS

O Brasil não deve recuar em suas políticas antitabagistas frente à pressão da indústria, declarou Margaret Chan, diretora-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde).

“É importante que o governo como um todo esteja unido na mesma posição. O Brasil é um líder no controle do tabaco, deve manter o bom trabalho”, disse Chan à Folha durante a 15ª Conferência Tabaco ou Saúde, que acontece em Cingapura.

A mais recente disputa envolvendo o setor tabagista no país está ligado à proibição pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) do uso de aditivos no cigarro, adotada neste mês após forte lobby contra a medida.

Pressões conduzidas pela indústria tabagista sobre governos e políticas de restrição ao fumo são, justamente, o tema central da conferência.

“Só tenho uma posição: lutar contra a indústria do tabaco da forma mais vigorosa possível”, declarou Chan anteontem. “Apoiamos todos os países desafiados judicialmente, sob ameaça ou intimidação”, disse em discurso durante o evento.

LIGHT

Os casos mais discutidos são ações judiciais contra os governos do Uruguai e da Austrália. Ações adotadas pelo Uruguai, como o banimento da expressão “light”, foram questionadas.

A Austrália, que adotou de forma inédita a padronização de maços de cigarro para 2012, com exclusão da marca, é contestada em instância internacional pela indústria.

Segundo Chan, é preciso fazer da padronização do maço “um grande sucesso, para que o êxito da Austrália seja o de outros países”.

Na quinta-feira, depois de ouvir sobre a pressão da indústria contra a decisão australiana, Chan concluiu sua fala brincando. “Algo que aprendi é: frente a qualquer coisa que a indústria diga, caminhe para o outro lado.”

Um dia antes, a diretora da OMS classificou de “surreal” a intimidação de governos soberanos pela “desprezível” indústria tabagista.

Fonte: Folha de S. Paulo

Decisão da Anvisa sobre próteses de silicone gera críticas no Ceará

anvisaPresidente da SBCP-CE afirma que há pacientes que não podem esperar muito tempo por padronização da Anvisa

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou, ontem, resolução que suspende as importações de próteses mamárias de silicone no País. O órgão também proibiu a venda dos implantes fabricados no Brasil.

A medida, que é temporária e começa a vigorar a partir de hoje, será expandida até que o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) registre as novas normas de avaliação de qualidade do produto. Um portaria definitiva para a certificação das próteses deve ser publicada até o próximo dia 31 de março.

No Estado, conforme os dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), Regional Ceará, as cirurgias de colocação de mamas são líder entre as intervenções plásticas, superando, inclusive, a lipoaspiração. E é com base nesta constatação que o presidente da SBCP-CE, Paulo Régis Teixeira, vê um problema na resolução da Anvisa.

“Existe um contra-tempo muito grande com essa medida. Nós temos paciente que faz reconstrução de mama por ter câncer de mama e não pode ficar sem a prótese. Vai se adiar essa cirurgia até se padronizar isso? Não tem sentido! Vamos aguardar qual será a atitude que a SBCP poderá tomar”, afirmou o cirurgião plástico, Paulo Régis.

Segundo o médico, hoje, no Ceará, 21% das cirurgias plásticas e estéticas realizadas são de implante mamário. O cirurgião destaca que a Anvisa quer padronizar o que já deveria ter feito. “Ela liberou as próteses das empresas que ocasionaram problemas porque não existia fiscalização, mas agora corre atrás”.

As novas regras foram aprovadas depois do escândalo envolvendo as marcas francesa Poly Implant Prothese (PIP) e holandesa Rofil, acusadas de usar silicone inapropriado, aumentando o risco de o implante romper ou vazar e provocar problemas de saúde. A partir de agora, as próteses terão de passar por testes de laboratórios brasileiros para checar a resistência e composição do silicone usado e exames biológicos. Além disso, os fabricantes serão inspecionados.

Fonte: Diário do Nordeste

Superbactéria: 45 casos de KPC são confirmados

Todas as ocorrências foram confirmadas por exames laboratoriais, mas ainda passarão por teste feito fora do Ceará

Hoje, já são 45 casos de pacientes infectados pela bactéria Klebsiella Pneumoniae Carbapenemas (KPC). Todos foram confirmados por exames laboratoriais realizados no Ceará. A informação foi divulgada, ontem, pela Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa). O órgão já havia comprovado, na última sexta-feira, 27 casos suspeitos de pacientes com KPC. Destes, 25 em hospitais públicos e outros dois casos da bactéria que tiveram óbitos confirmados pelo Instituto do Câncer do Ceará (ICC), unidade privada. Porém, o coordenador de Promoção e Proteção à Saúde da Sesa, Manoel Fonsêca, afirmou a existência de outros 18 casos suspeitos em hospitais particulares, o que totaliza 45.

