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Posts cadastrados em novembro 2012

Fórmula pode prever riscos de recém-nascido se tornar obeso

Calculadora online leva em conta peso do bebê, IMC dos pais e outras informações da família

A fórmula, disponível em uma calculadora online, estima o risco de a criança se tornar obesa com base em seu peso de nascimento, no índice de massa corporal (IMC) de seus pais, no número de pessoas que viverão com ela durante a infância e em características da mãe, como se é fumante e qual seu status profissional.

Os pesquisadores disseram esperar que o método seja usado para identificar os bebês sob alto risco e ajudar as famílias a tomar medidas que evitem que as crianças ganhem peso de forma prejudicial.

A obesidade infantil é a mais frequente causa que leva à diabete tipo 2, assim como várias doenças cardiovasculares, e está se tornando um problema comum nos países desenvolvidos. Segundo a Associação Americana do Coração, quase 18% dos meninos e 16% das meninas entre 2 e 19 anos nos Estados Unidos são obesos. Na Grã-Bretanha, 17% dos meninos e 15 das meninas com idades entre 2 e 15 anos também, de acordo com o Serviço Nacional de Saúde.

“Uma vez que a criança se torna obesa, é difícil de perder peso, então a prevenção é a melhor estratégia e precisa começar o quanto antes”, disse Philippe Froguel, do Imperial College de Londres, que liderou o estudo. “Infelizmente, as campanhas públicas de prevenção têm sido bastante ineficazes entre as crianças de idade escolar. Ensinar os pais sobre os perigos da má nutrição e do sobrepeso seria muito mais efetivo”, completou.

A equipe de Froguel desenvolveu a fórmula usando dados de um estudo que avaliou 4 mil crianças na Finlândia em 1986. Inicialmente eles estavam pesquisando se era possível calcular o risco com base nos perfis genéticos, mas o teste que desenvolveram não mostrou-se eficar. Em vez disso, descobriram que as informações não genéticas disponíveis a partir do momento do nascimento eram suficientes para fazer as previsões.

A fórmula mostrou-se bastante exata não apenas entre as crianças finlandesas, mas também em testes realizados posteriormente na Itália e nos Estados Unidos. “O teste leva pouco tempo, não requer exames laboratoriais e não custa nada”, concluiu Froguel.

Apesar de concluir que fatores genéticos não são úteis na previsão de riscos de obesidade, os cientistas afirmam que um em dez casos são causados por mutações raras que afetam significativamente a regulação do apetite. Segundo os pesquisadores, os exames para esses tipos de mutações podem se tornar disponíveis nos próximos anos, uma vez que os custos da tecnologia para o sequenciamento do DNA estão caindo.

