Busca no site:

Posts cadastrados em maio 2013

Cirurgia de Angelina Jolie reduz em 95% chance de aparecimento do câncer de mama hereditário

angelinaA atriz americana Angelina Jolie, de 37 anos, se submeteu em fevereiro deste ano a uma cirurgia para a retirada dos dois seios quando descobriu que tinha um gene que, quando mutado, aumenta significativamente o risco da mulher ter câncer de mama. Segundo a geneticista Maria Isabel Achatz, diretora de Oncogenética do A.C.Camargo Cancer Center, o procedimento, chamado de mastectomia redutora de risco, é uma das maneiras de reduzir o risco da doença.

— Como a cirurgia retira a maior parte do tecido mamário, há uma redução de 95% de o câncer de mama aparecer. Apesar de o índice ser alto, a mastectomia não garante proteção total contra a doença. Outra maneira de prevenir o quadro é acompanhamento médico rigoroso e intensivo, a cada seis meses, para um diagnóstico precoce.

A médica explica que o histórico familiar de câncer da atriz — sua mãe lutou contra um tumor no ovário por dez anos e morreu aos 56 anos — associado a uma mutação genética foram alguns dos possíveis critérios que colocaram Jolie no grupo de risco. Segundo ela, a falha no gene BRCA1, detectada por meio de exame de sangue, aumenta consideravelmente as chances de a atriz desenvolver câncer de mama e ovário.

— Essa falha significa que a atriz, como como qualquer outra mulher da população, não tem proteção contra estes cânceres. O gene falho seria a senha errada do cartão de crédito, ou seja, não funciona.

De acordo com um artigo publicado nesta terça-feira (14) no jornal americano The New York Times, Angelina teria um risco de 87% de desenvolver câncer de mama e de 50% de ter câncer de ovário.

Com a cirurgia, explica a médica, a atriz teria apenas 5% de chance de um possível diagnóstico de câncer de mama ao longo da vida, mas ela reforça que o procedimento precisa ser sempre muito bem avaliado pela equipe médica.

—Toda cirurgia envolve riscos, sem contar que é fundamental o acompanhamento psicológico porque a retirada do seio pode causar um impacto enorme na vida da paciente.

Após o procedimento de retirada do seio, Maria Isabel lembra que a paciente é submetida a uma cirurgia plástica para a reconstrução mamária.

Câncer de mama no Brasil

O Inca (Instituto Nacional do Câncer) prevê mais de 52 mil casos de câncer de mama em 2013, ou seja, 52 diagnósticos a cada 100 mil mulheres. O câncer de mama é o segundo tumor mais frequente no mundo e a segunda causa de morte entre as mulheres brasileiras, perdendo apenas para as doenças cardíacas.

O presidente da SBM (Sociedade Brasileira de Mastologia) Carlos Alberto Ruiz ressalta que o diagnóstico precoce ainda é o melhor caminho para a prevenção da doença.

— A detecção precoce também pode levar à preservação dos seios na cirurgia de retirada do tumor.

O médico garante que a mamografia é o exame mais preciso na identificação dos tumores precocemente e deve ser feito anualmente a partir dos 40 anos.

Fonte: R7

Provar álcool antes dos 12 anos eleva em 60% risco de abuso na adolescência

bebidas-alcoolicasJoão tinha 11 anos quando experimentou vinho oferecido pelos pais, em 2008. Aos 15, foi a vez do primeiro pileque, causado pelo consumo excessivo de vodka com energético numa festa com amigos. “Agora, quando chego meio bêbado em casa minha mãe sabe que eu bebi, mas finge que não sabe”, diz o jovem de 16 anos, aluno do 2.º ano do ensino médio de um colégio tradicional de São Paulo. Hoje, ele diz que consome frequentemente álcool com os colegas.

A primeira experiência do estudante com vinho pode explicar e até justificar o seu hábito de consumo atual. É o que revela uma pesquisa inédita da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) feita com base em entrevistas realizadas com 17 mil adolescentes do ensino médio de 789 escolas públicas e privadas de todo o País.

