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Coração, violência e coluna são maiores causas de incapacidade no país

estresse-dor-nas-costas-tensao-1298935152298_300x200O cenário da saúde mudou bastante de 1990 para cá no país. Se naquele ano a maior causa de anos perdidos por morte ou incapacidade no Brasil eram decorrentes de complicações no parto prematuro, infecções respiratórias e diarreia (nessa ordem), hoje as principais mazelas são doenças isquêmicas do coração (que incluem o infarto), violência e, acredite, dores na coluna.

Esta é uma das conclusões de uma pesquisa mundial anunciada nesta terça-feira (5) na Fundação Bill & Melinda Gates, em Seattle. O projeto, chamado Carga Global de Doenças, Acidentes e Fatores de Risco 2010, ou GBO 2010 (na sigla em inglês), é liderado pelo Instituto de Métrica e Avaliação de Saúde (IHME), da Universidade de Washington, e financiado pela fundação.

A pesquisa detalha causas de morte e de incapacidade em 187 países ao redor do mundo. Inclui pesquisadores de mais de 300 instituições, incluindo gente da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Os dados podem ser acessados gratuitamente no site http://www.healthmetricsandevaluation.org/gbd.

“Nosso objetivo é ajudar os governos e os cidadãos a tomar decisões bem informadas sobre políticas de saúde e investimentos, municiando-os com informação atualizada, abrangente e precisa”, diz Christopher Murray, diretor do IHME. Segundo ele, a nova ferramenta mostra o incrível progresso que está sendo feito na saúde e os desafios que permanecem.

A pesquisa mostra que, em muitos aspectos, a saúde no Brasil segue uma tendência global: as pessoas estão vivendo mais, porém estão cada vez mais sobrecarregadas e, por isso, são mais sedentárias, comem mal e sofrem mais de doenças do coração, dores nas costas e depressão.

Violência, um problema grave

Em comparação com outros países da América do Sul, no entanto, um problema se destaca aqui: a violência. O item aparece em segundo lugar na lista dos principais responsáveis por anos perdidos por morte ou incapacidade no Brasil.

A métrica utilizada é o Daly (Disability Adjusted Life Years), ou, em tradução livre, Anos de Vida Perdidos Ajustados por Incapacidade. O termo é muito utilizado por pesquisadores para comparar as condições de saúde de diferentes países ao longo do tempo. A medida inclui não apenas anos perdidos, literalmente, mas também os anos que as pessoas vivem sem poder trabalhar, por exemplo, por causa de determinado problema.

A substituição de doenças infecciosas por não transmissíveis é uma tendência em muitos países em desenvolvimento. Mostra que as condições sanitárias e o acesso à saúde evoluíram. Mas o aumento do número de mortes por agressão é especialmente preocupante no Brasil, segundo o instituto.

No ranking específico de causas de morte, a violência aparece em quarto lugar tanto em 1990 quanto em 2010 (atrás de doença isquêmica do coração, derrame e infecções respiratórias). O total estimado de mortes por agressão passou de 40.835, em 1990, para 60.534 em 2010, segundo a ferramenta. Entre indivíduos de 20 a 24 anos, representa 49% das mortes.

Apenas dois países da América do Sul – Colômbia e Venezuela – apresentam um cenário pior que o Brasil nesse sentido. Na Argentina, na Bolívia e no Uruguai, o item nem aparece entre as dez principais causas de morte.

Rafael Lozano, professor de Saúde Global no IHME e um dos profissionais que contribuíram para a pesquisa, explica que, do Caribe à Patagônia, a violência é a principal causa de anos de vida perdidos entre homens. “Este tem sido um problema desde 1990, mas em alguns países, como o Brasil, a violência tem aumentado a tal ponto que afeta seriamente a expectativa de vida.”

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Vida mais longa, mas sem qualidade

Problemas crônicos como dores nas costas, depressão, ansiedade e asma são cada vez mais frequentes no Brasil, segundo o levantamento. Só as dores no pescoço e nas costas são responsáveis por 16% dos anos vividos com incapacidade pelos brasileiros, enquanto a depressão representa 11%. São condições que nem sempre levam à morte, mas têm um papel importante na qualidade de vida.

A pesquisa mostra, aliás, que embora a expectativa de vida do brasileiro esteja aumentando (de 69,1, em 1990, para 74,1, em 2010), os anos a mais são preenchidos com mais doenças e incapacidade. Apenas 63,8 desses 74,1 anos são vividos com boa saúde, indica a análise.