Segundo ele, apesar de todos terem se submetido a exames realizados em um laboratório particular, os quais deram resultados positivos, o Laboratório Central de Saúde Pública do Ceará (Lacen) aguarda, ainda, a chegada de kits biomoleculares, chamados de teste ouro, vindos de fora do Estado para exata comprovação. Conforme Fonsêca, os exames devem ser realizados a partir do dia 30 deste mês. No próximo dia 3 de abril, os resultados devem ser divulgados. “Os exames realizados nos laboratórios do Ceará geram um diagnóstico de potenciais positivos, já o teste ouro é a confirmação exata” explica o coordenador.

Nesta semana, duas mortes foram confirmadas no ICC por contaminação pela KPC. Havia outros cinco pacientes suspeitos na unidade, mas o diretor clínico do hospital, Reginaldo Ferreira, divulgou que o resultado dos exames realizados deu negativo. Esses casos, segundo Manoel Fonsêca, não precisarão passar por teste, somente os positivos.

Óbitos

Segundo Ferreira, no caso dos dois óbitos, os pacientes estavam dentro de um contexto de gravidade. Eram pessoas que não tinham somente a infecção pela bactéria. “A causa da morte não foi o KPC, já que esses pacientes tinham o diagnóstico de câncer avançado”, destaca.

Ainda de acordo com ele, o exame de cultura realizado por um laboratório terceirizado pela unidade é de total confiança e trabalha dentro das regras da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. “Temos 99% de certeza do diagnóstico realizado. Porém, podemos, sim, refazer os testes”, destaca. Conforme Manoel Fonsêca, a KPC é uma infecção hospitalar que acomete, principalmente, pacientes que estão debilitados, imunodeprimidos e que passam muito tempo internados em leitos de UTI com uso prolongado de antibióticos de amplo espectro.

Todo mês, em alguma UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Ceará e do Brasil, morrem pacientes vítimas de KPC. Não temos como evitar que as pessoas que estão expostas a uma patologia crônica peguem uma bactéria super resistente”. Apesar de ressaltar que não há risco de surtos ou epidemias devido ao KPC, o coordenador destaca a importância da atuação de uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar em todos os hospitais que possuem UTIs.

Segundo Fonsêca, essas equipes são formadas, geralmente, por um médico, uma enfermeira e um farmacêutico, os quais são responsáveis por analisar e detectar qualquer tipo de infecção nos pacientes que estão internados na UTI.

“Todos os seis hospitais públicos de responsabilidade do Estado, localizados em Fortaleza, possuem Comissões de Controle de Infecções Hospitalares. Essa equipe é fundamental para evitar mortes por infecções bacterianas”, diz o especialista. A secretaria divulgou uma nota técnica sobre os cuidados preventivos contra a infecção pela bactéria Klebsiella pneumoniae carbapenemase, elaborada pela Coordenadoria de Promoção e Proteção à Saúde. O texto alerta os profissionais de saúde e as pessoas que acompanham e visitam doentes nos hospitais sobre a necessidade de higienização das mãos com água e sabão ou álcool gel.

Epidemia

De acordo com a Sesa, os hospitais não são obrigados a informar os casos da bactéria porque elas não têm capacidade de causar epidemia. Geralmente, são situações restritas de pacientes internados em UTIs. “A KPC é uma bactéria que provoca pneumonia, não é de notificação compulsória e é muito comum em hospitais”, diz Fonsêca.

Diagnóstico

25 casos suspeitos da superbactéria, que ainda terão a confirmação exata, por meio do teste ouro, vindo de outro Estado, estão em hospitais públicos do Ceará.

Fonte: Diário do Nordeste

Governo autoriza reajustes de até 5,85% nos preços dos medicamentos

aumento-de-precos-remediosBrasília – Resolução da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) publicada hoje (19) no Diário Oficial da União autoriza reajustes de até 5,85% no preço dos remédios vendidos em todo o país.

As alterações podem ser feitas a partir do próximo dia 31 e devem ter como referência o chamado preço fabricante (limite usado por laboratórios ou distribuidores de medicamentos para venda no mercado brasileiro) cobrado em 31 de março de 2011. Até a data limite para a entrada em vigor do reajuste, as empresas produtoras de medicamentos deverão apresentar à Cmed o relatório de comercialização com os preços que pretendem cobrar após a aplicação da correção.

