Proteção solar tem novas regras; saiba o que muda e fique atento na hora da compra
Se você já começou a se preparar para a temporada de praia e piscina, deve ter notado algumas mudanças – ainda que sutis – entre os protetores solares. É que uma resolução da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), de junho de 2012, fez com que os fabricantes se mobilizassem para deixar a comunicação visual mais clara aos consumidores, além de se adaptarem a novas normas de produção. Embora as regras passem a ser obrigatórias, somente em 2014, saiba o que muda e fique atenta na hora da compra:
O fator de proteção mínimo vai de 2 para 6
De fato, o FPS 6 é melhor do que o FPS 2, mas os médicos ainda defendem a teoria de que é necessário que “o mínimo” seja bem mais alto. “É importante lembrar que, para ser eficaz, o FPS mínimo deve ser 30”, ressalta o dermatologista Sérgio Schalka, da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Schalka ressalta que, na praia e na piscina, a matemática é outra e quanto mais alto o FPS, melhor, por diversos motivos. Apesar de o cálculo do FPS corresponder ao tempo de exposição ao sol (ou seja, um FPS 40 permite que a pessoa fique 40 vezes mais tempo sob o sol sem se queimar do que se não estivesse protegida), se considerarmos os filtros acima de 30, concluímos que não há tanta diferença, por exemplo, do FPS 30 para o FPS 60. “O FPS 30 vai absorver 95% da radiação, enquanto o 60, absorverá cerca de 97%. Mas os FPS mais altos são mais eficazes porque as pessoas não têm consciência de como passar uma quantidade adequada”, justifica a dermatologista Karin Helmer, da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Proteção contra os raios UVA terá que ser no mínimo 1/3 do FPS (proteção contra os raios UVB)
A partir de agora, deve existir uma proporção entre o FPS (proteção contra os raios UVB) e o FP UVA, proteção contra os raios UVA – e isso precisa ser comprovado pelo fabricante. Para entender essa relação existe a regra do A, de “aging”, envelhecimento, em inglês, e do B, de “burn”, queimadura em inglês: ora, os raios UVA causam o envelhecimento por atingirem as camadas mais profundas da pele, onde fica o colágeno e a elastina, fibras responsáveis pela sustentação da cútis. Já os raios UVB causam queimaduras e vermelhidão, pois atingem a camada superficial da pele, região onde o câncer tem origem.
Proibido denominar qualquer produto como bloqueador solar ou 100% de proteção
Não caia nessa. Na prática, essa “proteção total” é impossível, ainda mais se considerarmos que a o brasileiro não tem o hábito de reaplicar o produto a cada duas horas e nem de usar a quantidade ideal, que deve ser sempre abundante.
Necessidade de reaplicação: deve vir no rótulo
Sim, o fabricante deverá comunicar isso na embalagem, mesmo no caso dos mais resistentes à água. É imprescindível a conscientizar as pessoas da importância de reaplicar o protetor solar ao longo do dia. A maioria da população aplica quando chega à praia ou piscina e não volta a passar. A recomendação dos médicos é que o produto seja usado a cada duas horas. No entanto, ao sair da água, após um longo período de permanência; quando se transpira além do normal e após a prática de atividade física é necessário aplicar o produto, independentemente do horário em que se aplicou pela última vez, sem ressalvas.
Será obrigatório comunicar o nível de resistência do produto
Com a nova lei, comunicar essa informação se torna obrigatório. Para poder inscrever no rótulo que o produto é “Resistente à água”, “Muito Resistente à água”, “Resistente à Água/suor” ou “Resistente à Água/transpiração”, essas propriedades deverão ser comprovadas. Ciente do grau desse benefício, o consumidor deduz qual o nível de eficácia do protetor solar quando em contato com a água e nas situações em que ocorre uma transpiração excessiva, como sob o calor muito forte e após atividade física. Assim, pode se proteger melhor.