Essa também é a tendência em outros países. Mas em 78 dos 187 analisados – incluindo Colômbia, Argentina, Portugal e Espanha – as pessoas têm vidas mais longas e saudáveis que as dos brasileiros.

Os cinco principais fatores de risco para morte e incapacidade no Brasil são má alimentação, pressão alta, excesso de peso, tabagismo e açúcar elevado no sangue, nessa ordem. Todos eles têm ligação com o “assassino número 1” no país e no mundo: as doenças do coração.

O levantamento ainda ressalta que problemas como a poluição do ar doméstico (causada por produtos químicos) e a exposição ao chumbo persistem na lista dos 20 principais fatores de risco no país e, para combatê-los, é preciso reforçar as políticas ambientais.

Fonte: UOL

Contágio de conjuntivite aumenta no verão; saiba se proteger

olhos-colirio-conjuntivite-pingando-colirioOlhos vermelhos, irritação e ardência. Estes são os sintomas mais comuns para quem está com conjuntivite. A inflamação, que ocorre na conjuntiva (membrana que envolve o globo ocular e a parte interna das pálpebras), é bastante frequente no verão.

“O verão é a época do ano em que as pessoas estão mais ao ar livre, em contato com outras, e mergulhando em praias e piscinas contaminadas, que são formas importantes de transmissão”, explica o médico Marco Antonio Alves, chefe do setor de córnea do Hospital Federal dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro, ressaltando que, para ser infectado, é necessário o contato com o vírus, seja pela secreção ou por pertences pessoais de quem já está infectado, tais como óculos, maquiagem e toalha.

“O contágio pelo ar, quando a pessoa infectada está no mesmo ambiente, é muito difícil, mas pode acontecer em algumas situações”, completa.

No caso da conjuntivite viral, que é a mais comum nesta época do ano, o calor e a umidade favorecem a disseminação do vírus, podendo causar uma epidemia, principalmente em locais com grandes aglomerações. É altamente contagiosa.

Outros sintomas comuns são sensação de corpo estranho (areia nos olhos), fotofobia (sensibilidade à luz), lacrimejamento, coceira e secreção ao redor dos olhos. “A secreção varia de acordo com a causa. No caso das conjuntivites bacterianas, o paciente amanhece com os olhos grudados, com secreção mucopurulenta (que contém muco e pus). Na viral, ela é mais clara”, explica o médico.

Tratamento

Após sentir qualquer um dos sintomas acima e fazer o diagnóstico com um oftalmologista, será preciso paciência até a inflamação passar. “A maioria cura sozinha, apesar de serem necessários alguns cuidados”, afirma a médica Rachel Rodrigues Gomes, da clínica Cerpo (SP).

O incômodo pode durar de sete a 14 dias, dependendo da infecção e do vírus ou bactéria causadora. “A viral pode durar até dez dias. Já a bacteriana aguda, até 14”, explica Rachel.

Em caso de conjuntivite bacteriana, o tratamento é feito com colírio antibiótico, prescrito pelo médico, que fará exames para identificar qual é o tipo de bactéria e qual é o tratamento adequado. Não é recomendado usar colírios por conta própria, pois podem piorar a infecção.

Para os demais casos, os cuidados são:

– Não coçar os olhos;
– Lavar frequentemente as mãos;
– Evitar o compartilhamento de toalhas, travesseiros e objetos pessoais, como maquiagens e óculos;
– Evitar ambientes com muitas pessoas;
– Fazer compressas com água fria e filtrada, mantendo os olhos limpos.

Se não tratada corretamente, a conjuntivite pode deixar sequelas, como cicatrizes no olho e na córnea e infecções intraoculares.

Mitos e práticas caseiras

A médica Rachel Rodrigues Gomes esclareceu algumas dúvidas e mitos sobre a conjuntivite. Confira:

Quais são os principais mitos no tratamento da conjuntivite, tanto viral como bacteriana?
Rachel Gomes – Algumas pessoas acreditam que o leite materno (usado como colírio) pode curar a conjuntivite, o que é um mito e contraindicado.

A limpeza do olho deve ser feita apenas com água quando é detectada a conjuntivite?
A limpeza deve ser feita apenas com água filtrada ou mineral. É contraindicado o uso de água boricada, soro fisiológico ou chás.

Usar óculos escuros ajuda a evitar o contágio e alivia os sintomas?
Os óculos escuros diminuem o incômodo à luz, que pode acontecer. Mas eles não impedem a transmissão da doença.

Como tratar uma criança com conjuntivite?
O tratamento deve ser prescrito por um oftalmologista, independente da idade da criança. Apenas o especialista pode diagnosticar e tratar as conjuntivites.