De acordo com a resolução, a categoria de remédios em que o faturameto com a venda de genéricos seja igual ou superior a 20% pode sofrer reajuste de até 5,85%. Já a categoria de remédios com faturamento de genéricos entre 15% e 19% tem reajuste autorizado de até 2,8%.

O reajuste de até 5,85% tem como base a variação, nos últimos 12 meses, do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Fonte: Agência Brasil

Quatro pacientes com suspeita de gripe A são internados

São duas grávidas, uma idosa e um homem obeso. Todos vem sendo tratados, mas ainda aguardam o resultado dos exames. As três mulheres, internadas na Meac, estão sendo mantidas no isolamento

Mais duas mulheres grávidas, com 17 e 26 anos, e uma senhora de 59 anos, que deu entrada apresentando coriza, dispneia e febre, estão na Maternidade-Escola Assis Chateaubriand (Meac), com suspeita de estarem com gripe A (H1N1). Além delas, um homem de 48 anos, considerado obeso, foi recebido na última quarta-feira, 14, no Hospital São José, apresentando quadro sintomático compatível com a doença.

De acordo com o coordenador de Promoção e Proteção à Saúde da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), Manoel Fonseca, já foram coletados materiais para exames dos quatro novos pacientes, que são todos de Fortaleza. Tudo foi encaminhado ao laboratório para a confirmação ou não do diagnóstico. O diretor da Meac, Carlos Augusto Alencar Júnior, explica que as três mulheres estão sendo mantidas no isolamento, mas diz que a evolução do quadro clínico delas é muito boa. Segundo ele, o resultado do exame precisa ser aguardado.

Quanto ao paciente que está no Hospital São José, o diretor da unidade, o médico infectologista Anastácio Queiroz, afirma ser um homem que apresenta sobrepeso, além de ter problemas com tabagismo, fatores que ele lembra serem de risco para a enfermidade.

UTI

Ainda continua internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Maternidade-Escola, onde é mantida sedada e respirando com ajuda de aparelhos, a paciente M. S., de 21 anos, que foi internada em estado grave na semana passada e teve o diagnóstico de gripe A confirmado.

Ela veio do município de Beberibe. Estava grávida e foi submetida a uma cesariana antecipada para salvar a vida do bebê. A criança está na UTI neonatal e passa bem. Segundo Adriana Silva de Souza, que é afilhada de M. S., ela vem evoluindo bem ao tratamento.

Adriana disse que todas as manhãs visita a madrinha. Em relação ao bebê, ela afirma que ele só espera ganhar peso para ir para casa. Manoel Fonseca e Carlos Augusto confirmam a situação de saúde estável de M. S., dizendo que ela evolui para a recuperação, desde que não seja acometida por alguma outra infecção.

Os sintomas da gripe A (H1N1) lembram os da gripe comum. A pessoa afetada pode apresentar um início abrupto de febre alta, associado à tosse, dores musculares e nas articulações (juntas), dor de cabeça, prostração, coriza, garganta inflamada, calafrios, dispneia e, às vezes, vômitos e diarreia.

Para o infectologista Ivo Castelo Branco, a disseminação da gripe A (H1N1) poderia ter sido evitada se tivesse havido a vacinação no município de Pedra Branca, quando ocorreu um surto da doença em 2011. “Não foi tomada essa providência naquela época e nesse momento não existe vacina”, disse, comentando que a vacinação precisaria ser antecipada por aqui em função do período de chuvas.

O especialista destaca que isso exigiria uma mudança na estratégia de distribuição das vacinas pelo Governo Federal. “Como são poucas as pessoas (infectadas até o momento), dá para fazer o bloqueio com medicamentos”. Na última terça-feira, 13, o Ceará registrou a primeira morte deste ano por gripe A. Ezi Costa Figueiredo, 27, morreu após parada cardíaca. Ela estava internada na Meac.

ENTENDA A NOTÍCIA

Dois casos da gripe A (H1N1) foram confirmados no Ceará este ano e atingiram mulheres grávidas. Uma delas morreu e outra continua internada. Quatro pacientes com sintomas da doença ainda aguardam o diagnóstico.

Saiba mais

1) A Influenza A é uma doença respiratória causada pelo vírus H1N1. A transmissão é de pessoa a pessoa, principalmente por meio de tosse, espirro ou de secreções respiratórias de pessoas infectadas.

