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Câncer de mama: O medo do diagnóstico

Para 50% das brasileiras, o temor de ser diagnosticada com câncer de mama é o principal motivo para evitar a mamografia. Esta é uma das conclusões de estudo inédito realizado no País, que mostra ainda como as mulheres lidam com a doença
   
Metade das mulheres brasileiras não faz mamografia por medo de descobrir que estão com alguma doença, principalmente câncer. Outras 21% evitam o exame por vergonha. No Nordeste, este número sobe para 31%. Estas são algumas das conclusões do estudo Percepções sobre o Câncer de Mama, realizado pelo Instituto Avon/DataPopular e divulgado esta semana em Recife (PE).
 
O curioso é que o receio em realizar a mamografia persiste mesmo com 85% delas acreditando que câncer de mama têm cura e 93% afirmando que a detecção precoce significa mais chance de ter um tratamento bem-sucedido (veja gráficos nesta página).

A explicação para este comportamento aparentemente contraditório está em outros dados da pesquisa. Segundo o levantamento, duas em cada dez mulheres consideram o diagnóstico de câncer de mama uma sentença de morte. E 27% das entrevistadas declararam achar que “não suportariam o ‘baque’ de receber um diagnóstico desta doença”. Para 60% delas, o câncer é a pior doença que alguém pode ter.

Além disso, três em cada dez brasileiras acham que não estão sujeitas a ter câncer de mama (neste grupo, 56,2% acreditam que a doença tem caráter hereditário). Entre as nordestinas este índice chega a quatro em cada dez mulheres.
 
Percepção de causa
Aliás, a hereditariedade é apontada por 85% das entrevistadas que nunca tiveram câncer de mama como a principal causa da doença. Em segundo lugar neste ranking, aparecem os fatores emocionais (estresse, tristeza, mágoas, rancor), com 45%.
 
“Quando fizemos a sondagem sobre a percepção de causas de câncer de mama entre as mulheres que estão se tratando da doença temos uma mudança considerável”, pondera o sócio-diretor do Data Popular, Renato Meirelles.

Esta mudança é ascensão para os primeiros lugares dos fatores emocionais como principais causas: Tristeza, depressão e mágoas (54%); Estresse (48%) e Rancor, ressentimento e angústia (43%).

“Isso mostra que as mulheres se sentem culpada de ter câncer de mama e nos serve de alerta”, analisa Meirelles. “Ou se trata com leveza e naturalidade este tema ou corremos o risco de não ter diagnósticos precoces com medo de se culpar. Quanto mais pesado este tema permanecer, mais afastamos da sociedade brasileira a discussão necessária sobre o assunto”.
 
ENTENDA A NOTÍCIA

A pesquisa Percepções sobre o Câncer de Mama aponta que 56% das mulheres que se curaram da doença se consideram vencedoras e 17% delas acham que “estão mais fortes para lidar com novas situações”