O estudo, feito pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid) da Unifesp, constatou que um simples gole ou experimentação de qualquer bebida alcoólica feita por crianças menores de 12 anos aumenta em 60% as chances de elas, quando adolescentes, consumirem álcool abusivamente.

“O contato que a criança tem com bebidas na infância pode não gerar apenas um adolescente que ocasionalmente fica de porre. Ela pode acabar adquirindo o padrão abusivo de consumo de álcool”, afirma Zila Sanchez, professora do Departamento de Medicina Preventiva da Unifesp, uma das pesquisadoras responsáveis pelo estudo.

A pesquisa também constatou que, dentre os estudantes que afirmaram ter consumido algum tipo de bebida alcoólica na vida (82% dos entrevistados), 11% experimentaram antes dos 12 anos.

Para a nutricionista Camila Leonel, o consumo precoce tem um impacto claro na saúde do jovem. “O álcool causa modificações neuroquímicas, com prejuízos na memória, aprendizado e controle dos impulsos. O sistema nervoso dos menores ainda está em desenvolvimento”, afirma.

E para evitar o contato inicial com a bebida não basta apenas que os pais proíbam o acesso ao álcool, segundo Ilana Pinsky, vice-presidente da Associação Brasileira de Estudo de Álcool e Drogas (Abead). “Se os pais têm o hábito de beber todos os dias para relaxar, por exemplo, não adianta conversar muito sobre como beber de forma responsável”, diz ela.

Ilana critica a “enorme” quantidade de bebidas que há dentro dos lares de muitos brasileiros. “Os pais têm de ter cuidado com os bares que ficam dentro das próprias casas, para que as crianças não tenham acesso a eles”, diz.

Na casa da empresária Cláudia Silva, que tem uma filha menor de idade, não há esse risco. “Aqui em casa é zero álcool. Nada disso de dar só um golinho para experimentar”, diz a mãe.

Propaganda. Mesmo com o controle dos pais, há outros fatores que podem influenciar a entrada precoce do álcool na vida dos menores. “A propaganda de cerveja na televisão, mesmo não sendo direcionada à criança, influencia o consumo. Ela acaba se associando com atividades esportivas, coisas que o adolescente gosta”, afirma Edgard Rebouças, coordenador do Observatório da Mídia da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e conselheiro do Instituto Alana.

Segundo a Ambev, uma das maiores empresas de bebidas do mundo, o consumo de bebidas por menores é algo que a marca quer evitar. “Esse lucro não nos interessa. Fazemos de tudo para que essa relação do menor com a bebida não aconteça”, diz Ricardo Rolim, diretor de relações socioambientais da Ambev. Ele cita programas da empresa, como o Jovem Responsa, que, em parceria com 21 ONGs de todo o País, já levou orientações de consumo consciente a mais de 57 mil jovens direta e indiretamente.

Para Betânia Gomes, que pesquisou o tema na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (USP), faltam políticas públicas mais efetivas sobre a questão. “Precisamos de mais iniciativas oficiais de promoção e campanhas educativas para que esses meninos e meninas não comecem a beber tão cedo”, diz a pesquisadora.

Fonte: O Estado de S. Paulo

70,7% dos partos são cesarianos

gestanteUm parto digno, natural e humanizado deveria ser comum entre as mulheres, mas nem sempre é assim. Para conquistar esse direito muitas futuras mães precisam mudar de obstetra mais de uma vez e, em algumas situações, são obrigadas a lutar por seus direitos na hora do parto. Nas cinco maternidades municipais de Fortaleza, por exemplo, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), somente no ano passado, 70,7% dos procedimentos realizados foram cesárias.

De um total de 36. 968 partos, 26.155 mulheres se submeteram a uma cesariana e apenas 10.813 puderam fazer o parto normal, ou seja 30,3%. O cenário vem se repetindo ao longo dos anos. Em 2011, dos 36.912 procedimentos, 25mil foram cesarianas, ou seja 67,7%, enquanto que o número de partos normais foi 11.912.