2) O período de transmissão da doença é diferente entre adultos e crianças. Nos adultos, o período é de sete dias após o aparecimento dos sintomas, enquanto em crianças este período vai de dois dias antes até 14 dias depois do início dos sintomas.

3) Normalmente, a doença não é grave. O quadro pode se agravar quando ocorre em pessoas de risco: grávidas, obesos, crianças, idosos e pessoas com doenças graves ou crônicas (cardiopatia, diabetes, nefropatias).

4) É fundamental que ao tossir ou espirrar, a pessoa cubra o nariz e a boca com um lenço, preferencialmente descartável. Evite locais com aglomeração de pessoas e contato direto com doentes.

5) Não compartilhe alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal. Evite tocar olhos, nariz ou boca. Lave as mãos frequentemente.

Fonte: Jornal O Povo

Cigarros aromatizados e com sabor estão proibidos no Brasil

anvisaA indústria nacional e as importadoras terão um ano para adaptar o processo de fabricação do cigarro e seis meses para retirar de circulação os aromatizados

Depois de mais de três horas de debate, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) baniu os cigarros aromatizados e com sabor no país. Em reunião na última terça-feira, 13, os quatro diretores da agência reguladora decidiram proibir a adição de substâncias que dão sabor e aroma aos cigarros e a outros produtos derivados do tabaco, como os mentolados e os de sabor cravo, chocolate e morango.

A medida vale para os produtos nacionais e importados. Estão isentos os destinados à exportação. Os cigarros com sabor vão sair das prateleiras somente daqui um ano e meio.

No caso do açúcar, a Anvisa cedeu aos apelos da indústria do fumo e manteve a adição, porém limitada à reposição do açúcar perdido na secagem da folha de tabaco. Segundo os fabricantes, o tipo de fumo mais usado no país perde açúcar no processo de produção e, por isso, é necessária a reposição. O açúcar foi motivo de impasse entre os diretores na reunião passada, em fevereiro, o que acabou adiando a decisão para a terça-feira.

A indústria nacional e as importadoras terão um ano para adaptar o processo de fabricação do cigarro e seis meses para retirar de circulação os aromatizados. Para outros produtos, como charuto e cigarrilha, o prazo foi ampliado. São 18 meses de adequação e seis meses para recolhimento do mercado.

Fica permitido o uso de algumas substâncias nos derivados do tabaco: açúcar, adesivo, aglutinante, agentes de combustão, pigmento ou corante (usado para branquear papel ou na impressão do logotipo da marca), glicerol e propilenoglicol e sorbato de potássio. A proposta aprovada prevê ainda que novos ingredientes precisam passar pelo aval da agência reguladora para serem usados no futuro.

O relator da proposta, diretor Agenor Álvares, considerou a decisão positiva e disse que ela servirá para tornar o fumo menos atrativo aos adolescentes e crianças. “A nossa ideia é diminuir o número de novos fumantes”.

O diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria do Fumo (Abifumo), Carlos Galant, disse que o setor ainda vai avaliar o impacto financeiro da decisão. Ele argumenta que a retirada dos aromatizados pode estimular o contrabando. Além do açúcar, o setor queria também a permanência dos cigarros mentolados e dos que têm sabor de cravo, que foram banidos pela Anvisa. Os cigarros de mentol representam apenas 3% das vendas, conforme dados divulgados pelos fabricantes na semana passada.

Antes de tomar a decisão, os diretores da Anvisa ouviram opiniões favoráveis e contrárias ao banimento dos aromatizados. A pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Vera da Costa, disse que um estudo recente mostra que a maioria dos adolescentes de 13 a 15 anos procura pelos cigarros com sabor para experimentar o tabaco. “Colocar menta, morango, chocolate aumenta a aceitação desse produto e promove a experimentação. É preciso que a Anvisa mostre o que uma agência reguladora dentro do Brasil faz com os produtos do tabaco”, disse.

Já Carlos Galant, representante da indústria tabagista, defendeu a permanência do mentol e do cravo no Brasil, justificando que um estudo norte-americano mostra que o mentolado não eleva o risco à saúde. O número de fumantes, segundo Galant, não caiu nos países que já retiraram esses aditivos. “Os cigarros mentolados já se encontram presentes no mercado brasileiro há décadas. O risco de câncer de pulmão devido ao cigarro mentolado é 41% menor.”