Fonte: Jornal O Povo

Manual disciplina assistência às pessoas com Síndrome de Down

manualA meta do impresso é orientar médicos, fonoaudiólogos e especialistas na assistência qualificada a esse público O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, lançou ontem um manual com as diretrizes de atenção às pessoas com síndrome de Down destinadas aos profissionais de atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo é orientar médicos, fonoaudiólogos, assistentes sociais e especialistas na assistência qualificada a esse público. O exemplar está sendo distribuído em órgãos públicos e também pode ser obtido no site do Ministério da Saúde. “É como se fosse um protocolo para que os profissionais de saúde saibam como diagnosticar, lidar, acompanhar pessoas que tem síndrome de Down”, disse o ministro, durante evento no Centro de Referência das Pessoas com Deficiência de Irajá, Zona Norte do Rio. O documento foi concluído ao longo de cinco meses com a colaboração de entidades sociais e especialistas. Padilha também apresentou uma cartilha criada por um grupo de jovens com deficiência intelectual, em que constam orientações de atenção à saúde e a inclusão social às pessoas com síndrome de Down. “Aprendi muitas coisas com a cartilha. Agora sei o que é cromossomo, as características das pessoas com síndrome de Down”, afirmou Breno Viola, integrante do Conselho Editorial Acessível do Movimento Down. Apesar do Brasil possuir hoje 300 mil pessoas com síndrome de Down, famílias ainda enfrentam problemas na rede de serviços públicos. “A gente tem uma carência na rede de serviços que precisa ser resolvida porque os gastos são muito altos para terapias, serviços e exames”, lamentou Maria Antônia Goulart, mulher do senador Lindbergh Farias (PT), que tem uma filha de dois anos com a síndrome de Down. Apesar de não usar o serviço público, ela colabora com trabalhos vinculados ao Ministério da Saúde. (das agências de notícias) O quê ENTENDA A NOTÍCIA Por iniciativa do Governo , um documento foi elaborado, ao longo de cinco meses, para orientar profissionais da saúde sobre portadores da síndrome de Down. Fonte: Jornal O Povo

SUS terá seis remédios para doença pulmonar crônica

SUS

Em até seis meses, a rede pública de saúde vai passar a oferecer seis medicamentos para tratar os sintomas da chamada DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica).

A DPOC, que atinge cerca de 8 milhões de brasileiros e é uma das principais causas de morte no país, destrói estruturas do pulmão pelo contato constante com fumaça (do cigarro e da queima de lenha, por exemplo), explica Fernando Lundgren, presidente da comissão de DPOC da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia.

Os principais afetados pela doença são fumantes e ex-fumantes. Os doentes têm constante falta de ar.

Os seis medicamentos -os corticoides inaláveis budesonida e beclometasona e os broncodilatadores fenoterol, sabutamol, formoterol e salmeterol- já existem no SUS para tratar outras doenças. Agora, serão oferecidos para pacientes com a DPOC.

Eles também terão acesso a uma terapia domiciliar com oxigênio e à vacinação contra o vírus da gripe, que pode agravar a doença.

A oferta dos medicamentos e da vacina é positiva, diz Lundgren. Mas ele aponta que esses remédios não evitam as manifestações futuras da doença.