Campanha

Diante dessa realidade e em campanha à favor do parto humanizado e contra a violência obstétrica no momento do procedimento, entidades sociais, mães, gestantes, profissionais e autoridades públicas se reuniram, na tarde desta quinta-feira, 9, em audiência pública, no Auditório da Câmara Municipal de Fortaleza.

Uma das mulheres que estava na audiência em defesa de um parto melhor e mais humano era a psicóloga Cristiane Rodrigues, 34, mãe de Hiago, 9 meses. Ela conta que mesmo antes de engravidar já tinha o desejo de ter parto natural. Contudo, não foi tão fácil quanto ela imaginava encontrar um profissional que quisesse acompanha-la e realizar o parto normal.

“Tive que mudar de obstetra pelo menos três vezes para poder encontrar um que aceitasse me acompanhar e apoiar a minha decisão. Depois de tanta procura encontrei. No entanto, no dia do meu trabalho de parto a médica não estava disponível recorrer a um plantonista em um hospital público”, diz.

Foi então que Cristiane começou a vivenciar a violência psicológica. Segundo diz, quando chegou na unidade o trabalho de parto já estava bem avançado e ela exigiu um procedimento natural. Mas, foi tratada de forma grosseira pelos médicos e por enfermeiras. “Não foi permitida a entrada de acompanhante e tive que tomar as rédeas da situação para poder parir. Fui tratada de forma grosseira e por isso decidi pedir outro médico. Não foi fácil parir de forma natural”, diz.

Para ela, os médicos dificultam o procedimento normal e preferem a cesariana devido a diferença de tempo entre os procedimentos. “A violência obstetrícia não acontece só no momento do parto. Para mim, é qualquer ato físico e de forma psicológica que acontece no pré-natal, durante o parto e pós parto”, diz.

Informação

A doula(acompanhante de parto), Kelly Brasil, organizadora do Ishtar Fortaleza, grupo de apoio ao parto, ressalta que o parto é um momento de festejar e celebrar a vida. Portanto, nada mais humano do que realiza-lo de forma natural. “O parto normal é mais saudável, apresenta menos risco de hemorragias, infecções e complicações para mãe e para o bebê”, diz.

Kelly conta que decidiu ser doula e trabalhar com parto a partir do momento que precisou de informações e ajuda para se submeter ao procedimento e teve dificuldades. ” Tive meu filho há seis anos e eu não tinha informações sobre o parto natural. Precisei pesquisar muito e troquei de médico várias vezes. Portanto, senti vontade de ajudar essas mulheres a terem uma experiência igual a minha”, ressalta a doula.

Contudo, ela acredita que a luta à favor do parto humanizado está só começando, pois ainda existe muito o que fazer para que as mulheres e os tenham consciência dos benefícios do parto normal. O diretor do Hospital Municipal Nossa Senhora da Conceição, no Conjunto Ceará, Ciro Nepomuceno, reconhece que alguns médicos se recusam a realizar o parto normal diante do longo trabalho de parto.

Porém, ressalta que o que falta é uma consciência coletiva a respeito dos benefícios do procedimento. As campanhas são muito importantes. Nós vivemos em período em que há uma cultura do cesarismo, pois as mães transmitem esse desejo para as filhas que acabam acreditando que a cesariana é a melhor opção”.

Demais maternidades serão equipadas

Atualmente, a Prefeitura de Fortaleza dispõe de cinco maternidades. Apesar de todas realizarem partos normais, apenas o Hospital Gonzaguinha de Messejana e o Hospital da Mulher dispõem de uma estrutura adequada para realizar o parto humanizado, quando a mulher é acompanhada por meio das técnicas exigidas pela Rede Cegonha. Para ampliar este serviço a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) estará, a partir deste mês, reformando e trabalhando o ambiente das demais unidades.

Segundo Léa Dias, coordenadora da área técnica de saúde da mulher da SMS, através da verba enviada pelo projeto Rede Cegonha, do Governo Federal, será possível equipar de forma adequada o Gonzaguinha do José Walter, da Barra do Ceará e o Hospital Nossa Senhora da Conceição. “A ideia é que todas as unidades do município estejam preparadas para atender essas mulheres, oferecendo um parto digno, acompanhadas do marido e do obstetra”, diz.