Fonte: UOL
Já imaginou encarar uma feijoada, às 14 horas, sob o sol abrasador e com o termômetro marcando mais de 35ºC? Com certeza, as consequências não seriam muito boas. Nos dias mais quentes, parece que o corpo pede refeições leves, frescas, que amenizem o desconforto. “O calor faz com que a temperatura corporal também suba. O organismo produz água – suor – para resfriar o corpo e ajudar a baixar este índice, que deve ficar estável entre 36ºC e 37ºC. Com a transpiração, perdemos água e sais minerais”, explica André Veinert, nutrólogo da Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral (SBNPE). O consumo de comidas pesadas aumenta a temperatura corporal, exigindo muito do organismo, o que pode causar mal-estar, indigestão, azia e estufamento. Daí a necessidade de ingerirmos itens de fácil digestão, ricos em água, vitaminas e sais minerais, perfeitos para repor o que foi eliminado. As melhores opções são as frutas, as verduras, os legumes, os cereais e os peixes. A lista do que deve ser evitado inclui pratos ricos em gordura, como a já mencionada feijoada e frituras, carnes gordas, molhos feitos com queijo e massas como lasanha. Não aos alimentos gordurosos “A gordura é a principal responsável pela diminuição da velocidade da digestão. O componente reduz a atividade do estômago, dificultando seu esvaziamento”, salienta Anna Carolina Bordini, médica com prática ortomolecular da Clínica Bertolini, em São Paulo. Em outras palavras, itens gordurosos demoram para serem processados, ficando mais tempo no estômago e causando aquelas sensações já descritas: empachamento, mal-estar, queimação e/ou azia. E tem mais: além do menu levinho, é importante beber água. “Se a pessoa não ingerir líquidos da forma adequada, há o risco da desidratação. Esta condição prejudica várias funções do organismo, como digestão, absorção e transporte de nutrientes e excreção”, destaca Anna Bordini. Fonte: UOL
O número de pacientes com problema nos rins dobrou em uma década, segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia
Em menos de dez dias, duas crianças morreram enquanto dormiam com as mães; uso de álcool e drogas traz mais riscos
A chegada do verão e das férias é também a época em que precisamos nos preocupar com um assunto muito importante: a prevenção do câncer de pele. O sol tem sido indicado como principal agente envolvido no desenvolvimento do câncer de pele. Por ter efeito cumulativo, a prevenção deve iniciar desde a infância. Quanto mais cedo começam os abusos e a falta de cuidados no sol, antes o câncer pode aparecer.
O transtorno bipolar é progressivo e leva à perda da função de neurônios, segundo novos estudos, liderados por pesquisadores brasileiros. A doença, caracterizada pela alternância entre depressão e euforia (mania, como os médicos dizem), atinge 2,2% da população: são 4,2 milhões de brasileiros, segundo estimativa da Associação Brasileira de Psiquiatria. Crises bipolares não têm nada a ver com as mudanças de humor da pessoa “de lua”, que passa uma manhã agitada ou se irrita facilmente. Um episódio de mania pode durar dias ou semanas e levar a alteração do sono, perda do senso crítico e comportamentos compulsivos como comprar demais ou consumir álcool e drogas. Como tantos outros nomes de patologias, a expressão “bipolar” é usada fora do contexto médico. “Há um entendimento errado da bipolaridade. É uma doença muito grave, com uma série de sintomas. Mudar de humor rapidamente não faz o diagnóstico”, diz o psiquiatra Beny Lafer, coordenador do Programa de Transtorno Bipolar do Hospital das Clínicas de São Paulo. BANALIZAÇÃO A bipolaridade é a doença mental que mais mata por suicídio: cerca de 15% dos doentes se matam. Os pacientes têm um risco 28 vezes maior de apresentar comportamento suicida do que o resto da população e até metade dos doentes tenta se matar, mostram levantamentos. “A expectativa de vida de homens bipolares é 13 anos menor e de mulheres bipolares é 12 anos menor do que a da população em geral, segundo um estudo dinamarquês. A expectativa de vida do bipolar é comparável à do esquizofrênico”, diz o psiquiatra Fábio Gomes de Matos e Souza, professor e também pesquisador da Universidade Federal do Ceará. Considerando a gravidade, os médicos todos criticam a popularização do termo. “É banalizar a doença. Estar triste é uma coisa, estar deprimido e não conseguir sair de casa é outra”, diz a psiquiatra Ângela Scippa, presidente da Associação Brasileira de Transtorno Bipolar. De acordo com as últimas descobertas científicas, as crises de euforia e depressão são tóxicas ao cérebro. ENXURRADA NO CÉREBRO O grupo do psiquiatra Flávio Kapczinski, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, é referência na área e publicou artigos em novembro e dezembro nas revistas “Translational Psychiatry” e “Current Psychiatry Reports”. “Assim como o organismo do diabético sofre com os picos de glicemia, o cérebro de quem tem transtorno bipolar não controlado sofre com o excesso de neurotransmissores”, diz Kapczinski. As crises são acompanhadas da descarga de substâncias como dopamina e glutamato. Na tentativa de controlar o incêndio, o organismo manda para a região células protetoras. “Essas células produzem inflamação, causando a perda de conexões entre neurônios. São os achados mais recentes, nem estão publicados ainda”, adianta. Após cinco episódios do transtorno perde-se 10% do hipocampo, área responsável pela memória, estima o psiquiatra Matos e Souza. A