Fonte: Estadão

Cai registro de câncer do colo do útero

Cai registro de câncer do colo do úteroA ampliação do acesso ao exame citológico possibilita que a doença seja detectada precocemente No Dia Nacional de Combate ao Câncer, 27 de novembro, ontem, uma notícia animadora: alguns tipos da doença apresentam queda na incidência. No Ceará, destaca-se a diminuição de registros de câncer do colo do útero, que, em 2007, causou 6,2 óbitos a cada grupo de cem mil mulheres. Em 2010, data do último estudo divulgado pelo Ministério da Saúde, esse registro decresceu para 5,4 óbitos. “Com a prevenção, é possível detectar cedo e controlar a doença”, ressalta a diretora do Instituto de Prevenção do Câncer (IPC), a ginecologista Tânia Werton Veras, que enfatiza a importância do exame citológico (também conhecido como Papanicolau). “Com o diagnóstico, o importante é rapidamente iniciar o tratamento”, citou. Segundo ela, pelo Sistema Único de Saúde (SUS) estima-se que, atualmente, a cobertura desse exame chega a 77%. “Mas a outra parte é feita pela rede privada”, reiterou a médica. Contudo, explica não ser possível detectar o índice total da cobertura. Também é preciso comemorar o fato de que, atualmente, todos os municípios cearenses oferecem o exame. “O Ceará tem investido em treinamentos de médicos e enfermeiras para que as lesões sejam detectadas precocemente”, lembrou. A classe médica comemora, ainda, a tendência de decréscimo do câncer colo do útero graças à vacina para o HPV (papiloma vírus humano). Segundo o presidente do Comitê Estadual de Controle do Câncer, o mastologista e cancerologista Luiz Porto, também contribui para a redução dos registros o uso da camisinha. Ele chega a reconhecer a tendência dessa doença praticamente vir a desaparecer entre os mais jovens. O certo é que o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva lançou, ontem, informativo no qual mostra a redução na incidência e mortalidade por câncer do colo do útero nas principais capitais brasileiras. As informações foram coletadas em 22 Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP). O estudo reuniu, ainda, os números de 11 RCBP com pelo menos oito anos de série histórica para analisar as tendências da doença no Brasil, compreendendo o período de 1987 até 2009. Destaque para Curitiba, que apresentou a maior queda, tanto para o número de casos novos (-9,4%) quanto para os óbitos (-7,9%). O mastologista Luiz Porto, entretanto, admite que estão em ascensão no Ceará e no País os cânceres de mama, de próstata e o do intestino grosso, isso por conta do envelhecimento da população e dos hábitos alimentares. “As pessoas consomem menos fibras”, disse, informando que na “Terra da Luz”, continua causando preocupação o melanoma, ou seja, o câncer agressivo de pele. “Embora muitos não peguem sol durante a semana, no fim de semana abusam da exposição solar”, frisa. Fonte: Diário do Nordeste

Alimentos que ajudam a prevenir o câncer

Alimentos que ajudam a prevenir o câncerHá muito a ser descoberto sobre câncer, e há algumas coisas que a medicina já sabe. Uma delas é que há uma relação entre alimentação e a incidência da doença – mais particularmente, sabe-se que substâncias presentes em alguns alimentos atuam como fator de proteção contra os tumores. Em São Paulo, o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, o Incor e unidades da Secretaria de Estado da Saúde criaram o programa Meu Prato Saudável, para conscientizar a população do papel da alimentação na prevenção de vários tipos de tumores. O prato ideal – Metade do prato deve ser preenchido com verduras e legumes (crus e cozidos), de preferência de cores diferentes (a cor do alimento indica o tipo de nutriente que ele tem, logo, quanto mais variada for, maior será a diversidade de nutrientes que a pessoa vai ingerir). – 1/4 deve ser ocupado com um alimento rico em proteína (carne de boi, frango, peixe, ovos, com pouca gordura). Essa parte pode ser complementada com leguminosas (feijão, grão de bico, soja, lentilha) -1/4 deve ser ocupado com com alimentos ricos em carboidratos, de preferência em sua forma integral, rico em fibras (arroz, massas, batatas, mandioca, mandioquinha, farinhas) Eu sei que está longe do que a gente costuma rotineiramente fazer, que é encher o prato com carboidratos, carnes e deixar um espaço pequeno pra uma saladinha ou legume. Mas é sempre possível mudar. Tudo é questão de hábito. Outras recomendações – Aumentar o consumo de alimentos preventivos do câncer, como brócolis, pimentão, cebola, alho, chá verde, rabanete; – Aumentar o consumo de fibras para 25g a 35g por dia. O consumo de seis porções diárias de grãos integrais e pães e cereais ricos em fibras ajudará a atingir este objetivo; – Reduzir o consumo de gorduras, dando preferência a preparações naturais, assados, grelhados ou cozidos; – Limitar o consumo de carnes vermelhas para menos de três vezes por semana, e mesmo assim dar sempre preferência a carnes magras. As carnes brancas, como filé de peito de frango, filé de peito de chester ou filé de peixe são boas opções; – Evitar o consumo de alimentos em salmoura, curados, em conservas e defumados; – Evitar ou moderar o consumo de bebidas alcoólicas; – Acumular 30 minutos de atividades físicas por dia, cinco dias por semana.