Apoio

A respeito do acompanhamento do pré-natal das gestantes que necessitam dos serviços das maternidades municipais, Léa Dias afirma que está sendo realizado pela secretaria o “Mapa de Vinculação” que direciona essas mulheres para maternidade mais próximas de suas casas.

A medida está sendo feita para evitar a peregrinação dessa gestantes entre os hospitais, problema considerado grave, segundo Léa Dias. “Acho que as ações da Rede Cegonha vem para ajudar o parto normal e vamos trabalhar o mapa de vinculação dessas mulheres para evitar que elas tenham dificuldade no acompanhamento médico”, destaca.

Para incentivar os médicos a realizarem o parto normal, ela ressalta que a Rede Cegonha oferece material educativo e além disso, é realizado, anualmente, de acordo com a demanda das unidades, um curso de técnicas de obstetrícia que trabalha a atenção da mulher nas intercorrência do parto.

Contudo, ela acrescenta que as próprias maternidades trabalham o incentivo as boas práticas na hora do parto, um incentivo, segundo ela da Rede Cegonha. “As maternidades realizam oficinas com os profissionais da saúde baseando-se em indicadores de boas práticas. Essa atividade é continua e auxilia na conscientização dos médicos para a realização do parto normal e também humanizado”, ressalta a coordenadora Léa Dias.

Além disso, segundo ela, a Rede Cegonha está ampliando para 14 o total do número de exames realizados por mulheres que têm gravidez de risco habitual e de alto risco, além de uma atenção intensificada para os bebês até 24 meses.

Fonte: Diário do Nordeste

Inseminação é vetada a mulher com mais de 50 anos

Inseminação ArtificialMulheres com mais de 50 anos de idade não poderão mais recorrer à reprodução assistida para engravidar. Polêmica e restritiva, a resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) deve provocar alterações na rotina dos consultórios – não é rara hoje a veiculação de notícias sobre mães cinquentenárias. Segundo o órgão, a decisão é baseada em pesquisas e visa evitar complicações para a paciente.

“O limite é lastreado em estudos científicos”, afirma José Hiran Gallo, coordenador da câmara técnica responsável pela revisão das normas. O órgão argumenta que, após os 50 anos, há um aumento significativo do risco de parto prematuro e complicações na gestação.

O coordenador do Laboratório de Reprodução Humana do Hospital Sírio-Libanês, Carlos Alberto Petta, ressalta que o limite estipulado tem respaldo médico, subsidiado por situações reais vivenciadas nos consultórios. “A gravidez acima dos 50 anos gera maior risco para a saúde da mãe, como diabetes e hipertensão. Por mais que possa ser polêmica, essa decisão não é baseada em nenhum tipo de preconceito, mas em evidências médicas”, diz.

Apesar de ter apoio médico, a fixação do limite foi precedida de muita polêmica. “Havíamos proposto inicialmente o limite de 48 anos. Mas, diante das argumentações, estendemos um pouco o prazo”, explica Gallo. Ele observa, no entanto, que tradicionalmente o fim da vida reprodutiva da mulher ocorre em torno dos 45 anos.

Alguns exemplos, no entanto, fogem à regra. Em outubro, uma mulher de 61 anos deu à luz gêmeos em Santos, no litoral paulista, após ser submetida a tratamento.

Óvulos

A câmara também determinou o limite de idade para doações de óvulos e espermatozoides. De acordo com Gallo, tanto óvulos quanto espermatozoides apresentam uma redução da qualidade com o passar do tempo, o que acaba dificultando o sucesso da fertilização. A partir de agora, óvulos poderão ser doados até 35 anos e espermatozoides, até os 50.