A versão original da proposta da Anvisa, em discussão desde 2010, era proibir a adição de açúcar e outros ingredientes que mascaram o gosto amargo do tabaco, como mentol, chocolate e baunilha.

Fonte: Agência Brasil

Medicamento infantil para tratamento do vírus HIV será testado em humanos ainda este ano

Medicamento infantil para tratamento contra HIVAs crianças brasileiras com até 13 anos que vivem com HIV/Aids terão em breve um antirretroviral infantil, de administração mais simples. O medicamento está sendo desenvolvido há três anos pela Farmanguinhos, unidade técnico-científica da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

A previsão é que o medicamento já esteja pronto para fabricação em 2015, mas os testes em humanos devem começar no segundo semestre deste ano, em seis centros de pesquisas nos estados de Minas Gerais, do Rio de Janeiro e de São Paulo. Em vez de três, a criança poderá tomar somente um comprimido, que terá uma formulação adocicada, de sabor agradável, para disfarçar o gosto amargo original do remédio. Além disso, o comprimido será dispersível, para ser dissolvido na água.

Segundo a farmacêutica do Departamento de Pesquisas Clínicas da unidade, Marli Melo da Silva, que participa da coordenação do estudo clínico, a combinação também reduz os custos operacionais no processo produtivo, e fica mais fácil dispensar, transportar, armazenar e administrar o medicamento.

“Outra vantagem é que essa formulação dispersível dá mais garantia sobre a dose de princípio ativo, ao contrário do que ocorre quando se divide comprimidos para as crianças”, disse a pesquisadora, que explicou também que, hoje, as drogas prescritas para a população infantil são as mesmas ministradas em adultos, sendo a diferença a diminuição da dosagem, que varia de acordo com o peso, sem considerar a complexidade do metabolismo dos pacientes pediátricos.

O medicamento combinará em um único comprimido três princípios ativos – a lamivudina 30 miligramas + zidovudina 60 miligramas + nevirapina 50 miligramas. A medicação será dissolvida em uma pequena quantidade de água para ser ingerida.

Atualmente, o Sistema Único de Saúde do Brasil (SUS) distribui 16 tipos de antirretrovirais para os pacientes infantis, que variam em apresentação farmacêutica e concentração de acordo com a faixa etária. A maioria dessas drogas não foi estudada em populações pediátricas e somente tem registro na Anvisa para adultos ou crianças acima de determinadas idades.

Dados preliminares, divulgados pelo Ministério da Saúde em 2010, revelam que de 1980 a 2010 o Brasil registrou aproximadamente 14 mil casos de HIV em indivíduos menores de 13 anos. Atualmente, estima-se que cerca de 4 mil crianças nessa faixa etária estejam em terapia antirretroviral. Ainda segundo o ministério, esses números têm caído gradualmente ao longo dos últimos cinco anos. Em todo o mundo, há aproximadamente 2,5 milhões de pessoas menores de 15 anos vivendo com o vírus HIV.

Fonte: Agência Brasil

Gripe A: vacinas para grávidas só em abril

Vacina contra Gripe AAs vacinas contra H1N1, modificadas anualmente, ainda estão em fase de elaboração, segundo a Sesa. Grávidas infectadas seguem internadas

As gestantes ainda não podem ser imunizadas contra a gripe A. A Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) informou que novas vacinas contra o vírus H1N1, responsável por causar a doença, só chegam ao Ceará em abril. No momento, a imunização está sendo elaborada pelo Ministério da Saúde. Todos os anos, a vacina é modificada para dar conta dos novos tipos de vírus que passaram a circular no País.

“A vacina do ano passado não serve mais”, explicou o coordenador de Promoção e Proteção à Saúde da Sesa, Manoel Fonsêca, afirmando que ainda não há risco de epidemia no Estado. Nas grávidas, a doença pode evoluir e se tornar muito grave, conforme especialistas. Os dois primeiros casos do ano foram confirmados justamente em gestantes.

E.C.F, de 27 anos, de Fortaleza, e M.S, de 21 anos, de Beberibe, estão internadas na UTI da Maternidade Escola Assis Chateubriand (Meac), desde a última quarta-feira. Segundo o diretor da Meac, Carlos Augusto de Alencar Júnior, as duas respiram com ajuda de aparelhos. A fortalezense apresenta quadro de insuficiência renal e necessita de diálise.

Elas estão sendo tratadas com oseltamivir, medicamento indicado para combater o H1N1. O médico explicou que o risco é maior em gestantes, pois, normalmente, elas já têm dificuldades na respiração e o sistema circulatório também é mais exigido.

