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Casas de apoio a pessoas com HIV em SP e CE receberão recursos

Uma portaria publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira autoriza o repasse este ano de R$ 3,989 milhões pelo Ministério da Saúde para casas de apoio a pessoas portadoras de HIV/aids nos estados de São Paulo e do Ceará.

Desse total, R$ 3,670 milhões serão destinados para 17 municípios paulistas, de acordo com a Agência Brasil. Além da capital, receberão recursos as cidades de Americana, Bauru, Cajamar, Campinas, Carapicuíba, Guaratinguetá, Indaiatuba, Lagoinha, Mogi Mirim, Osasco, Ribeirão Preto, Santos, São Bernardo do Campo, São Carlos, Tatuí e Tupã. No Ceará, os recursos no valor de R$ 319,8 mil irão para Fortaleza (R$ 177,6 mil) e Sobral (R$ 142,2 mil).

As casas de apoio foram criadas na segunda metade da década de 1980 para oferecer abrigo e assistência a adultos vivendo com HIV/aids em condições de vulnerabilidade socioeconômica. Nesses locais, os pacientes são acolhidos temporariamente e recebem orientação sobre os cuidados com a saúde, o uso correto dos medicamentos e a adesão ao tratamento.

Fonte: Agência Estado

104 mulheres morreram de parto em 2011 no Ceará

104 mulheres morreram de parto em 2011 no CearáNo ano passado, foram 104 as gestantes ou parturientes mortas no Ceará. Média de duas a cada sete dias

Vai fazer um mês, mas a família da dona de casa Ezi Costa Figueiredo, 27, não esquece como ela foi tratada quando procurou atendimento na rede pública de Fortaleza com sintomas de gripe. Grávida de quase sete meses, Ezi buscou cinco vezes atendimento na rede municipal de saúde, mas acabou perdendo o bebê e morrendo na Maternidade Escola Assis Chateaubriand (Meac), em 13 de março. Gripe A (H1N1) foi o diagnóstico; doença grave em gestantes. Mas, quando isso foi descoberto, era tarde demais. 

“Ela foi atendida, mas não prestaram a devida atenção no problema dela. Faltou amor dos profissionais pela profissão”, avalia a tia de Ezi, Lúcia Tavares. Com a tragédia, a dona de casa se tornou número na triste estatística da mortalidade materna no Ceará. Em 2011, 104 mulheres morreram durante a gestação, o parto ou no pós-parto. Uma média de duas mulheres mortas a cada semana.

No ano anterior, 2010, foram 98 óbitos. É o último levantamento da Razão de Mortalidade Materna (RMM) do Ceará feito pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), com a taxa chegando a 76,1 mães mortas a cada 100 mil nascidos vivos – a maior desde 2005, quando o índice foi de 88,5. Naquele período, a média nacional era de 68. O cálculo da RMM considera os óbitos maternos durante a gestação ou até 42 dias após o parto.

A situação não é nova e o poder público diz estar tomando medidas para reduzir o índice. Porém, para gestores, médicos e profissionais da saúde ouvidos pelo O POVO, falta muito para o Estado chegar ao índice considerado “aceitável” pela Organização Mundial de Saúde (OMS): 20 mortes para cada 100 mil nascidos vivos.

“A mortalidade começa com pré-natal de não boa qualidade. Ele existe, todas mulheres fazem, mas nem sempre tem boa qualidade. A mulher não faz todos exames que deveria e quando está no sétimo, oitavo mês, termina o pré-natal, quando se sabe que o pré-natal vai até a hora do bebê nascer”, avalia a professora de Ginecologia e Obstetrícia da UFC, Zenilda Vieira.

Para o coordenador de Proteção e Promoção à Saúde do Ceará, Manoel Fonsêca, falta assistência à futura mãe. “O Programa de Saúde da Família precisa melhorar. Durante o pré-natal, na relação médico-paciente, tem que ter relação que permita acolhimento da gestante pra que ela possa dizer tudo que sente. E tem que fazer sequência de exames que possam protegê-la e proteger o bebê”, diz.

É a falta de atenção a maior geradora de mortes, na avaliação da coordenadora de Políticas e Atenção à Saúde da Sesa, Vera Coelho. “Nós temos percentual de óbitos por causas evitáveis muito alto. O Ceará, se você for analisar o percentual de mortes por causas evitáveis, talvez seja um dos mais elevados (do Brasil). Por isso temos razão de mortalidade alta. Temos muitas mulheres que chegam a óbito por deficiência de cuidados”, lamenta.