As regras também tratam do destino dos embriões congelados há mais de cinco anos. Eles poderão ser doados para pesquisas ou descartados. Se o casal quiser conservá-los, será preciso expressar a vontade e assumir as responsabilidades da decisão.
Relatório da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mostra que no Brasil 26.283 embriões foram congelados em 2011. Na média, casais pagam uma taxa mensal que varia entre R$ 600 e R$ 1,2 mil para mantê-los.As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: UOL

 

Quase meio milhão ainda não se vacinou

gripe cearáA campanha de vacinação contra gripe 2013 termina amanhã. A meta do Ministério da Saúde é de que estados e municípios garantam cobertura mínima de 80% ao grupo prioritário, que inclui gestantes, pessoas com 60 anos ou mais, mulheres até 45 dias após o parto, indígenas, crianças de seis meses a menores de 2 anos, profissionais de saúde, além de doentes crônicos e privados de liberdade.

No Ceará, entretanto, conforme o Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações, do Ministério da Saúde, 875.280 imunizações foram feitas até as 18h de ontem, o que representa 63,7% de cobertura. Chama atenção o grande número de pessoas que ainda não se vacinaram – 498.624. Considerando todo o Nordeste, o Ceará é o que possui menor índice de cobertura, enquanto Alagoas lidera o ranking, com 79,1%.

Telma Martins, supervisora do Núcleo de Prevenção e Controle de Doenças e Agravos da Sesa, esclarece que o órgão está estimulando os municípios, tentando mobilizar os gestores para que acelerarem o processo de vacinação com intuito de cumprir a meta até sexta-feira (9). Solicitam, também, que as cidades alimentem o sistema de informação com as coberturas. “Alguns municípios estão com os índices baixos, o que não significa que a vacinação não está acontecendo”, salienta.

Capital

Em Fortaleza, a cobertura é ainda menor – 55,1%. Das 429.163 pessoas que formam o grupo prioritário, só 236.682 foram imunizadas. Situação diferente da região metropolitana. Em Aquiraz, por exemplo, 9.789 pessoas foram vacinadas, com cobertura de 91,4%. Em Horizonte foram 5.902 (78%). Até Pacajus, que tem o menor índice de cobertura (59,5%), está na frente de Fortaleza.

A reportagem tentou entrar em contato com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para saber de que forma o órgão está reforçando as ações para garantir a cobertura mínima de 80% a todos os grupos, mas a coordenadora da vacinação não atendeu e nem retornou as ligações.

Hospitalizações

O Ministério da Saúde ressalta que a imunização pode reduzir entre 32% a 45% o percentual de hospitalizações por pneumonias e 39% a 75% a mortalidade global. Entre os idosos, pode reduzir os riscos de pneumonia em aproximadamente 60%, e o risco global de hospitalizações e morte em cerca de 50% a 68%, respectivamente.

A região Sul superou a meta de cobertura, imunizando 4 milhões de pessoas, o que representa 84,1% do público alvo. As demais regiões do País ainda não atingiram a meta estabelecida. A região Sudeste possui 68,6% de cobertura, em seguida está o Norte (68,5%), Centro Oeste (67,9%) e Nordeste (67,2%), que ocupa a última posição no ranking.

Fonte: Diário do Nordeste

Conselho de Medicina discute atestar morte cerebral sem neurologista

CFM-FOTO-1O Conselho Federal de Medicina (CFM) tem pronta uma proposta para mudar os critérios que definem a morte encefálica. O projeto mantém a necessidade de o laudo ser assinado por dois médicos, mas dispensa a exigência de que um deles seja neurologista. Se aprovado, bastará que dois profissionais, de qualquer especialidade, sejam reconhecidamente capazes de fazer a declaração – e em um período menor de tempo. A medida ainda reduz o intervalo entre os testes de seis para uma hora.

A proposta, já apresentada à Casa Civil, pretende dar mais agilidade ao processo e, consequentemente, beneficiar o sistema de captação de órgãos para transplante. “Em grandes centros, a oferta é maior. Mas em cidades menores raros são os hospitais que têm neurologistas de plantão”, afirma o diretor do Hospital do Rim e Hipertensão, José Osmar Medina.