médio prazo, a doença fica mais grave e as crises, frequentes e fortes. O doente responde cada vez menos à medicação. “Ele passa a ter problemas de memória, planejamento e concentração, funções ligadas à parte frontal do cérebro”, diz Kapczinski. DIAGNÓSTICO Os primeiros surtos de transtorno bipolar surgem como crises de depressão em 60% dos casos, daí a dificuldade no diagnóstico. O transtorno aparece, em geral, até os 25 anos. Quando a doença se manifesta como mania, os sintomas são confundidos com os de esquizofrenia (megalomania, alucinações). “O diagnóstico leva até dez anos”, afirma Helena Calil, psiquiatra e professora da Unifesp. A dificuldade de determinar a doença é comum entre os transtornos mentais, lembra Jair Soares, psiquiatra brasileiro e pesquisador na Universidade do Texas em Houston (EUA). Não há um marcador biológico que possa ser medido em um teste. “Dependemos do diagnóstico clínico, da descrição dos sintomas pelo paciente”, completa Soares. A avaliação clínica não consegue diferenciar uma depressão bipolar de outras. “O tratamento com antidepressivo puro pode agravar a doença. É um risco. Às vezes, só assim para descobrir”, diz a psiquiatra Ângela Scippa. Os casos mais complexos envolvem crises de hipomania, uma mania leve que pode aparecer como ciúme ou irritabilidade. Sentimentos normais que, no bipolar, são exagerados e causam prejuízos à vida –essa é a fronteira entre normal e patológico. O alerta deve vir quando a família se queixa de instabilidade: a pessoa mostra alterações visíveis e fases de normalidade. Outros sinais são: histórico familiar (80% dos casos são hereditários), alterações no sono e uso de álcool e drogas (metade dos bipolares é dependente). HIPOMANIA LEVE Antes, o transtorno bipolar era conhecido como psicose maníaco-depressiva e incluía casos mais graves. Agora, se discute se pessoas com depressão e hipomania leve (irritadas, ciumentas demais) devem ser tratadas como bipolares –metade dos que sofrem de depressão se enquadra no perfil. Ou seja, 10% da população. “Já há evidências científicas para isso”, defende o psiquiatra Teng Chei Tung, do Hospital das Clínicas da USP. Para Soares, se a caracterização for expandida demais, corre o risco de abarcar gente que não se beneficiará com o tratamento. “Será que vamos tratar pacientes que, em vez de melhorar, vão piorar?”, diz. A psicoterapia aumenta a adesão ao tratamento com remédios e ajuda a pessoa a conhecer os gatilhos das crises. “É importante, mas complementar”, diz Leandro Malloy-Diniz, psicólogo e presidente da Sociedade Brasileira de Neuropsicologia. Fonte: Folha d S. Paulo
Levantamento da Secretaria da Saúde aponta crescimento da incidência a partir de 2010 Informação e diagnóstico precoce são os responsáveis por evitar mortes, em especial, provocadas por doenças consideradas graves, a exemplo da meningite. Dados do último boletim epidemiológico da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), divulgado no dia 20 de novembro, revelam um aumento de 6,6% no número de casos da doença em relação ao ano passado. Apenas neste ano, 80 pessoas, 54 em Fortaleza, já foram infectadas em 22 municípios, cinco casos a mais que os registrados em 2011. O levantamento da Sesa evidencia, ainda, o crescimento da incidência do problema a partir de 2010, período no qual foram realizados 31 diagnósticos positivos de meningite. Para Manoel Fonsêca, coordenador de Promoção e Proteção à Saúde da Sesa, a situação é de equilíbrio, podendo este ser comprovado com o número de óbitos: 17 no total. Em 2011, foram 20 mortes. “De quatro em quatro anos, notamos um certo aumento de casos da doença, depois a incidência retorna a normalidade, já que temos meningite o ano inteiro, sendo transmitida por vírus e bactéria”, analisa. Segundo o especialista, a variação acontece devido às ações de imunização, que, com o passar dos anos, foram ampliadas. “As crianças nascidas a partir de 2010 já começaram a ser vacinadas contra Meningite Meningocócica tipo C. Então, a tendência é que os contágios sejam reduzidos conforme as prevenções. Mas vai levar um tempo para notarmos essa diminuição do tipo C”, afirma. Tipologias graves da doença, como a meningocócica, podem levar a óbito em até 48 horas, caso o diagnóstico não seja realizado rápida e corretamente, pois a bactéria compromete órgãos importantes. “No Interior do Estado, é comum a transferência de pacientes para a Capital sem informações concretas sobre o problema, agravando o quadro. Assim, os profissionais precisam estar capacitados a fim de lidar com a doença”, comenta Fonsêca. Contágio O bloqueio de transmissão da meningite é outra iniciativa a ser feita nas situações de contágio. Indivíduos próximos àqueles infectados precisam estar imunizados em um curto intervalo de tempo. Dentre os sintomas da patologia, estão febre alta, forte dor de cabeça, vômitos e rigidez na nuca. Apesar de o alerta contra a contaminação ser realizado durante todo o ano, os períodos de chuvas merecem maior atenção, tendo em vista a baixa umidade e a consequente aglomeração de pessoas. “Nestes meses, há crescimento na incidência da meningite, assim como de dengue e doenças respiratórias. Por isso, estamos preparando um livro de orientação dedicado aos profissionais da saúde com informações importantes”, revela. Está disponível no calendário básico de imunizações a vacina antimeningocócica C, que deve ser administrada em crianças aos três, cinco e 15 meses. Fonte: Diário do Nordeste