As desigualdades sociais, considera o doutor em Obstetrícia e diretor da Meac, Carlos Augusto Alencar Júnior, estão refletidas no número de mulheres que ainda morrem no parto. “A mortalidade materna está para além da saúde. Tem questão educacional, de visão das mulheres, noções de higiene, do auto-cuidado”, diz o ginecologista e coordenador de saúde da mulher em Fortaleza, Sílvio Carlos Rocha de Freitas. O médico preside o Comitê de Mortalidade Materna da Capital.

ENTENDA A NOTÍCIA

Segundo OMS, morte materna é o óbito de uma mulher durante a gestação ou até 42 dias após o parto. É causada por qualquer fator relacionado ou agravado pela gravidez ou por medidas tomadas em relação a ela. Não é considerada a provocada por fatores acidentais.

Fonte: Jornal O Povo

Escolas terão manual de alimentação saudável

Escolas terão manual de alimentação saudávelCerca de 40 mil colégios receberão manual com instruções para o funcionamento de suas cantinas

Brasília. O Ministério da Saúde e a Federação Nacional de Escolas Particulares firmaram ontem um acordo para tornar mais saudáveis os lanches vendidos em cantinas. A ideia é que, com a parceria, os colégios passem a seguir diretrizes que tratam das condições sanitárias dos espaços onde a comida é preparada e vendida às orientação sobre como montar um cardápio variado, com menos itens que levam sódio, gordura e açúcar.

“Não se trata de simplesmente abolir a coxinha”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. A partir do acordo, a federação e o ministério passam a estudar mecanismos para reconhecer escolas que seguem as diretrizes propostas pelo governo. A cartilha já é seguida na rede pública de ensino do País.

A iniciativa pretende frear a tendência de aumento de casos de crianças com obesidade e sobrepeso no Brasil. Cerca de 525 mil crianças e 140 mil adolescentes tem obesidade mórbida. “Estamos convencidos de que hábitos alimentares são formados também na escola. Daí a necessidade desta iniciativa”, disse o ministro Padilha.

Pesquisa de Orçamento Familiar feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que 34,8% das crianças com idade entre 5 a 9 anos estão acima do peso. Na faixa entre 10 e 19 anos, o percentual é de 21,7%. Uma avaliação sobre saúde escolar mostrou que somente um terço dos alunos matriculados na rede particular consomem frutas e hortaliças em cinco dias ou mais na semana. Padilha acredita que a medida terá impacto também entre a população adulta. “A criança bem informada acaba sempre levando orientação para casa”, disse.

A medida pretende levar alimentação saudável a mais de 6,7 milhões de alunos do ensino fundamental e médio de escolas particulares. De acordo com o ministro da Saúde, desde ontem, as escolas passaram a receber uma espécie de manual, denominado Cantinas Escolares Saudáveis, promovendo a alimentação saudável.

“Uma parte dos hábitos alimentares é construída na família, em casa, mas uma parte desses hábitos é construída dentro da escola. Combinar essas duas ações, esses dois espaços, é decisivo para reduzirmos a obesidade e o excesso de peso entre crianças e adolescentes”, disse o ministro. Desenvolver hábitos alimentares saudáveis nessas faixas etárias, segundo Padilha, é uma medida importante na tentativa de prevenir uma geração futura de adultos obesos.

A presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares, Amábile Pacios, informou que 40 mil instituições privadas de ensino devem participar da parceria. A expectativa é que pelo menos a metade delas inicie as ações nos próximos meses.

“É muito inteligente começar essa prevenção contra a obesidade pelos mais jovens. Eles estão na escola para aprender”, disse. “Se a criança incorpora uma alimentação saudável no seu dia a dia, isso vai acompanhá-la até a fase adulta e onde ela estiver – shoppings, estádios, festas”, completou.

Ela lembrou que uma alimentação ruim oferecida pela escola pode ter reflexos no aprendizado dos estudantes, devido ao cansaço, à falta de estímulo em razão de uma digestão lenta, e a uma disposição menor para participar das atividades. Para Amábile, será preciso implantar também ações de reeducação voltadas para gestores e funcionários que trabalham nas cantinas escolares. “A vertente do projeto não é punitiva nem restritiva, é educativa. Acreditamos em criar um quadro de valores em que a criança possa fazer as suas opções”.