A identificação da morte cerebral é o primeiro passo para que o paciente possa tornar-se doador de órgãos. Quando há concordância da família – após a confirmação da morte cerebral -, é iniciado todo o processo, com a notificação da central de captação. Sem o neurologista para atestá-la, mesmo que a família concorde, o processo não vai para frente.

A redução do tempo de espera entre a realização dos dois exames clínicos é igualmente importante para resguardar órgãos com potencial para transplante. Se os testes forem feitos mais rapidamente, a chance de o paciente sofrer uma parada cardíaca diminui. Mas a mudança no tempo só é indicada pelo CFM a pacientes adultos, que estejam em tratamento por pelo menos seis horas.

“O Brasil é exageradamente cauteloso para identificar a morte cerebral. A ideia é adotar um padrão igualmente seguro, mais moderno e mais ágil”, afirma a médica intensivista Rosana Reis Nothen, integrante da equipe de especialistas convocada pelo CFM para fazer a revisão do protocolo.

Rosana avalia que as exigências atuais provocam uma lentidão desnecessária ao processo. “O paciente com morte cerebral não tem recuperação. Não há por que mantê-lo ocupando um leito de UTI, demandando tratamento de profissionais altamente especializados se nada vai fazer com que ele recupere a atividade cerebral”, avalia.

Para a médica intensivista, essa demora acaba provocando problemas que transcendem a lista de espera de transplantes no Brasil. “Vagas em UTIs são reduzidas, mesmo no sistema privado de saúde. Não faz sentido manter ali um paciente que já está morto”, afirma Rosana.

Apoio. A proposta tem o apoio de neurologistas ouvidos pela reportagem. Representantes da classe, porém, ressaltam a necessidade de se oferecer capacitação aos médicos que dividirão a função após a reforma na legislação. “O exame que é feito para detectar a morte também deve ser bastante estruturado. Quem estiver treinado deve seguir todos os passos, mas poderá fazê-lo sem problemas”, afirma Gisele Sampaio Silva, neurologista do Hospital Albert Einstein. Segundo Gisele, o médico terá a segurança ainda do exame complementar, que continuará obrigatório após os laudos clínicos. “No Brasil, não temos notícia de discordância entre os testes”, diz.

Testes. A CFM ainda quer incorporar mais testes para comprovar a inatividade do cérebro. Além do eletroencefalograma, poderiam ser usadas tecnologias como arteriografias e Doppler transcraniano. Para Rosana, o protocolo brasileiro está pelo menos 15 anos atrasado. O CFM, em nota, informou que as regras ainda deverão ser debatidas no plenário do colegiado. Isso, no entanto, somente será feito depois que a regulamentação da lei de transplantes for alterada. “Sem uma mudança na norma, o médico poderia ser questionado na Justiça.”

Fonte: Estado de S. Paulo

Psicólogos não podem praticar acupuntura, decide STJ

acupunturaO Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu esta semana proibir que psicólogos usem a acupuntura como técnica complementar de tratamento para seus pacientes, pois, segundo o tribunal, a prática não está prevista na lei que regulamenta a psicologia (Lei 4.119/62). A decisão do STJ ratificou o acórdão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região que anulou a Resolução 5 de 2002 do Conselho Federal de Psicologia (CFP), que ampliou o campo de atuação dos profissionais da área, possibilitando a utilização da acupuntura nos tratamentos.

O ministro Napoleão Nunes Maia Filho, do STJ, reconhece que no país não existe uma legislação que proíba a prática da acupuntura por determinados profissionais ou que preveja especificamente quem pode atuar na área, porém, para ele isso não permite que, por meio de ato administrativo, os psicólogos atribuam a sua categoria esta prática. O ministro explicou que o exercício da acupuntura dependeria de autorização legal expressa, por ser idêntico a procedimento médico invasivo, “ainda que minimamente”. “Não se pode, por ato administrativo, resolução do Conselho Federal de Psicologia, sanar o vácuo da lei”, disse Maia Filho em nota.