Esfregar aliança no olho resolve?
Não, isso é um mito.

Usar colírio resolve? Ajuda a evitar ou a melhorar os sintomas?
Os colírios devem ser prescritos por oftalmologistas. Existem diversos tipos de colírios e o uso indiscriminado de algumas substâncias pode causar problemas. Em caso de suspeita de conjuntivite, procure imediatamente um médico.

Usar lentes de contato fica proibido quando há a infecção?
Sim. As lentes de contato não devem ser utilizadas durante a conjuntivite.

Fonte: UOL

Cientistas anunciam cura funcional de bebê com HIV

aids1Cientistas americanos disseram, neste domingo, que conseguiram pela primeira vez curar um bebê com HIV. Se for confirmado, o resultado pode alterar o tratamento dado a bebês filhos de mães soropositivas, além de ser uma esperança para reduzir o número de crianças que convivem com o vírus.

Segundo a equipe médica, é o primeiro caso documentado de “cura funcional” de uma criança infectada pelo HIV, quando a presença do vírus é tão mínima que ele se mantém indetectável pelos testes clínicos padrões.

O caso foi apresentado em uma conferência em Atlanta, nos EUA, pela médica Deborah Persaud, virologista do Centro da Criança Johns Hopkins. A apresentação completa acontecerá nesta segunda-feira.

A criança, uma menina que nasceu em uma zona rural do Mississippi, nos EUA, foi tratada com remédios antirretrovirais 30 horas de seu nascimento, um procedimento que não é o normalmente adotado nesses casos.

A menina, agora com dois anos e meio, está há um ano sem tomar medicamentos e não apresenta sinais do vírus.

Se estudos futuros comprovarem o resultado e indicarem que o método funciona com outros bebês, o tratamento de recém-nascidos infectados em todo o mundo deve mudar, dizem especialistas.

De acordo com a Organização das Nações Unidas, há mais de 3 milhões de crianças vivendo com vírus da Aids.

PRECAUÇÃO

Apesar da empolgação com o anúncio, especialistas na área ainda pedem cautela. Eles ainda não tiveram acesso aos detalhes do caso e dizem que ainda é preciso confirmar se o bebê realmente havia sido infectado com o HIV pela mãe.

Se não for exatamente isso, trataria-se de uma situação de prevenção, o que não é inédito em bebês nascidos de mães infectadas.

A equipe de médicos e cientistas que cuida da menina do Mississippi, no entanto, diz que foram feitos cinco testes positivos no primeiro mês de vida do bebê, o que comprovaria que ela estava infectada.

MÃE DESCONHECIA DOENÇA

Quando chegou a um hospital na zona rural, em 2010, a mãe da criança já estava em trabalho de parto. Ela deu à luz prematuramente.

Como a mãe não havia feito nenhum exame pré-natal, ela não sabia que era portadora do HIV. Quando um exame mostrou que ela estava infectada, o hospital transferiu a criança para o Centro Médico da Universidade do Mississippi, onde chegou com cerca de 30 horas de vida.

A médica responsável pelo caso, em entrevista ao “New York Times”, disse que solicitou duas amostras de sangue com uma hora de intervalo para testar a presença o HIV no RNA e no DNA do bebê.

Os exames identificaram 20 mil cópias do vírus por milímetro de sangue, índice baixo para bebês.

Sem esperar os exames que confirmariam a infecção, a médica deu à criança três drogas usadas para tratamento, e não para a profilaxia. Com esse tratamento, os níveis do vírus diminuíram rapidamente, e ficaram indetectáveis quando o bebê completou um mês de vida.

Foi assim foi até que a criança completasse 18 meses, quando a mãe parou de levá-la ao hospital.

Quando elas retornaram, os testes deram negativo. Suspeitando de erro nos exames, ela pediu mais testes.

“Foi uma surpresa”, disse a pediatra Hanna Gay.

Uma quantidade praticamente desprezível de material genético viral foi encontrado, mas sem vírus que pudesse se replicar. Por isso, segundo o grupo, foi uma cura funcional da infecção.

Após do início do tratamento, os níveis do vírus no sangue do bebê foram reduzidos em um padrão de pacientes infectados.

Mais testes ainda são necessários para verificar se o tratamento teria o mesmo efeito em outras crianças, mas os responsáveis pelo caso já comemoram.

PRIMEIRA CURA

O americano Timothy Brown, que acabou ficando conhecido como “o paciente de Berlim”, é considerado o primeiro caso de cura do HIV.

Ele tinha leucemia e recebeu, em uma cirurgia na capital alemã, um transplante com células-tronco de um doador que era geneticamente resistente à contaminação pelo HIV.