Diagnóstico precoce e quimioterapia permitem cura de até 80%

Uma peculiaridade do câncer infantil é que não há forma de prevenção, uma vez que não é possível explicar a razão do surgimento dos tumores

Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) indicam que, todos os anos, cerca de 9 mil casos de câncer infantil são detectados no país. Os tipos mais comuns são a leucemia (doença maligna dos glóbulos brancos) e os linfomas (que se originam nos gânglios). A boa notícia é que o diagnóstico precoce e a quimioterapia, juntos, representam a principal arma contra a doença e permitem índices de cura que chegam a 80%.

No Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantojuvenil, lembrado nesta sexta-feira,23, a onco-hematologista e diretora técnica do Hospital da Criança de Brasília, Isis Magalhães, lembrou que a doença em crianças é diferente da diagnosticada em adultos. Nas crianças, as células malignas são geralmente mais agressivas e crescem de forma rápida. Os tumores dificilmente são localizados e o tratamento não pode ser feito com cirurgia.

Outra peculiaridade do câncer infantil é que não há forma de prevenção, uma vez que não é possível explicar a razão do surgimento dos tumores. Isis alertou que os sinais da doença podem ser facilmente confundidos com os de quadros bastante comuns em crianças, como infecções. Alguns exemplos são o aparecimento de manchas roxas na pele e anemia. Os sintomas, entretanto, devem se manifestar por um período superior a duas semanas para causar algum tipo de alerta.

“É preciso saber identificar quando aquilo está passando do limite e quando é normal. Afinal, qual criança não tem uma mancha roxa na canela de vez em quando? Dependendo da situação, a lista de sinais causa mais desespero nos pais do que ajuda”, explicou. A orientação, segundo ela, é levar as crianças periodicamente ao pediatra.

Isis também defende que os próprios oncologistas pediátricos orientem profissionais de saúde da rede básica sobre os sinais de alerta do câncer infantil. A ideia é que o pediatra geral e o agente de saúde, por exemplo, sejam capazes de ampliar seu próprio grau de suspeita, prescrever exames mais detalhados e, se necessário, encaminhar a criança ao especialista.

“A doença não dá tempo para esperar. É preciso seguir o protocolo à risca, porque essa é a chance da criança. O primeiro tratamento tem que ser o correto”, disse. Isis destacou também a importância de centros especializados de câncer infantil, já que a doença precisa ser combatida por equipes multidisplinares, compostas por oncologistas, pediatras, neurologistas, cardiologistas, infectologistas e mesmo psicólogos, odontólogos e fisioterapeutas, além do assistente social.

Fonte: Jornal O Povo

Hepatite C terá novas opções de tratamento

Um novo grupo de medicamentos contra hepatite C pode permitir tratamentos mais curtos e com menos efeitos colaterais, segundo resultados de testes apresentados no Congresso da Associação Americana para o Estudo das Doenças do Fígado, realizado em Boston (EUA) no início deste mês.

O combate à hepatite vem sendo reforçado por novas drogas, como os antivirais de ação direta boceprevir e telaprevir, que foram aprovados no Brasil em 2011 e devem começar a ser distribuídos na rede pública em 2013.

Os remédios têm como alvo partes do vírus envolvidas em sua multiplicação.

Apesar de apresentarem eficácia alta no combate à infecção (80% de chance de cura), esses dois medicamentos ainda precisam ser administrados junto com a dupla de drogas usada já há anos no combate à doença.

Assim, o boceprevir ou o telaprevir se somam à ribavirina, que controla a multiplicação do vírus causador da doença, e ao interferon, um modulador do sistema imune que evita a resistência ao tratamento.

EFEITOS COLATERAIS

De acordo com o hepatologista Raymundo Paraná, professor da UFBA (Universidade Federal da Bahia), a combinação desses medicamentos causa alterações do paladar, alergias e anemia.

