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Natação traz benefícios à saúde dos bebês

downloadA água e seus efeitos positivos à saúde são amplamente conhecidos. Não é à toa que a natação possui adeptos desde os primeiros meses de vida. É o caso de Kelton, de nove meses, que há três pratica a atividade.

Acompanhado pela mãe, Keury Alves Soares, ele faz natação duas vezes na semana e se mostra muito alegre nas aulas. “Quando entra na piscina, não quer mais sair”, diz a mãe.

Ela conta que não só o filho mais novo, como também o primogênito, hoje com cinco anos, aventurou-se na piscina desde cedo. “Os dois tinham problemas respiratórios (rinite) e o nariz sempre escorrendo. Esse é o esporte mais completo e percebo uma melhora de 90% na saúde dos meninos”, afirma mãe.

Espaço lúdico

Os bebês auxiliados pelo professor (quando individual) ou junto aos pais (se for em grupo), realizam brincadeiras didáticas na piscina para que se familiarizem com o ambiente. A evolução de cada aluno é percebida gradativamente.

Com a atividade, as crianças reforçam relação de confiança, desenvolvem motricidade e funções pulmonares. A música é inserida como complemento às ações, descontraindo o ambiente aquático.

Nesse contexto, o educador físico e professor de natação para bebês, Heli Soares, desenvolve seu trabalho. “A atividade é lúdica e não exige evolução. Isso se dá naturalmente”.

Além do físico

Segundo a pediatra e neonatologista, Sidneuma Melo Ventura, presidente da Associação Médica Cearense (AMC), a natação traz benefícios físicos, orgânicos, sociais, terapêuticos e recreativos ao bebê.

A prática permite à criança a adaptação à água, aprimora a coordenação motora, proporciona noções de espaço e tempo, aumenta a resistência cardiorrespiratória e muscular, além de promover o desenvolvimento neuro-psicomotor e o desempenho cognitivo. “Tranquiliza o sono do bebê, estimula seu apetite, melhora a memória e previne algumas doenças respiratórias”.

A quem acredita que bebês não podem fazer atividade física, a médica esclarece que, orientada por um profissional tecnicamente capacitado, a natação só traz benefícios e não haverá sobrecarga física ou prejuízo calórico.

Tempo e alimentação

Esse é o motivo pelo qual o exercício possui duração de 30 minutos, no máximo, duas vezes na semana. “É o tempo de que os bebês precisam, pois se passar desse período, a criança tende a ficar enjoada ou distraída”, frisa o professor.

Recomendada a partir dos seis meses de vida, a natação para bebê exige cuidados especiais. O primeiro é a alimentação da criança antes de iniciar a aula e depois dela.

A nutricionista Samara Mesquita, mestre em Nutrição e Saúde e integrante da equipe de profissionais do Instituto AMO, destaca que o ideal é que a atividade esteja intercalada entre as horas das refeições, já que o bebê estará formando o hábito alimentar. “Do sexto ao sétimo mês, o bebê passa a introduzir alimentos na sua rotina. É um período de transição”.

Desse modo, um bebê que se alimenta bem suporta duas horas e trinta minutos entre uma refeição e outra. “Enquanto está mamando, a criança se nutre bem se mama um seio e meio. Quando o leite materno se torna alimento complementar e outros alimentos são a base da alimentação do bebê, é possível saber a qualidade dessa alimentação e se o intervalo é válido para ele”.

Diante desse contexto, Samara Mesquita indica que o bebê deve se alimentar meia hora antes das aulas. Após o término, hidratar-se é essencial e, no máximo meia hora depois, deve se alimentar.

Estrutura

A qualidade da água é outro aspecto a ser considerado. O ideal é que a criança utilize piscinas tratadas por ozônio ou salinização. “No entanto, piscinas adequadamente tratadas com cloro, em que as crianças engolem um pouco de água eventualmente, não causam maiores transtornos.

Deve-se apenas minimizar estes eventos com treinamento adequado da mesma” afirma a pediatra, também presidente do Comitê de Ética em Pesquisa da Maternidade Escola Assis Chateaubriand da Universidade Federal do Ceará (UFC) e mestre em Saúde Pública.

O contato com a água costuma não trazer maiores danos à saúde. Cuidado redobrado com a presença do cloro em excesso, que pode gerar irritação da pele, dos olhos e vômitos, em caso de deglutição da água, principalmente em crianças alérgicas.

Manobras

Movimentos com mergulhos laterais e em linha reta (batendo as pernas), e manobras diversificadas contribuem na adaptação do bebê ao esporte.

Uma das técnicas usadas para que o mergulho seja realizado de maneira divertida e segura, consiste em assoprar delicadamente no rosto do bebê. O ato é um mecanismo para evitar que a criança aspire água ao respirar submersa. O sopro sutil faz com que a criança seja mergulhada em apneia, ou seja, com segurança.

Fonte: Diário do Nordeste

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