Fonte: Folha de S. Paulo

Novo mosquito ´bloqueia´ dengue

mosquitoA colônia de Aedes aegypti com Wolbachia é criada em laboratório. Depois, os insetos são liberados na natureza
Cientistas da Universidade de Monash, na Austrália, criaram em laboratório um tipo de Aedes aegypti que não transmite a dengue. Isso foi possível porque os pesquisadores introduziram no mosquito uma bactéria que bloqueia a multiplicação do vírus da dengue dentro do inseto, impedindo a transmissão da doença.
Ontem, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) anunciou, no 18.º Congresso Internacional de Medicina Tropical, que já iniciou a pesquisa do novo mosquito no Brasil. Os testes devem ir a campo em 2014.
Os cientistas introduziram nos ovos de Aedes aegypti a bactéria Wolbachia, presente em 70% dos insetos do mundo. Essa bactéria atua como uma espécie de vacina para o mosquito. A colônia de Aedes aegypti com Wolbachia é criada em laboratório e, depois, os insetos são liberados na natureza. Livres, eles se reproduzem com mosquitos locais e a bactéria é transmitida de mãe para filho pelos ovos.
Além de bloquear a transmissão do vírus da dengue, a bactéria também tem efeito sobre a capacidade de reprodução. As fêmeas com Wolbachia sempre geram filhotes com a bactéria. No entanto, óvulos fertilizados das fêmeas sem Wolbachia, que se acasalam com machos que tenham a bactéria, morrem.
Por conta disso, mesmo que uma pequena população de insetos com a bactéria seja introduzida na natureza, rapidamente esse tipo de mosquito se tornaria uma maioria.
“A dengue é uma das quatro doenças mais transmissíveis no mundo. Esse é um estudo extremamente promissor, pela forte base biológica, a partir de um processo que ocorre naturalmente”, afirmou o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa. Para ele, essa tecnologia pode vir a se tornar uma arma muito importante no controle da dengue, ou até na eliminação da doença.
A Wolbachia é uma bactéria já presente na drosófila (conhecida como mosca-da-fruta) e em pernilongos. Quando começou a ser estudada, os pesquisadores esperavam que ela reduzisse o tempo de vida do Aedes aegypti. Além desse efeito, eles descobriram que ela bloqueava a reprodução do vírus da dengue.
Luciano Moreira, pesquisador do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e pesquisador líder no Brasil integrou a equipe de cientistas que descobriu, em 2008, na Austrália, a capacidade da Wolbachia de bloquear a multiplicação do vírus da dengue.
Intransmissível
Moreira explica que não há risco de transmissão da bactéria para o ser humano. A Wolbachia é intracelular (só sobrevive dentro da célula), e ela é maior do que o canal salivar do mosquito. Ou seja, não sai pela saliva, que é por onde o mosquito acaba contaminando o homem.
O mosquito com a Wolbachia já foi testado na Austrália, que não é região endêmica para dengue. Agora, os cientistas querem testar o comportamento do inseto em áreas endêmicas. No Brasil, o projeto está na primeira fase: já houve o cruzamento dos mosquitos com Wobachia, trazidos da Austrália, com Aedes aegypti de populações brasileiras. Na próxima etapa, serão instalados gaiolões, para simular a vida na natureza. Os pesquisadores ainda estão escolhendo a região do Rio de Janeiro que receberá a primeira população de mosquitos com a bactéria.
Financiamento
O projeto, batizado de “Eliminar a Dengue: Desafio Brasil” conta com financiamento da Fiocruz, do e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (CNPq).
Fonte: Diário do Nordeste

Começa hoje Campanha de doação

orgaoO evento é nacional e, no Ceará, terá ampla programação, tanto na Capital, quanto no Interior do Estado
A partir de hoje até o próximo sábado, as doações de órgãos humanos estarão em foco. No período, comemora-se a XIV Campanha Nacional de Doações, que em Fortaleza e em alguns municípios do Interior do Estado será marcada por ampla programação, tendo como finalidade estimular e conscientizar a população sobre a importância desse ato para propiciar qualidade de vida ou até mesmo evitar óbitos de quem se encontra na fila de espera por transplante de órgão.
A abertura da II Semana de Doação de Órgãos e Tecidos, desenvolvida pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), acontece às 19 horas de hoje, em Sobral, com a realização de um fórum, no auditório da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC).
No decorrer da semana, diversas atividades ocorrerão, ainda, na Capital, incluindo campanha no Instituto Dr. José Frota (IJF) e em hospitais que dispõem de Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante
A coordenadora da Central de Transplantes do Ceará, Eliana Barbosa, explica que, em Fortaleza, as mobilizações se iniciaram já no começo deste mês, com a Campanha Doe de Coração, desenvolvida pela Fundação Edson Queiroz e envolvendo maciça divulgação nos meios de comunicação de atividades relativas ao tema, distribuição de camisas e material educativo. O Dia Nacional do Doador é 27 de setembro, lembrou, observando que apesar do avanço no registro de doações, os festejos são importantes para ajudar a conscientizar um maior número de pessoas e tirar dúvidas.
O certo é que o Ceará tem muito a comemorar, destaca a coordenadora da Central: “No primeiro semestre deste ano, tivemos uma média de 20,8 doadores por milhão da população, o que superou as expectativas”, contabiliza. Esse índice colocou o Ceará em segundo lugar no País em registro de doações, perdendo apenas para Santa Catarina, onde foi registrada uma média de 25 doadores por milhão da população.
O Ceará, acrescentou, está em primeiro lugar em transplante de fígado no País e em segundo lugar em transplante de coração. “Mas é preciso melhorar a taxa de notificação de potenciais doadores”, citou, ressaltando que a Campanha Doe de Coração mostra-se fundamental para o alcance desse objetivo.
“A Doe de Coração impulsiona novas doações e tem um largo alcance na sociedade”, frisou a coordenadora. Lembrou que, no ano de 2003, quando foi lançada, o número de transplantes cresceu no Ceará, tanto que a variação foi de 41,8% em relação ao ano anterior, 2002.
Amanhã, será aberta no IJF a II Campanha de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante. O evento vai até o dia 27 de setembro, com palestra, vídeos institucionais, exposição de artesanato pelo grupo Rim Arte, além de apresentações musicais com Waldonys, grupo Estrela do Norte e coral. Conforme a direção, a Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes do IJF vem obtendo bons resultados na sensibilização das famílias. Em comparação com o primeiro semestre de 2011, houve um crescimento de 18% na quantidade de doação de órgãos.
Apesar do avanço no registro de doações, os festejos são importantes para ajudar conscientizar mais pessoas e tirar dúvidas.
Fonte: Diário do Nordeste