 

Fonte: Folha de S. Paulo

Começa hoje a entrega das declarações de IR à Receita

rfComeça hoje a entrega das declarações do IR deste ano sobre os ganhos obtidos em 2012 à Receita Federal.

Mais uma vez, a Receita fez pequenos ajustes no programa da declaração. Como nos anos anteriores, o objetivo é facilitar o preenchimento e fechar eventuais brechas para evitar a sonegação.

Uma das novidades do programa deste ano facilita a vida dos contribuintes que fazem pagamentos a escolas, a médicos, a hospitais etc.

Os contribuintes podem baixar os programas para fazer e para enviar a declaração no site da Receita Federal a partir desta segunda-feira (25).

A entrega termina às 23h59min59s do dia 30 de abril, quando a Receita prevê receber 26 milhões de declarações -foram 25,244 milhões no ano passado e 24,37 milhões em 2011.

No ano passado, 208,3 mil contribuintes entregaram no primeiro dia (número bem superior ao dos anos anteriores porque a Receita liberou o programa seis dias antes do início da entrega).

Segundo o supervisor nacional do IR, Joaquim Adir, mais de 1,04 milhão de contribuintes tinham baixado o programa da declaração até segunda-feira (521,5 mil apenas na sexta-feira, dia em que o programa foi liberado).

Como em anos anteriores, a entrega não poderá ser feita, diariamente, da 1h às 5h, período em que o sistema de recepção é desativado para manutenção. Nesse período, porém, o contribuinte pode baixar o programa.

Fonte: Folha de S. Paulo

imposto de renda

Doenças raras afetam cerca de 15 milhões de brasileiros

doença raraNo Dia Internacional das Doenças Raras, lembrado hoje (28), especialistas estimam que cerca de 15 milhões de brasileiros têm alguma das cerca de 8 mil síndromes catalogadas como raras. Neurofibromatose (afeta o sistema nervoso e a pele), mucopolissacaridose (falta das enzimas que digerem alguns açúcares), síndrome de Gaucher (acúmulo de gorduras no organismo), esclerose lateral amiotrófica (degeneração dos neurônios motores) e leucoencefalopatia multifocal progressiva (afeta o cérebro e a medula espinhal) são exemplos dessas patologias.

Em entrevista à Agência Brasil, o professor do Departamento de Saúde Coletiva da Universidade de Brasília (UnB), Natan Monsores, criticou o tempo de espera enfrentado pela maioria desses pacientes para serem acolhidos no sistema de saúde. “O tempo de diagnóstico demora algo em torno de três a cinco anos. O itinerário de diagnóstico do paciente é muito longo”, contou.

Ele acredita que 70% dos problemas relacionados às doenças raras seriam resolvidos por meio de um sistema claro de informações sobre essas síndromes. “Boa parte dos pacientes fica perdida dentro do SUS [Sistema Único de Saúde] por não saber ao certo que especialista buscar, onde são os centros de referência”, disse Monsores.

Segundo ele, a falta de informação acaba resultando no que muitos médicos chamam de paciente especialista, já que algumas pessoas afetadas pelas síndromes passam a conhecer mais o problema que os próprios profissionais de saúde. Ele lembrou que pacientes e parentes se reúnem pela internet e por meio de associações para trocar informações, por exemplo, sobre tratamentos disponíveis.

O professor destacou que há uma judicialização excessiva no campo das doenças raras. “Pelo fato de esses pacientes terem doenças muito peculiares, eles são alvo de incursões da indústria farmacêutica. A gente sabe disso por relato de pacientes que são assediados por advogados para que entrem na Justiça com processos contra o governo para obter medicamentos”, relatou.

O presidente da Associação MariaVitória, Reginaldo Lima, confirma a ausência de informação dentro do próprio sistema de saúde. Morador de Brasília e pai de uma menina com neurofibromatose, ele passou quatro anos em busca do diagnóstico da filha. Diagnosticada no Rio de Janeiro, ela chegou a ser transferida para Belo Horizonte (MG) e, há duas semanas, está sendo tratada na capital federal.

“Falta mostrar aos médicos onde estão os centros de referência de cada especialidade, para que eles repassem aos pacientes. Descobri o tratamento na minha cidade por meio de outros pais. Imagina como é para quem mora no interior”, completou.

Regina Próspero, presidente da Associação Paulista dos Familiares e Amigos dos Portadores de Mucopolissacaridose, só conseguiu o diagnóstico do filho depois de perder o mais velho para a doença.  Mesmo assim, o menino só conseguiu iniciar o tratamento muitos anos depois, já que não havia tratamento para a mucopolissacaridose disponível no país.