“Cerca de 60% dos pacientes têm anemia. Na maior parte dos casos, é possível administrar isso, mas 5% precisam realizar transfusões.”

Uma das vantagens da “terceira geração” de drogas que está em testes agora é a possibilidade de uma terapia feita sem o interferon, fonte de efeitos colaterais debilitantes para os pacientes.

Isso é possível, segundo Paraná, porque os medicamentos novos são mais potentes que o boceprevir e o telaprevir e não permitem que o vírus se torne resistente.

O hepatologista Edison Parise, presidente-eleito da Sociedade Brasileira de Hepatologia, destaca, além da redução dos efeitos colaterais, o tempo menor do tratamento. O boceprevir ou telaprevir são usados por até um ano.

As pesquisas dos novos medicamentos, que devem levar até três anos para entrar no mercado, mostram que os tratamentos podem ser completados em três meses ou em um prazo até menor.

Além disso, diz Parise, o novo esquema vai ser uma opção para os doentes que não respondem mais ao interferon, o que inviabiliza os tratamentos atuais.

Quatro indústrias farmacêuticas têm medicamentos dessa classe em teste. Centros brasileiros foram qualificados para entrar nas pesquisas, mas ainda não conseguiram. Parise (que é professor associado da Unifesp) e Paraná atribuem isso à demora nos trâmites burocráticos.

Ainda estão em avaliação as melhores combinações dos novos antivirais. Parise compara os novos esquemas sem interferon ao coquetel anti-HIV. “Como no coquetel, vamos usar esses inibidores de protease e polimerase, que são remédios complementares, evitando a resistência. A vantagem do HCV em relação ao HIV é que, uma vez que você o erradica, ele não volta.”

Fonte: Folha de São Paulo

Hepatite C terá novas opções de tratamento

Um novo grupo de medicamentos contra hepatite C pode permitir tratamentos mais curtos e com menos efeitos colaterais, segundo resultados de testes apresentados no Congresso da Associação Americana para o Estudo das Doenças do Fígado, realizado em Boston (EUA) no início deste mês.

O combate à hepatite vem sendo reforçado por novas drogas, como os antivirais de ação direta boceprevir e telaprevir, que foram aprovados no Brasil em 2011 e devem começar a ser distribuídos na rede pública em 2013.

Os remédios têm como alvo partes do vírus envolvidas em sua multiplicação.

Apesar de apresentarem eficácia alta no combate à infecção (80% de chance de cura), esses dois medicamentos ainda precisam ser administrados junto com a dupla de drogas usada já há anos no combate à doença.

Assim, o boceprevir ou o telaprevir se somam à ribavirina, que controla a multiplicação do vírus causador da doença, e ao interferon, um modulador do sistema imune que evita a resistência ao tratamento.

EFEITOS COLATERAIS

De acordo com o hepatologista Raymundo Paraná, professor da UFBA (Universidade Federal da Bahia), a combinação desses medicamentos causa alterações do paladar, alergias e anemia.

“Cerca de 60% dos pacientes têm anemia. Na maior parte dos casos, é possível administrar isso, mas 5% precisam realizar transfusões.”

Uma das vantagens da “terceira geração” de drogas que está em testes agora é a possibilidade de uma terapia feita sem o interferon, fonte de efeitos colaterais debilitantes para os pacientes.

Isso é possível, segundo Paraná, porque os medicamentos novos são mais potentes que o boceprevir e o telaprevir e não permitem que o vírus se torne resistente.

O hepatologista Edison Parise, presidente-eleito da Sociedade Brasileira de Hepatologia, destaca, além da redução dos efeitos colaterais, o tempo menor do tratamento. O boceprevir ou telaprevir são usados por até um ano.

As pesquisas dos novos medicamentos, que devem levar até três anos para entrar no mercado, mostram que os tratamentos podem ser completados em três meses ou em um prazo até menor.

Além disso, diz Parise, o novo esquema vai ser uma opção para os doentes que não respondem mais ao interferon, o que inviabiliza os tratamentos atuais.