Fonte: Diário do Nordeste

Anvisa anuncia suspensão de três medicamentos

Anvisa anuncia suspensão de três medicamentosAnticoncepcional foi um dos reprovados em testes. Outros três produtos também passaram por medidas restritivas.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou nesta quarta-feira (4) a suspensão de três medicamentos e a interdição cautelar de mais um. Outros dois produtos farmacêuticos apresentaram problemas em lotes específicos – um foi suspenso e o outro passará por interdição cautelar. As medidas foram publicadas pelo Diário Oficial da União.                   

O Ciclofemme, que é uma pílula anticoncepcional, e o Tegrex, remédio usado no tratamento de epilepsia, foram suspensos e terão os estoques recolhidos porque obtiveram resultados insatisfatórios no ensaio de aspecto. O Valerimed, usado como relaxante, também foi suspenso, por conter teores diferentes dos que constavam no rótulo.

O Glicomet 850 mg, remédio usado por diabéticos tipo 2, obteve resultado insatisfatório no ensaio de variação de peso e passará por interdição cautelar de 90 dias.

A mesma medida será tomada com os lotes 100378 e 101364 do hidróxido de alumínio fabricado pela Mariol Industrial, que não foi aprovado no ensaio de aspecto. O genérico é usado como antiácido estomacal.

Já o lote 1017109 da dextrose anidra 50 mg + cloreto de sódio 9 mg, suplemento alimentar produzido pela Equiplex, foi suspenso e será recolhido do mercado, por conter excesso de glicose.

Fonte: G1

Ministério da Saúde alerta para redução no estoque de sangue

doe-sangueCom a chegada do feriado prolongado da Semana Santa, é comum ocorrer uma redução no estoque de sangue dos hemocentros de todo o País. Muitas pessoas viajam e deixam de doar sangue nesse período. Como o sangue é perecível, a coordenação de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde alerta para a necessidade de reposição do estoque.

 “O sangue não é comercializado, o sangue não é fabricado, o sangue é sempre retirado de uma pessoa para ser infundido numa outra pessoa que está numa situação bastante vulnerável, de bastante necessidade. Essa bolsa de sangue pode significar viver ou morrer”, enfatiza o coordenador-geral de Sangue, Guilherme Genovez.

 Para evitar a redução nos bancos de sangue, o doador tem como opção procurar o serviço de saúde mais próximo do local onde esteja no feriado e se informar sobre como doar.

 Quem pode doar
 Para doar sangue é necessário apresentar documento com foto, válido em todo território nacional; ter peso acima de 50 Kg; ter idade entre 18 e 67 anos; podem ser aceitos candidatos à doação de sangue com idade de 16 e 17 anos, com o consentimento formal do responsável legal.

 Quem não pode doar
 Quem teve diagnóstico de hepatite após os 11 anos de idade; mulheres grávidas ou amamentando; pessoas que estão expostas a doenças transmissíveis pelo sangue como AIDS, hepatite, sífilis e doença de chagas; usuários de drogas; aqueles que tiveram relacionamento sexual com parceiro desconhecido ou eventual, sem uso de preservativos.

 Recomendações
 Nunca vá doar sangue em jejum; faça um repouso mínimo de 6 horas na noite anterior a doação; não ingerir bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores; evitar fumar por pelo menos 2 horas antes da doação; evitar alimentos gordurosos nas 3 horas antecedentes a doação; Interromper as atividades por 12 horas as pessoas que exercem profissões como: pilotar avião ou helicóptero, conduzir ônibus ou caminhões de grande porte, subir em andaimes e praticar pára-quedismo ou mergulho.

Projeto prevê dedução de remédio no IR

Medida estudada por comissão do Senado propõe incluir medicamentos na declaração de 2013

A partir do próximo ano, os contribuintes brasileiros podem ter boas novidades em relação ao Imposto de Renda. A Comissão de Assuntos Sociais do Senado aprovou na última quarta-feira, 21, um projeto que autoriza a dedução dos gastos com remédios na declaração anual de ajuste do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), tanto para uso do contribuinte como de seus dependentes.

Atualmente, esse tipo de gasto ainda não é dedutível. Em relação à saúde, apenas despesas médicas como consultas, planos de saúde, internações e exames são consideráveis para dedução.

Estímulo ao consumo

O relatório, aprovado em votação simbólica na comissão, prevê que a medida poderá “estimular a população a consumir medicamentos para, posteriormente, poder deduzí-los da tributação imposta pelo Estado”.