“Estamos muito aquém do que deveríamos. Precisamos efetivar uma política pública específica para as doenças raras. Hoje, os pacientes são tratados como um qualquer, mas são características específicas, não dá para tratar como uma doença de saúde coletiva”, explicou. “A sociedade também precisa participar. A maioria das pessoas acredita que uma doença rara não pode ocorrer em sua casa, mas pode. Ninguém está livre e todos devem ter direito à vida”.

O Ministério da Saúde anunciou nessa quarta-feira (27), em seminário na Câmara dos Deputados, que vai colocar em consulta pública nas próximas semanas dois documentos que deverão dar origem a uma política pública específica para pessoas portadoras de doenças raras.

Fonte: Agência Brasil

Anvisa publica proibição de venda de álcool líquido com mais de 54º GL

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou, no Diário Oficial desta segunda-feira (26), resolução que proíbe a fabricação, distribuição e venda, de álcool líquido com graduação acima de 54º GL. A medida determina, ainda, que as empresas recolham os produtos existentes no mercado.

Segundo a agência, a decisão é resultado da decisão judicial do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que em julho de 2012 se manifestou pela legalidade da resolução da Anvisa, de 2002, que proibia a venda do produto.

Em janeiro deste ano, no entanto, o TRF-1 informara que a medida não teria validade até que fossem julgados pelo tribunal recursos pendentes relacionados ao tema. Procurado pelo G1 nesta segunda-feira, o TRF-1 informou que “nada mudou”.

Em julho do ano passado, a Quarta Turma do TRF-1 decidiu validar uma resolução da Anvisa de 2002 que proibia a “fabricação, exposição à venda ou entrega ao consumo, do álcool etílico de alta graduação, ou seja, acima de 54° GL”. Com a resolução, somente o álcool gel poderia ser comercializado ou álcool líquido com teor menor do que 54º GL, ou seja, menos inflamável.

Após a decisão, a Anvisa deu prazo de 180 dias para a adequação do setor produtivo, que terminaram em 28 de janeiro. Com isso, diz a agência, a venda do álcool líquido estaria proibida a partir de 29 de janeiro.

Procurada pelo G1, a Anvisa informou que entende que a medida é válida. Dessa forma, as empresas que descumprirem a proibição estariam sujeitas a multas que podem variar de R$ 2 mil a R$ 1,5 milhão.

A Anvisa informou que a fiscalização ficará a cargo das vigilâncias estaduais e municipais que serão comunicadas sobre a nova norma. A proibição da venda do álcool líquido com gradução maior que 54° GL, segundo a Anvisa, tem o objetivo de reduzir o número de casos de queimaduras e ingestão acidental.

Em janeiro, a Associação Brasileira dos Produtores e Envasadores de Álcool (Abraspea) afirmou que entende que não há respaldo legal para a proibição da venda, uma vez que a questão está sub júdice e cabe inclusive recursos à tribunais superiores.

“Se a Anvisa efetivamente adotar essa medida, iremos defender os direitos dos produtores e pedir o ressarcimento de eventuais prejuízos”, afirmou, na ocasião, Ary Alcantara, porta-voz da Abraspea.

O processo
Após a Quarta Turma do TRF-1 ter validado a resolução da Anvisa em julho de 2012, entidades de empresas que fabricam o álcool líquido a questionaram por meio de embargos.

Em sessão no dia 4 de dezembro, o relator do processo, o juiz Márcio Barbosa Maia, manteve em sua decisão a resolução da Anvisa, e foi acompanhado pelo juiz Rodrigo Navarro. O terceiro juiz que integra a turma, Moreira Alves, pediu vista do processo. Como o embargo tem efeito suspensivo, segundo o TRF-1, o prazo não vale até que Moreira Alves dê seu voto.

Nesta segunda-feira, o TRF-1 informou que não houve mudança desde que houve pedido de vista do desembargador Carlos Eduardo Moreira Alves, que encontra-se de férias até o dia 25 de março.

“Os embargos de declaração relativos à questão estão pendentes de apreciação e não nos foi informada a data para julgamento dos mesmos. Quanto a essa nova resolução da Anvisa, o TRF1 não pode se manifestar sem que seja motivado, considerando que não chegou em nosso protocolo nenhum recurso a ela relacionado”, afirmou o TRF-1 em nota.

A Anvisa argumenta que a proibição do álcool líquido com teor maior do que 54º GL não prejudicará o consumidor, uma vez que já existem opções no mercado do produto dentro das normas defendidas pela Anvisa. “O que estamos retirando é aquele álcool de alta graduação que as pessoas acham ótimo de usar para churrasco”, diz Mancilha.

