Mães solteiras podem ter problemas de saúde após os 50 anos, diz estudo
Cuidar das crianças sozinha pode trazer malefícios em longo prazo. De acordo com pesquisa da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, divulgada no site DailyNews, a mulher sente os efeitos depois dos 50 anos, e pode ter a saúde mais afetada. A piora na saúde foi detectada em países como os EUA, o reino Unido, Suécia e Dinamarca.
Lisa F. Berkman, coordenadora do estudo afirma que, nos EUA, já era esperado ter um resultado como este, já que não existe uma assistência básica ás mães solteiras no país. A pesquisadora se surpreendeu com os países europeus identificados no estudo. “Nos EUA nós já sabíamos que esse seria o resultado, mas em países do Reino Unidos isso é uma surpresa”.
Outro exemplo da surpresa de Lisa foi a Escandinávia. De acordo com a pesquisadora, o país é um dos com melhor estrutura neonatal, além de ser um dos que possui melhores programas sociais anti-pobreza. “A proteção social nesses países é boa, mas não foi o suficiente para suprir as necessidades dessas mães, que continuam com renda menor do que as mulheres que se mantiveram casadas, por exemplo”.
A pesquisa envolveu cerca de 25 mil mulheres acima de 50 anos em 14 países. Elas foram perguntadas sobre as relações do casamento, sobre o cuidado dos filhos e a efetividade em completar as tarefas diárias.
O risco de ter dificuldade nas atividades do dia a dia foi maior na Inglaterra e na Escandinávia. Nos dois países, as mães solteiras tiveram 50% mais chances de desenvolver problemas de saúde. Nos EUA, 27% das mães solteiras apresentaram a mesma situação.
Os problemas foram maiores em mulheres que foram mães solteiras antes dos 20 anos de idade, além das que cuidaram do filho sozinhas por mais de oito anos.
Sara Fritzell, pesquisadora da Universidade de Estocolmo, na Suécia, afirma que, normalmente, as mulheres que cuidam dos filhos sozinhas possuem pior saúde, seja mental ou física. “Acreditamos que as mães solteiras se esforçam muito para cuidar dos filhos. Elas colocam as crianças acima delas, e acabam se descuidando, sem fazer exercícios, comendo errado, etc”.
Fonte: R7 Saúde.