Em 2009, a despesa per capita das famílias brasileiras com saúde foi de cerca de R$ 835,65, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Naquele ano, os brasileiros gastaram R$ 60,2 bilhões em medicamentos e outros bens relacionados à saúde, a exemplo de aparelhos e instrumentos médicos.

O estudo realizado pelo IBGE revelou ainda que, de cada R$ 100 gastos pelas famílias com saúde, R$ 38,40 foram destinados a esse tipo de gasto.

Prazo para declarar

Os contribuintes têm menos de 30 dias para entregar a Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física 2012. O prazo, que começou no dia 1º de março, terminará às 23h59m59s (horário de Brasília) do dia 30 de abril para quem utilizar a internet. Quem preferir realizar a declaração em disquete de computador deverá obedecer ao horário de funcionamento das agências da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil para o último dia útil.

A multa para quem não entregar a declaração até esta data é R$ 165,74. Se o contribuinte tiver que pagar tributos em atraso, a situação fica ainda mais complicada, pois terá que pagar a multa e o imposto devido corrigido pela taxa básica de juros.

Fonte: Diário do Nordeste

Medicamentos ficam mais caros a partir deste sábado

A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) autorizou reajuste entre 2,8% e 5,85% para 13.782 medicamentos em 2012. O aumento está autorizado a partir deste sábado, dia 31. O reajuste tem como base a variação, nos últimos 12 meses, do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo IBGE.

Outros 8.840 medicamentos terão os preços inalterados. A Cmed é o órgão governamental composto por representantes de vários ministérios, responsável pela definição de preço de medicamentos no país.

O reajuste deve ter como referência o chamado preço fabricante (limite usado por laboratórios ou distribuidores de medicamentos para venda no mercado brasileiro) cobrado em 31 de março de 2011. Até a data limite para a entrada em vigor do reajuste, as empresas produtoras de medicamentos deverão apresentar à Cmed o relatório de comercialização com os preços que pretendem cobrar após a aplicação da correção.

De acordo com a resolução, a categoria de remédios em que o faturamento com a venda de genéricos seja igual ou superior a 20% pode sofrer reajuste de até 5,85%. Já a categoria de remédios com faturamento de genéricos entre 15% e 19% tem reajuste autorizado de até 2,8%.

Segundo o Ministério da Saúde, o aumento da oferta de medicamentos à população se deu por meio de programas como o Farmácia Popular que, com a ação Saúde Não Tem Preço, tornou gratuitos os medicamentos para hipertensão e diabetes nas farmácias credenciadas desde fevereiro de 2011.”

A ação triplicou o número de pessoas beneficiadas com esses medicamentos. Em 2010, o programa beneficiou 2,8 milhões de pessoas e custou R$ 203 milhões. Com o novo formato, em 2011 atendeu 7,8 milhões a um custo de R$ 579 milhões”, informou o ministério.

O orçamento do órgão para medicamentos mais do que dobrou de 2003 para 2011 – correspondia a 5,8% do orçamento da pasta em 2003 e passou para 12,5% a partir de 2010. Em 2012, o valor para compra desses produtos chega a R$ 7,7 bilhões.

Fonte: Rede Brasil Atual

Ceará: doações de córnea caem 41%

No Estado, estão na fila, aguardando por um transplante, 288 pessoas. O tempo de espera é de oito meses

Uma redução de 41% nas doações de córneas no Banco de Olhos do Hospital Geral de Fortaleza (HGF), nos primeiros três meses deste ano, preocupa os médicos. Segundo dados divulgados pelo próprio hospital, em 2012, foram registradas 104 doações de córneas na unidade, número menor que os primeiros três meses de 2011, quando a unidade recebeu 123 doações. Se fizermos uma comparação, o pior mês foi o de março. Enquanto, no ano passado, o Banco de Olhos registrou 48 doações, em março deste ano, o mês apresentou, até ontem, apenas 28.

Segundo dados da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), o Ceará é o 6º Estado do Brasil em número de transplantes de córnea, com 786 cirurgias realizadas somente em 2011, o que representa 93 procedimentos a cada milhão de habitantes. Atualmente, no Estado, estão na fila, aguardando por um transplante, 288 pessoas, e o tempo médio de espera é de oito meses.