Segundo a agência, pela nova norma o álcool com gradução maior que 54° GL poderá ser vendido na forma de gel. “Os produtos comercializados para fins industriais e hospitalares continuam liberados. Também pode ser comercializado para o consumidor final o álcool de 54° GL em embalagens de no máximo 50 mililitros”, informou a Anvisa, em comunicado.

A Abraspea, por sua vez, argumenta que este tipo de álcool líquido é comercializado na maioria dos países por ser o preferido dos consumidores, que não há dados alarmantes  sobre a ocorrência de acidentes domésticos com o produto e que os produtos com maior teor de água na composição não possuem o mesmo poder bactericida do álcool líquido do tipo comum.

Segundo a associação, a proibição da Anvisa atingiria cerca de 70% do álcool líquido comercializado pelas empresas no país.

Fonte: G1

Dengue no Ceará: 28 cidades já têm a doença

mosquito da dengueDo início do ano até hoje, foram confirmados 278 casos de dengue em 28 municípios do Ceará, o que representa 15,2% das cidades. De janeiro a fevereiro de 2012, porém, os casos somaram 4.078. Embora os números de agora estejam abaixo dos registrados no ano passado, a Capital está na lista, divulgada ontem pelo Ministério da Saúde, das cidades em alerta.

Neste ano, o número de notificações chegou a 1.768 em 110 localidades, ou seja, 60% dos municípios e, entre as confirmações, os maiores registros ocorreram nas cidades de Fortaleza e Tauá, com 158 (57,3%) e 54 (19,6%) do total de casos confirmados, respectivamente.

Ao todo, 487 municípios brasileiros estão em alerta, 287 em situação de risco, e 238 em cenário satisfatório. A situação das cidades foi determinada pelo Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) do Ministério, com o objetivo de identificar onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypt. A pesquisa foi realizada em 983 localidades. A maior concentração de larvas em reservatórios de água, por região, está no Nordeste, com 76,2% do total.

Apesar do alerta, o coordenador de Promoção e Proteção à Saúde da Secretaria de Saúde do Estado (Sesa), Manoel Fonseca, diz que os números deste ano, até agora, são considerados baixos em comparação a 2013, quando foi decretada epidemia.

Somente em janeiro de 2012, foram confirmados 1.763 casos, contra apenas 264 em janeiro deste ano. Em fevereiro de 2012, o número chegou a 2.315 e, neste ano, 12 casos foram confirmados até agora. Os dados são do último boletim estadual.

Mesmo com dados positivos, Manoel Fonseca destaca a importância da população fazer sua parte para evitar a proliferação do mosquito, como cuidar dos quintais, caixas d´água e condicionar bem o lixo. “São ações que todo mundo pode fazer”. O maior alerta, segundo diz, vai para toda a Região Metropolitana de Fortaleza, e parte do Interior, como as regiões dos Inhamuns e do Cariri.

Ações

Sobre estratégias de combate à dengue, o coordenador ressalta que a reunião no início do ano entre Sesa e o Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Ceará (Cosems/CE) visou definir ações básicas contra a doença, como o controle de vetores, o mapeamento e notificação dos casos, mobilização social da comunidade, e o tratamento. “Fizemos o alerta aos profissionais de saúde para o diagnóstico precoce, a classificação de risco, e a importância da hidratação”, diz.

Fonte Diário do Nordeste

Receita libera programa para declaração do IR 2013

IROs contribuintes que precisam declarar o IRPF (Imposto de Renda Pessoa Física) este ano já podem baixar os programas para fazer e para enviar a declaração no site da Receita Federal a partir desta segunda-feira (25).

O envio do documento, porém, só poderá ser feito a partir de sexta-feira (1), quando começa a valer o prazo deste ano. A expectativa é que 26 milhões de contribuintes entreguem a declaração em 2013.

Quem envia a declaração logo no início do prazo, que vai até 30 de abril, recebe a restituição, se houver, nos primeiros lotes da Receita.

Uma das novidades do programa deste ano facilitará a vida dos contribuintes que fazem pagamentos a escolas, a médicos, a hospitais etc. As informações sobre esses pagamentos poderão ser importadas da declaração do ano anterior, como já era feito com as informações sobre o contribuinte e seus bens e direitos.

Ao abrir a declaração, o programa pergunta se o contribuinte quer importar os dados de 2012, que tipo de declaração quer fazer e quais pagamentos quer importar.