Quatro indústrias farmacêuticas têm medicamentos dessa classe em teste. Centros brasileiros foram qualificados para entrar nas pesquisas, mas ainda não conseguiram. Parise (que é professor associado da Unifesp) e Paraná atribuem isso à demora nos trâmites burocráticos.

Ainda estão em avaliação as melhores combinações dos novos antivirais. Parise compara os novos esquemas sem interferon ao coquetel anti-HIV. “Como no coquetel, vamos usar esses inibidores de protease e polimerase, que são remédios complementares, evitando a resistência. A vantagem do HCV em relação ao HIV é que, uma vez que você o erradica, ele não volta.”

Fonte: Folha de São Paulo

De 2000 para cá, leishmaniose visceral matou mais que a dengue em nove Estados

De 2000 para cá, leishmaniose visceral matou mais que a dengue em nove EstadosDesde que a epidemia de dengue se intensificou no país, há alguns anos, todo mundo ouve o Ministério da Saúde anunciar medidas de combate ao mosquito Aedes aegypti. Mas pouca gente sabe o que tem sido feito para combater o Lutzomyia longipalpis, espécie de mosquito-palha responsável por uma doença que, de 2000 a 2011, causou mais mortes que a dengue em nove Estados – a leishmaniose visceral. Também conhecida como calazar, a doença, que antes era limitada a áreas rurais e à Região Nordeste, hoje encontra-se em todo o território e, segundo especialistas ouvidos pelo UOL, está fora de controle. Levantamento feito com base em números do Ministério da Saúde mostra que, nos últimos 11 anos, a leishmaniose provocou 2.609 mortes em todo o país, enquanto a dengue foi responsável por aproximadamente 2.847 mortes (veja quadro abaixo). O médico Carlos Henrique Costa, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, professor da Universidade Federal do Piauí e autor de vários estudos sobre a leishmaniose visceral, conta que doença era considerada tipicamente rural até 1980. A partir de então, a enfermidade começou a invadir algumas cidades grandes, como Teresina (PI) e São Luís (MA). Em pouco tempo, passou a afetar áreas urbanas de outras regiões, como Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MS), Araçatuba e Bauru (SP), entre outras. Sudeste A expansão da doença no Sudeste, região mais populosa do país, preocupa ­ ­- os dados indicam que o total de casos quase dobrou de 2000 para 2011 (foram 314 e 592, respectivamente). E, o que é mais alarmante, o número de mortes foi quase seis vezes maior: saltou de 9 para 52. A situação mais preocupante é a de Minas, que de 2000 a 2011 registrou 445 mortes pela doença – o número de vítimas da dengue não chega a metade disso. O vetor já se instalou na periferia de Belo Horizonte, segundo especialistas. “Houve um ‘boom’ de condomínios com grandes jardins e essa terra provavelmente foi trazida de locais com presença do L. longipalpis”, afirma o pesquisador Reginaldo Brazil, do Instituto Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro. Estudos sugerem que a leishmaniose visceral canina precede casos da doença em humanos no Brasil. Se a hipótese for verdadeira, a periferia de São Paulo também corre risco de virar foco, já que há registros de animais contaminados em cidades vizinhas como Campinas e Embu das Artes. Cidades um pouco mais distantes, como Araçatuba, são consideradas endêmicas (casos ocorrem frequentemente na região) há bastante tempo. Recentemente, um foco importante da leishmaniose também foi encontrado em um canil no cemitério do Caju, na zona norte do Rio de Janeiro. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, todos os animais – ao todo 26 cachorros – foram sacrificados e o ambiente foi dedetizado. “O local vem sendo monitorado constantemente e nenhum outro caso foi notificado até o momento”, informou a pasta. Adaptação Uma vez que a espécie de mosquito-palha causadora da leishmaniose visceral acompanhou a migração populacional para o Sudeste, como um mosquito do campo foi capaz de se adaptar tão bem ao ambiente urbano? Existem várias hipóteses, nenhuma delas comprovada. “Alguns pesquisadores acreditam que se trata de uma população de vetores geneticamente distinta”, diz Costa. Mas também pode ser que o L. longipalpis seja simplesmente um inseto de fácil adaptação. “É um vetor robusto, que teve capacidade de se adaptar às mudanças do homem”, sugere Brazil. Inseticida Os famosos “fumacês” promovidos para combater a dengue não ajudam a combater o mosquito-palha? Infelizmente, não. O pesquisador do Instituto Oswaldo Cruz explica que o L. longipalpis é mais noturno – aparece depois que o fumacê já passou, e os inseticidas usados para controlar o Aedes não têm efeito residual. “O vetor percebe o cheiro e se esconde”, descreve. Ou seja: o fumacê pode até desalojar o vetor da leishmaniose temporariamente, mas não o elimina. A substância mais eficaz para o controle do L. longipalpis é o DDT, que também já ajudou muito o Brasil no combate à malária, mas o composto foi banido por causar riscos à saúde e ao meio ambiente. “Os piretroides, usados atualmente, também são tóxicos para humanos, mas bem menos que o DDT”, diz a biomédica Clara Lúcia Mestriner, professora associada de parasitologia da Universidade Federal de São Paulo. Os inseticidas disponíveis hoje, no entanto, parecem não ter tanta eficácia contra o vetor, de acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. Além disso, há outras limitações, como a possibilidade de o inseto se tornar resistente. Material orgânico Medindo de 2 a 3 milímetros, o L. longipalpis é um inseto que gosta de sombra e material orgânico em decomposição. A destinação incorreta do lixo, tão comum no país, é o chamariz perfeito para o vetor. Mas não é o único foco. Se é fácil achar o Aedes aegypti, que deposita suas larvas em locais onde há acúmulo de água, a missão é mais ingrata no caso do vetor da leishmaniose, cujas larvas podem estar escondidas na terra, ao lado de um arbusto ou de uma árvore frutífera. As preferências e a capacidade de adaptação do vetor fazem com que a doença não esteja restrita a áreas de pobreza e sem saneamento, apesar do estigma. Mas essa é a população que continuará a ser a mais prejudicada, já que a doença é mais grave em pessoas com saúde debilitada e baixa nutrição. Fonte: UOL