No ano passado, o Banco de Olhos do HGF registrou 481 doações, que resultou em 702 transplantes. Um número bem maior que os realizados em 2010, quando a unidade recebeu 382 doações e fez 465 transplantes. Portanto, a queda das doações preocupa e faz especialistas ficarem em alerta, pois, segundo a coordenadora da Central de Transplantes no Ceará, Eliana Barbosa, a expectativa é zerar a fila até o fim de 2012.

Conscientização

“O número de doações tem caído. Isso é preocupante. É preciso ser feito um trabalho de conscientização forte junto à população para reverter essa situação”, ressalta a diretora do Banco de Olhos do HGF, a oftalmologista Marineuza Memória. Conforme ela, é preciso que as pessoas saibam que a córnea é um tecido que pode ser doado até seis horas após o óbito, exceto em casos de pacientes portadores de HIV positivo, Hepatite B ou C ou que morreram por infecção generalizada. Os demais são potenciais doadores. De acordo com Marineuza Memória, a queda nas doações não tem uma explicação lógica, apesar de variar segundo os meses do ano. Porém, ela ressalta que o trabalho da mídia é fundamental para que as doações sejam realizadas pelas famílias, do contrário, as pessoas não se sensibilizam.

“O trabalho exercido pela Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (Cihdott) dos hospitais é essencial, contudo, sem a aceitação da família, nada pode ser feito”, destaca. Segundo dados da Central de Transplantes, apesar da queda nas doações neste ano, o Ceará comemora vitórias por conta do crescente número de transplantes realizados nos últimos anos.

Em 2010, foram registradas, no Estado, 460 cirurgias. Já no ano passado, foram 796, um aumento de 73%. A coordenadora da Central de Transplantes também não vê explicação para a queda nas doações no Banco de Olhos. Mas, segundo ela, essas oscilações são comuns em todos os Estados do País. Eliana Barbosa destaca que o transplante de córnea é o mais procurado, portanto, há uma necessidade de um maior número de doações.

A coordenadora afirma ainda que, para evitar queda ou redução nas doações, são realizadas reuniões constantes com as 11 equipes transplantadoras e as Cihdotts na tentativa de enfatizar a necessidade da abordagem com as famílias de potenciais doadores. De acordo com Eliana Barbosa, diante dessa situação, o trabalho de conscientização entre os profissionais da Saúde será reforçado.

Um exemplo de ação a favor da doação de órgãos é a campanha “Doe de Coração”, promovida pela Fundação Edson Queiroz. Criada em 2003, a iniciativa visa transformar a espera em esperança, por meio da sensibilização e informação da sociedade sobre o processo de doar órgãos. Em 2012, a campanha completa dez anos de contribuição ao aumento das doações.

Fonte: Diário do Nordeste

Hospitais terão de adotar qualidade em mamografia

Dentro do novo PNQM, um dos objetivos é minimizar os riscos associados ao uso de raios X. O Inca estima 52.680 novos casos este ano de câncer de mama

Hospitais e clínicas públicas e particulares aparelhados para exames de mamografia no País terão de adotar o Programa Nacional de Qualidade em Mamografia (PNQM), criado pelo Ministério da Saúde por meio da Portaria 530, publicada ontem no Diário Oficial da União (DOU), em Brasília. O programa já está em vigor. Além de garantir a qualidade, outro objetivo do plano é minimizar os riscos associados ao uso de raios X.

De acordo com a nova norma, serão avaliadas as imagens da mamografia, o laudo médico, a capacitação dos profissionais de saúde e a taxa de detecção de câncer de mama pelo exame. O monitoramento anual será realizado por comitê formado por representantes do ministério, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Instituto Nacional de Câncer (Inca) e de sociedades médicas.

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) também integra o grupo e deverá baixar norma obrigando os planos de saúde a contratar somente prestadores de acordo com o programa. A mamografia é o exame fundamental para diagnóstico de câncer de mama, o mais comum entre as brasileiras. Identificado em estágio inicial, as chances de cura são de 95%.

No Brasil, a taxa de mortalidade é considerada alta, porque a doença é identificada em fase avançada, de acordo com o Inca. O instituto estima 52.680 novos casos este ano. A mamografia deve ser providenciada bienalmente por mulheres com mais de 50 anos de idade. A Lei da Mamografia (Lei 11.664), de 2009, dá direito à mulher, a partir dos 40 anos de idade, a se submeter, gratuitamente, ao exame, seguindo recomendação médica.