Somado a isso, o professor da Universidade Federal do Ceará (UFC), Ivo Castelo Branco Coelho, doutor em Infectologia, ressaltou que há alterações no sistema imunológico das grávidas. “Elas precisam reconhecer o corpo estranho em formação”. Além das gestantes, idosos, crianças menores de 2 anos, pessoas com doenças crônicas ou com obesidade mórbida fazem parte do grupo de risco.

A prevenção, segundo o médico infectologista Anastácio Queiroz, diretor do Hospital São José, é feita evitando o contato com a secreção contaminada. “Quando tossir ou espirrar, usar um lenço e sempre lavar as mãos”. O uso de máscaras também ajuda a reduzir o contágio. A medicação nunca é usada como prevenção. “Se o remédio for tomado, sem necessidade, vamos fazer com que o vírus deixe de ser sensível ao medicamento”. No caso da família das grávidas, o medicamento também só pode ser usado em pessoas com os sintomas.

ENTENDA A NOTÍCIA

Os dois primeiros casos de gripe A no Ceará em 2012 foram confirmados neste fim de semana. Duas grávidas foram infectadas e estão em estado muito grave. Ano passado, houve um surto de H1N1 em Pedra Branca.

 

Fonte: Jornal O Povo

Saúde em alerta: gripe suína atinge duas grávidas no Ceará

gripe suinaEstão confirmados os dois primeiros casos de gripe A (também conhecida como gripe suína) no Ceará em 2012. Grávidas contraíram o H1N1 dentro do território estadual e estão internadas na Maternidade-Escola Assis Chateaubriand (Meac). Uma delas perdeu o bebê; a outra antecipou o parto. Ambas ocupam leitos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital. As mulheres residem em Fortaleza e Beberibe, município distante 83 quilômetros da Capital. O diagnóstico da moradora do Litoral Leste foi constatado na sexta-feira, 9, pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen). O resultado dos exames da fortalezense saíram no sábado. O caso de Beberibe está esclarecido. A paciente foi infectada pela gripe A durante o Carnaval, período em que recebeu diversas visitas em casa. Ela estava com 28 semanas de gestação e foi submetida a uma cesariana. Prematura, a bebê ocupa um leito da UTI infantil e também está vulnerável à doença. A mãe apresentava insuficiência respiratória aguda quando deu entrada na Meac. O quadro é preocupante para as duas. “Elas ficam internadas até evoluírem melhor”, disse ao O POVO o diretor da Maternidade, Carlos Augusto Alencar Júnior. Não se sabe como a outra mulher contraiu o vírus. Ela mora no bairro Messejana, um dos mais populosos e de maior extensão territorial de Fortaleza. “O parto foi induzido, mas o feto já nasceu sem vida”, acrescentou o médico. A Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) trabalha com a ideia de que as pacientes não estavam grávidas durante a campanha de vacinação contra o H1N1 para gestantes de abril de 2011. Nenhum outro caso foi notificado em Beberibe ou na Capital. Segundo a Sesa, há doses de Tamiflu (vacina) nas duas cidades. “Era de se esperar (casos) após o Carnaval, porque há muito ajuntamento de pessoas e o tempo de incubação é de sete a 15 dias”, pondera o coordenador de Proteção e Promoção à Saúde do Governo, Manoel Fonsêca. O quê ENTENDA A NOTÍCIA Tecnicamente chamada de Influenza H1N1, a gripe suína já foi diagnosticada em inúmeros países. No Brasil, o a primeira notificação ocorreu em 2009, no Rio de Janeiro. Ano passado, o município de Pedra Branca (CE) viveu surto. Serviço Mais informações sobre o vírus H1N1 podem ser obtidas no site da Secretaria da Saúde. O endereço é: http://bit.ly/w3GLy0 Saiba mais A paciente de Fortaleza chegou a ser internada no Hospital Gonzaguinha do José Walter, mas foi transferida para a Meac após apresentar complicações. Os sintomas mais comuns da gripe A são sonolência, febre, falta de apetite e tosse. Contudo, alguns pacientes também apresentam náuseas, vômito, garganta seca, diarreia e coriza. A recomendação da Sesa é de procurar a unidade de saúde mais próxima tão logo os sintomas apareçam. A expectativa da Sesa é de que novos casos surjam tanto em Beberibe quanto em Fortaleza nos próximos dias. “De gente que passou o Carnaval lá, mas mora aqui”, explica Manoel Fonsêca. Fonte: Jornal O Povo

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