Em resposta à decisão, o CFP enviou um recurso especial ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a sua reformulação. Em nota, a entidade explica que “o psicólogo, a partir das atribuições profissionais estampadas na Lei nº 4.119/62, utiliza a acupuntura como recurso complementar a sua atividade profissional. E é bem por isso que o Conselho Federal de Psicologia editou a Resolução CFP nº 005/2002, conforme competência que lhe é delegada pelo Artigo 1º da Lei nº 5.766/71 [criação do Sistema de Conselhos]”.

A Sociedade Brasileira de Psicologia e Acupuntura (Sobrapa) estima que, no Brasil, aproximadamente 4 mil profissionais de psicologia oferecem essa técnica de tratamento aos seus pacientes. Segundo o CFP, o Ministério da Saúde reconhece a acupuntura na atenção básica exercida por profissionais da Psicologia.

Segundo o CFP, a acupuntura é um método terapêutico milenar, parte integrante da medicina tradicional chinesa. A entidade defende que “nessa perspectiva, é possível afirmar que a prática, cuja base é filosófica, não é utilizada pelo psicólogo para tratamento médico ou clínico, como sugere a decisão do STJ, mas, sim, a partir de um diagnóstico psicológico”. “Se um paciente chegar ao consultório do psicólogo para tratar de uma cardiopatia, o profissional não poderá se utilizar da acupuntura para tal finalidade e encaminhará o paciente a um médico”, diz o recurso interposto pelo conselho.

Fonte: Agência Brasil

Zumbido é sintoma de problemas que vão do estresse à perda de audição

zumbidoSom do apito de uma panela de pressão, barulho do chuveiro ou canto da cigarra constante. É assim que as pessoas que têm zumbido no ouvido descrevem o som que ouvem diariamente. Trata-se de um barulhinho que está sempre lá – pode até passar despercebido às vezes, mas em outras ocasiões chega a ser enlouquecedor.

Cerca de 17% da população mundial têm zumbido, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, o que corresponde a cerca de 278 milhões de pessoas. Só no Brasil o problema atinge 28 milhões. A maioria dos pacientes que sofre com o problema se refere a ele apenas como um incômodo. Porém, quem sofre com a forma grave de zumbido relata casos de muito sofrimento, que pode acarretar depressão e insônia, afetar a qualidade de vida e prejudicar a capacidade de executar atividades rotineiras como trabalhar ou estudar.

“Alguns pacientes não se incomodam com o barulho, outros se sentem desconfortáveis a ponto de não conseguir dormir direito ou realizar suas atividades normalmente. Estimativas revelam que em 80% dos casos, o zumbido é bloqueado pelo cérebro e o indivíduo não sente incômodo. Porém, cerca de 15% dos pacientes sentem indisposições com o zumbido e 5% têm o chamado ‘zumbido incapacitante’, que compromete a vida profissional, social e a saúde”, aponta Rita de Cássia Cassou Guimarães, especialista em otorrinolaringologia e otoneurologia e coordenadora do Grupo de Informação a Pessoas com Zumbido de Curitiba (GIPZ Curitiba).

O zumbido, também conhecido como tinnitus ou tinido, é definido como um som  nos ouvidos ou na cabeça sem a presença de uma fonte externa. Ele não é uma doença, mas sim o sinal de que alguma coisa está errada. Na verdade, ele pode ser o sintoma de mais de 200 problemas de saúde, que vão de questões odontológicas até psicológicas, passando por questões hormonais, doenças do labirinto, alterações vasculares, problemas musculares e aumento do colesterol.

Porém, a causa mais frequente do problema é a perda de audição. “Nove em cada dez pacientes têm perda auditiva”, afirma Guimarães. “Vale lembrar que o zumbido não causa surdez, mas a surdez pode provocar zumbido”, diz. Envelhecimento, exposição a ruídos, medicamentos, doenças e até traumas cranianos podem causar alguma lesão na estrutura do ouvido, o que pode acarretar perda de audição e o zumbido.