Monitoramento

O esforço do Governo federal, por meio da Portaria 530, é estruturar um programa nacional de monitoramento da qualidade dos serviços de diagnóstico por imagem que realizam mamografia tanto no Sistema Único de Saúde (SUS) quanto na rede privada.

As ações previstas no PNQM estão inseridas no Plano Nacional de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer de Colo do Útero e de Mama, uma ampla estratégia lançada em março do ano passado, com investimentos do Ministério da Saúde da ordem de R$ 4,5 bilhões, até 2014.

“A capacitação dos profissionais de saúde é a uma das prioridades do PNQM porque, além de serem os responsáveis pela realização dos exames, são eles que orientam diretamente as pacientes”, destacou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Até o final deste ano, os serviços públicos e privados de atendimento deverão se adequar aos critérios estabelecidos pelo Programa Nacional de Qualidade em Mamografia.

“A partir de janeiro, só será pago o exame de mamografia que tiver sido realizado conforme as diretrizes do programa”, observou o ministro. (das agências de notícias).  

ENTENDA A NOTÍCIA

Traçadas as diretrizes de qualidade para todos os estabelecimentos de saúde do País, vem agora a difícil tarefa de monitorar e fiscalizar o cumprimento da meta. Mais uma atribuição que cabe aos governos.

Fonte: Jornal O Povo

Ceará tem o segundo pior desempenho do SUS no Nordeste

O Ceará recebeu nota de 5,14 no Índice de Desempenho do SUS 2012, ficando à frente somente da Paraíba

São várias as portas de entrada no Sistema Único de Saúde (SUS) e, em quase todas, a população encontra dificuldades para conseguir atendimento. Isso se reflete no Índice de Desempenho do Sistema Único de Saúde (IDSUS) 2012, divulgado no início deste mês. O Ceará aparece com uma nota de 5,14 – os índices variam de 0 a 10. O Estado ficou em 20º lugar no ranking brasileiro, sendo o segundo pior sistema de saúde do Nordeste, ficando à frente somente da Paraíba. A média do Brasil é de 5,47.

 Já Fortaleza recebeu uma nota de 5,18, o que deixa a Capital na 25º colocação entre as cidades do grupo 1, que reúne os municípios com melhor infraestrutura e atendimento à população na saúde. O IDSUS é usado para medir o acesso do usuário e a qualidade dos serviços da rede pública.

A superlotação das urgências e emergências foi um dos gargalos da saúde pública mais citados por especialistas e gestores da área de saúde ouvidos pelo O POVO. O atendimento prestado pela saúde pública fez, inclusive, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) elegê-la como tema da Campanha da Fraternidade deste ano. “Infelizmente, a situação da saúde (pública) é crítica”, comenta José Maria Pontes, presidente do Sindicato dos Médicos do Ceará (Simec).

Demora

Já estava no fim da manhã e a dona de casa Maria Irisnalda, 33, ainda aguardava pelo resultado dos exames da filha – com suspeita de dengue – na emergência do Hospital Geral de Fortaleza (HGF). Ainda não havia previsão de quando o resultado iria sair nem o horário que seria atendida. Três dias antes, no mesmo hospital, ela chegou às 8 horas e só saiu às 17 horas. “Dou nota zero ao atendimento. Lá dentro está lotado, tem gente em maca nos corredores, cadeiras de rodas ou em pé”.

“Visitamos a emergência do HGF e lá você tem um salão enorme com 79 pacientes aguardando leito”, relata José Maria. O diretor-geral do HGF, Zózimo Medeiros, informa que a emergência da unidade de saúde tem 96 leitos, mas há uma média de 70 pacientes extras nos corredores.

A estimativa é de que seria preciso implantar cerca de 2.400 leitos de internação clínica e de UTI no Ceará para atender a demanda. A informação é do diretor-geral do HGF, Zózimo Medeiros. O presidente do Simec, José Maria Pontes, também avalia que o déficit passa de 2 mil leitos. “Pode ter tido aumento no número de leitos, em termos absolutos, mas não foi suficiente para acompanhar o aumento da demanda”, diz.

O secretário estadual da Saúde, Arruda Bastos, e o coordenador de Gestão Hospitalar da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Helly Ellery, consideram que o índice do IDSUS está defasado, pois os dados foram coletados entre 2008 e 2010. Segundo eles, a qualidade do atendimento do SUS no Ceará melhorou nos últimos anos por conta de investimentos que serão abordados durante a série de matérias.

Fonte: Jornal O Povo

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