Outra novidade é que os contribuintes terão de detalhar as doações feitas e os rendimentos isentos recebidos no ano anterior.

Até a declaração entregue em 2012, o contribuinte tinha de relacionar os pagamentos e as doações em ficha única, denominada “Pagamentos e doações efetuados”.

A partir deste ano, haverá duas fichas: uma específica para doações e outra para pagamentos efetuados.

Dois novos códigos passam a integrar a relação de doações que podem ser abatidas. São os códigos 45 e 46, que se relacionam com doações de incentivo ao Pronas/PCD (pessoas com deficiência) e ao Pronon (oncologia).

declaração IR

QUEM TEM DE DECLARAR

É obrigado a declarar o Imposto de Renda quem, em 2012:

– Recebeu rendimentos tributáveis (exemplo: salário, aposentadoria, aluguéis) acima de R$ 24.556,65;

– Recebeu rendimentos isentos (juros de poupança, FGTS), não tributáveis (seguro de veículo roubado/furtado, indenização em PDV) ou tributados apenas na fonte (13º salário, ganhos com aplicação financeira, prêmios de loterias) acima de R$ 40 mil;

– Teve a posse ou propriedade, em 31 de dezembro, de bens ou direitos (imóveis, terrenos, veículos) acima de R$ 300 mil;

– Obteve ganho de capital na venda de bens e direitos sujeito ao IR;

– Realizou operações em Bolsas de Valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas;

– Teve receita bruta de atividade rural acima de R$ 122.783,25;

– Deseja compensar, na declaração deste ano ou nas próximas, prejuízos de anos anteriores com atividade rural;

– Optou pela isenção do IR sobre o ganho de capital obtido na venda de imóveis residenciais ao usar o dinheiro integralmente na compra de imóveis residenciais no país no prazo de 180 dias contado da celebração do contrato de venda;

– Passou, em qualquer mês, à condição de residente no país e estava nessa situação em 31 de dezembro;

DECLARAÇÃO DE BENS

O contribuinte deve listar na declaração seus bens e direitos no Brasil ou no exterior, assim como suas dívidas.

Dívidas abaixo de R$ 5.000, no entanto, não precisam ser declaradas.

Ficam dispensados de serem informados os saldos em contas correntes abaixo de R$ 140 e os bens móveis com valor abaixo de R$ 5.000, exceto carros, embarcações e aeronaves.

Também não precisam ser informados os valores de ações ou outro ativo financeiro com valor abaixo de R$ 1.000.

DOIS LIMITES

A Receita já definiu que os contribuintes que ganharam, em 2012, até R$ 24.556,65, não estão obrigados a declarar (considerando apenas a variável “renda tributável”, uma vez que há outras que determinam quem deve declarar ou não).

Esses contribuintes devem ficar atentos, porque há outro limite, o de isenção, que é menor, de R$ 19.645,32 (esse valor corresponde a 12 vezes o limite mensal de isenção de 2012, de R$ 1.637,11). Significa dizer que quem ganhou entre R$ 19.645,32 e R$ 24.556,65 em 2012 provavelmente teve IR retido na fonte.

Assim, para reaver esse dinheiro, será preciso que o contribuinte apresente a declaração, uma vez que a Receita não devolve o dinheiro se não recebê-la.

Mesmo quem ganhou menos de R$ 19.645,32 pode ter tido retenção na fonte.

Isso acontece quando o contribuinte recebe algum valor elevado de uma só vez (por exemplo, R$ 15 mil) ou um valor menor, mas por vários meses (R$ 5.000 por mês, durante três meses).

Esse contribuinte também terá de declarar para receber de volta o IR retido sobre aqueles valores.

Fonte: Folha de S. Paulo

Teste rápido detecta infecção por hanseníase

hanseniaseUm teste simples e barato para detectar a infecção pela bactéria causadora da hanseníase foi desenvolvido por pesquisadores americanos e será fabricado por uma empresa brasileira, a OrangeLife. O preço máximo, segundo um acordo firmado com a empresa, será de US$ 1.

Muitos consideram a hanseníase uma relíquia do passado, mas, a cada ano, 200 mil pessoas são infectadas, segundo a Organização Mundial da Saúde.

O Brasil é um dos países mais afetados. Em 2010, foram detectados 34,9 mil novos casos da doença. Índia, Filipinas, Indonésia e República Democrática do Congo também entram no rol dos países com maior presença da infecção.

A doença tem cura, então uma melhora do diagnóstico precoce pode significar que, um dia, a hanseníase possa se juntar a outros males, como a poliomielite, que estão próximos da erradicação.