Campanha orienta e incentiva a realização de testes para HIV

Campanha orienta e incentiva a realização de testes para HIV

Em Fortaleza, é possível fazer o exame rápido durante todo o ano no CTA Carlos Ribeiro, no bairro Jacarecanga Muito mais do que realizar testes, a mobilização nacional contra HIV, sífilis e hepatites B e C, que será realizada pelo Ministério da Saúde, em parceria com estados, municípios e sociedade civil, e que terá início na próxima quinta-feira (22), servirá para conscientizar e informar. Daí o nome da campanha ser “Fique Por Dentro”. No Ceará, serão realizados 15 mil testes, em 14 municípios que possuem maior número de casos de Aids. Mas todas as cidades vão promover ações de conscientização, como orientação para o tratamento, prevenção da doença e distribuição de preservativos. Em Fortaleza, 18 unidades básicas de saúde, o Hospital Geral de Fortaleza (HGF), o Centro de Saúde Meireles e o Laboratório Central de Saúde Pública do Ceará (Lacem) realizarão o teste. Na Capital, serão feitos 2.500 exames. O diagnóstico precoce é de fundamental importância para o controle da Aids. Isso porque a doença hoje tem tratamento. É possível controlar por meio de medicamentos antirretrovirais. E é objetivo do Ministério da a promoção do diagnóstico precoce através da disponibilização, durante dez dias, de teste rápidos de HIV, sífilis e hepatites, em unidades da rede pública e nos Centros de Testagem e Aconselhamento – CTA, em todo o País. A estratégia faz parte das ações que marcam o Dia Mundial de Luta contra a Aids, lembrado em 1º de dezembro, e que foi apresentada, na última terça-feira (20), pelo ministro da Saúde Alexandre Padilha. O teste rápido resolve a demora no diagnóstico, segundo a assessora técnica do Programa Estadual DST/Aids, da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), Léa Barroso. Isso porque, por meio do Elisa (teste mais comum), o tempo de espera do resultado é bem maior. O mais grave problema de entrega é quando diz respeito às mulheres grávidas. “Muita gestante chega ao pré-natal sem o resultado do exame de HIV”. Com o diagnóstico precoce, a mãe passa a tomar o AZT na 14ª semana de gestação, evitando, assim, a transmissão vertical. “A chance de não contrair passa a ser de 100%”, diz a assessora. A chance de transmissão cai de 40% para menos de 1%. Casos Em 12 anos, o Ceará registrou 1.805 casos de Aids entre grávidas. Em 2012, foram 99 gestantes infectadas e, em 2011, 195. Apesar da redução, do ano passado até agora, os números crescem. Isso indica a ocorrência de diagnóstico. Os dados são do novo Boletim Epidemiológico Aids/DST, do Ministério da Saúde. A proposta da Rede Cegonha, programa do Governo Federal, é realizar testagem em toda a unidade básica. Em Fortaleza, já é possível fazer o teste rápido durante todo o ano no Centro de Testagem Carlos Ribeiro, no bairro Jacarecanga, que funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h e das 14h às 16h30. Infectados O que mudou no que concerne à incidência de Aids é que hoje a maioria dos infectados são heterossexuais. De acordo com a coordenadora de DST’s e Aids da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Renata Mota, a doença não é mais uma epidemia de estabilização, mas o número de casos tem aumentado. “É uma doença crônica e precisa ser tratada com tal”, comenta. No Ceará, entre 2000 e 2012, foram notificados 11.117 casos de Aids. Somente no ano passado, foram 1.072. De 1980 a 2011, foram 3.930 óbitos, sendo 267, em 2011, e 227, em 2010. Já em Fortaleza, a taxa de incidência de casos de Aids notificados por 100 mil habitantes foi de 25,1, no ano passado, e de 24,0, no ano de 2010. A coordenadora aponta que o que dificulta o diagnóstico precoce é o preconceito. “Daí entra a mobilização com papel educativo. É preciso saber como as pessoas estão exercendo a sexualidade”. Renata acrescenta que o problema da Aids são os tabus que carregamos com relação ao sexo, já que a doença está ligada à prática sexual. “Ao invés de encararmos como uma coisa ruim, precisamos enfrentar o teste de HIV como direito. Não se pode ter medo de fazer porque é necessário”, finaliza. FIQUE POR DENTRO A população deve fazer os exames rápidos Desde a sua implantação em 2005, foi registrado aumento de 340% no número de testes ofertados (de 528 mil, em 2005, para 2,3 milhões, em 2011). De janeiro a setembro deste ano, já foram distribuídas 2,1 milhões de unidades do exame. A expectativa é fechar 2012 com a remessa de cerca de 2,9 milhões, apenas para detecção do HIV. Para a Mobilização Nacional, o Ministério da Saúde enviou às capitais, 386.890 testes rápidos para HIV, 182.500 para sífilis, 93 mil para hepatite B e 93 mil para a C. No total, foram 755.390 unidades de insumos, conforme a solicitação de cada estado. Os testes rápidos para diagnóstico de HIV/Aids, hepatites virais e sífilis estão disponíveis, gratuitamente, em toda a Rede Pública. A realização do teste é recomendada para toda a população, especialmente para alguns grupos populacionais em situação de maior vulnerabilidade para a infecção pelo HIV, como homens que fazem sexo com homens (HSH) (54%), mulheres profissionais do sexo (65,1%) e usuários de drogas ilícitas (44,3%). Isso porque a epidemia no Brasil é concentrada, e o País focaliza, prioritariamente, as ações de prevenção do Governo Federal nessas populações. Fonte: Diário do Nordeste