Razões emocionais

Mas o zumbido também pode ter razões emocionais. Sentimentos como depressão, frustração e nervosismo podem causar o problema. Uma das razões que explicam essa relação é que situações de muito estresse ou ansiedade, por exemplo, podem resultar em apertamentos exagerados da musculatura mastigatória (como o bruxismo), que causam a compressão de áreas vascularizadas próximas aos ouvidos, e os sinais enviados ao cérebro são interpretados como zumbido.

O mesmo acontece em casos de má oclusão dentária e excesso de força na musculatura facial. “Os aspectos odontológicos podem causar o zumbido, influenciar a sua intensidade ou agravar o quadro quando o sintoma já existe por outros motivos”, destaca o ortodontista e ortopedista facial Gerson Köhler, membro do GIPZ Curitiba.

Mas não é só isso. Os especialistas afirmam que as emoções negativas também podem agravar a percepção do zumbido. Isto é, se a pessoa não está bem emocionalmente, então o cérebro dará mais atenção ao zumbido. O paciente pode até dizer que o zumbido aumentou, mas na realidade é a sua percepção que está mais aguçada devido aos pensamentos negativos, que induzem o cérebro a identificá-lo como uma ameaça.

“O grau de incômodo depende da importância que a pessoa dá ao seu zumbido e da associação dele com emoções negativas. Este é um dos motivos pelos quais é muito importante que o tratamento seja iniciado o mais precocemente possível evitando que estas associações negativas ocorram”, alerta a professora do Departamento de Otorrinolaringologia, Área de Cirurgia em Cabeça e Pescoço da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp Raquel Mezzalira.

Cigarro e celular

Um estilo de vida saudável é essencial para evitar o zumbido, ou ao menos amenizar seus efeitos. Pesquisa realizada pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) apontou que os fumantes têm mais chances de desenvolver o problema.

A pesquisa avaliou 72 fumantes e 72 não fumantes, e concluiu que quase metade dos fumantes avaliados tiveram problemas auditivos – 40% deles zumbido.  Deficit de oxigenação no sangue, obstruções vasculares e alterações na viscosidade sanguínea provocados pelo cigarro seriam as possíveis razões que levariam ao problema, de acordo com a pesquisa.

A ingestão de bebida alcoólica também estaria relacionada ao agravamento do problema. O álcool não seria responsável pelo surgimento do zumbido, mas várias pesquisas comprovam que a ingestão frequente ou em altas doses piora, e muito, a sensação do zumbido.

Pesquisas recentes também relacionam o uso frequente do celular com a piora da condição. Um estudo feito na Universidade de Viena, na Áustria, publicado noOccupational and Environmental Medicine, apontou que pessoas que usam o celular frequentemente e por períodos prolongados têm 70% mais chances de desenvolver zumbido no ouvido.

A explicação é que a energia gerada pelo telefone é afunilada no canal auditivo e que os ossos do ouvido acabam absorvendo todo esse impacto, o que gera o zumbido.

Alimentação saudável

Pode parecer mentira, mas uma alimentação equilibrada é fundamental para manter também a saúde dos ouvidos. Maus hábitos alimentares, como abusar da ingestão de doces e alimentos gordurosos, ter uma dieta pobre em vitaminas e minerais ou ficar sem comer por períodos prolongados, são constantemente associados por especialistas com o zumbido. “Erros alimentares com abuso da ingestão de doce e cafeína e períodos prolongados de jejum são causas comuns de zumbido”, diz Mezzalira.

Por outro lado, uma dieta balanceada pode ajudar – e muito – a reduzir o problema. Evitar cafeína, doces, alimentos gordurosos e sal em excesso, assim como beber muito água, preferir alimentos frescos e integrais e uma dieta rica em frutas e verduras podem fazer a diferença. Alimentar-se bem se reflete na saúde e no bem-estar, e ajuda o paciente a lidar melhor com o problema – além de contribuir para que o tratamento seja bem sucedido.

Fonte: UOL

Unimed Centro Sul do Ceará
Rua Dr. João Pessoa, 630 - 1º andar - Iguatu
Telefone: (88) 3582-7700