MAIS FÁCIL

Os responsáveis pelo novo teste afirmam que o resultado sai em menos de dez minutos. O método é muito mais simples do que o atual, que requer uma incisão na pele e a análise da bactéria ao microscópio.

“Funciona como um teste de gravidez e requer só uma gota de sangue”, afirmou Malcolm Duthie, líder do desenvolvimento do teste no Instituto de Pesquisa de Doenças Infecciosas de Seattle, nos EUA. “Posso ensinar qualquer um a usá-lo.”

A facilidade de uso é importante, segundo os pesquisadores, porque nem todas os locais onde a doença tem maior prevalência contam com profissionais treinados para realizar o exame para detectar a bactéria ao microscópio ou com laboratórios.

No novo teste, basta inserir a gota de sangue em um recipiente com uma fita plástica. Em seguida, são colocadas três gotas de uma solução. O resultado vem como o de um teste de farmácia: duas linhas querem dizer um diagnóstico positivo.

O que é ainda mais importante, segundo Duthie, é que espera-se que o teste detecte infecções até um ano antes de os sintomas aparecerem. Quanto mais cedo começa o tratamento com antibióticos, melhor é o resultado.

A hanseníase é causada pela Mycobacterium leprae, bactéria “aparentada” da causadora da tuberculose, mas que se reproduz de forma muito mais lenta. Os sintomas podem levar mais de cinco anos para aparecer.

“Estamos animados com o resultado”, afirmou Bill Simmons, presidente das Missões Americanas de Hanseníase, um grupo cristão que combate a doença desde 1906.
transmissão

A bactéria só é transmitida após um contato próximo e prolongado. O micro-organismo se espalha para as partes mais frias do corpo: mãos, pés, bochechas e orelha.

Os primeiros sinais visíveis são, em geral, partes sem cor nem sensibilidade na pele. Muitas vezes, as lesões são confundidas com as causadas por fungos ou com doenças como psoríase e lúpus.

O paciente pode sofrer queimaduras e cortes frequentes, pela falta de sensibilidade. Os pés desenvolvem feridas. Segundo Simmons, é aí que o doente acaba percebendo que o problema é grave e procura atendimento. “Aí ele recebe a notícia ruim: ‘Sim, você tem hanseníase e gostaríamos que você tivesse vindo aqui seis meses atrás’.”

Depois de seis meses, o dano nervoso pode ser permanente. Mesmo que o paciente seja curado –o que envolve um tratamento com três tipos de antibiótico por até 12 meses– ainda há o risco de desenvolver feridas.

À medida que a bactéria atinge os nervos, os músculos atrofiam e os dedos podem ficar curvados.

Hoje, a maioria dos pacientes é curada antes desses danos, mas o estigma da doença ainda resiste.

Fonte: Folha de S. Paulo

infografico

Bebida alcoólica é responsável por 21% dos acidentes de trânsito atendidos pelo SUS

bebida alcoolicaO consumo de álcool está associado a 21% dos acidentes de trânsito que geraram vítimas atendidas pela rede pública de saúde em 2011. O estudo, divulgado nesta terça-feira (19) pelo Ministério da Saúde, é inédito e revela que uma em cada cinco vítimas de trânsito atendidas nas emergências de hospitais do SUS (Sistema Único de Saúde) ingeriram bebida alcoólica.

Os dados fazem parte do Viva (Vigilância de Violência e Acidentes), um levantamento feito em 71 hospitais que realizam atendimento de urgência. Foram ouvidas 47 mil pessoas em todas as capitais e no Distrito Federal.

Os números mostram que entre as pessoas envolvidas em acidentes de trânsito, 22,3% dos condutores haviam ingerido bebida alcoólica. Entre os pedestres, o percentual é de 21,4%. Dos passageiros acidentados, 17,7% haviam consumido álcool.

De acordo com o Secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, esse número pode ser ainda maior.

— O estudo considera os atendimentos feitos nos hospitais, sem contar os acidentes leves com feridos sem gravidade, que não procuram o pronto-socorro, nem as colisões graves, nas quais as vítimas morrem na hora.

Homens são maiores vítimas

O estudo do Ministério da Saúde aponta que quase 40% das vítimas de acidente de trânsito têm entre 20 e 39 anos. E a maioria é de homens — 25% dos que sofreram acidente tinham ingerido álcool.

Para o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, os números mostram qual o público-alvo das próximas campanhas do governo.

— Nós estamos percebendo claramente uma concentração maior nessa faixa etária. É importante falar mais com esse público, saber como atingir esse público. Vamos utilizar essa pesquisa para direcionar nossas campanhas.

Fonte: R7

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