Unimed Ceará quer arrecadar meia tonelada de alimentos para o Lar Santa Mônica

Ações de responsabilidade social serão desenvolvidas junto a colaboradores e clientes

A Unimed Ceará (Federação das Unimeds do Estado do Ceará), eleita pelo Great Place to Work a nona melhor empresa para trabalhar no estado, está investindo em ações de responsabilidade social neste final de ano. A empresa quer arrecadar meia tonelada de alimentos para o Lar Santa Mônica, que atende 22 meninas de 7 a 18 anos de idade vítimas de abuso e exploração sexual.

Para isso, em sua Festa de Confraternização de Natal, próximo dia 08, a Unimed Ceará pede aos colaboradores e seus convidados uma entrada simbólica: a doação de leite em pó, achocolatado ou óleo de cozinha, os três itens que a instituição mais necessita no momento. Outra ação para arrecadar donativos será o tradicional Passeio Ciclístico de Natal, a ser realizado no dia 19 de dezembro. Os ciclistas deverão doar leite em pó no ato da inscrição e contarão, como de costume, com todo o suporte da Unimed Ceará durante a atividade.

A Unimed Ceará também convoca a população a ajudar a instituição com a doação de leite em pó, achocolatado e óleo de cozinha, caso haja o interesse. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (85) 3453-7878, no setor de RH. 

Sobre o Lar Santa Mônica (larsantamonica.blogspot.com.br)

O Lar Santa Mônica pretende reduzir o risco social e familiar em que estão inseridas meninas e adolescentes de 7 a 18 anos, vitimas de abuso/exploração sexual ou em grave risco de padecê-lo, bem como protegê-las de outras situações de vulnerabilidade emergentes do contexto social, familiar e ambiental em que vivem. Hoje o Lar atende 22 meninas, advindas de encaminhamento do Conselho Tutelar de Fortaleza. O Lar Santa Mônica faz parte da Associação CEU, no Condomínio Espiritual Uirapuru (Av. Alberto Craveiro 2222, Castelão)

Governo quer lei de responsabilidade na saúde para 2013

Governo quer lei de responsabilidade na saúde para 2013O governo vai concentrar esforços para aprovar até 2013 a lei de responsabilidade sanitária, uma variação da lei de responsabilidade fiscal para a área da saúde. O texto permite, por exemplo, punir administradores quando for constatada a ausência de atendimento básico ou quando verba carimbada para a saúde for destinada para outro fim. Entre as penas em análise estão a multa, perda do cargo público e a suspensão de direitos políticos. Considerada uma ferramenta essencial para melhorar a gestão, a proposta se viu às voltas até agora diante de uma forte resistência. A principal crítica era o rigor das penas: administradores que não cumprissem metas estabelecidas poderiam ser presos. O ponto de polêmica foi retirado, a proposta abrandada e, com isso, governo confia que a discussão agora ande mais rápido. Dois projetos sobre o tema tramitam no Congresso. O mais antigo, de 2007, foi apresentado pelo deputado Dr. Rosinha (PT-PR) e está sob a relatoria de Rogério Carvalho (PT-SE). O senador Humberto Costa (PT-PE) trouxe outra proposta ano passado. Interessado na aprovação, o Ministério da Saúde passou a trabalhar por um acordo. “Traçamos uma estratégia comum: apoiar o projeto que estiver no estágio mais avançado da tramitação, justamente para dar mais rapidez ao processo”, contou. Carvalho confirma: “A ideia é dar agilidade a toda discussão”. Na Câmara, o projeto está na Comissão de Finanças e Tributação. O texto do Senado aguarda avaliação na Comissão de Constituição e Justiça. Tanto Carvalho quanto Costa avaliam que o documento ainda passará por modificações. “O principal será mantido: ter à disposição um mecanismo que garanta a execução das metas estabelecidas pelos administradores”, resumiu Carvalho. Fonte: O Estado de S. Paulo

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