75% dos portadores de Alzheimer não sabem que têm a doença, aponta relatório

A perda de memória após os 65 anos sempre foi considerada normal, no entanto é preciso levar esse sintoma a sério por ele ser considerado um dos primeiros sinais da doença de Alzheimer. Segundo relatório da ADI (Alzheimer’s Disease International), feito por especialistas do King’s College de Londres e do Karolinska Institutet da Suécia, 75% dos portadores de Alzheimer não sabem que têm a doença e o diagnóstico demora, em média, 3 anos.

A doença degenerativa é a mais comum entre as que atingem o sistema nervoso e só no Brasil, segundo a Abraz (Associação Brasileira de Alzheimer), há mais de 1,5 milhão de pacientes com a doença. “Ocorre uma perda progressiva de neurônios, diminuição de sinapses, receptores e o processo culmina com a morte dos neurônios”, explica o neurologista Rodrigo Rizek Schultz, do Núcleo de Envelhecimento Cerebral da Universidade Federal de São Paulo (Nudec-Unifesp).

A causa da doença ainda não foi idetenficada, mas estudos já comprovaram um acúmulo de algumas proteínas anormais no cérebro que seriam responsáveis pela morte celular. “Esse é o foco atual dos estudos e das novas drogas que tentam atuar nesse mecanismo que leva a deficiência dos neutrotransmissores”, afirma Schultz.

Segundo o neurologista da Unifesp, a doença não é considerada hereditária, visto que apenas 4% dos casos de Alzheimer foram passados de pai para filho. “O que ocorre é uma combinação de fatores genéticos e ambientais. A interação dos genes somados ao sedentarismo e a falta de atividades congitivas, como ler, comentar a respeito de um filme e até escrever, podem fazer com que a pessoa desenvolva a doença”, determina.

Outros fatores de risco já conhecidos são problemas cardiovasculares, hipertensão, colesterol alto e tabagismo. “Na realidade a doença começa aos 45/50 anos, mas os sintomas só se evidenciam depois dos 65/70. Portanto, procurar hábitos mais saúdaveis é uma maneira de prevenir a doença. Só fumar aumenta duas vezes o risco de ter Alzheimer”, alerta Schultz.

Tratamento e cuidados

Existem dois tipos de tratamento para a doença, que ainda não tem cura, o medicamentoso e o não-medicamentoso. O primeiro trata da doneças e de outros transtornos que podem surgir como depressão, por exemplo.

Já o não-medicamentoso, segundo Schultz, consiste em um acompanhamento com uma equipe multidisplinar que não se limita apenas ao neurologista, mas também um fisioterapeuta, psicológico, fonodeologoc e terapueta ocupacional. “Com o desenvolver da doença a pessoa tem várias complicações, dificuldade de falar,o psicologico fica abalado e aumenta até o número de quedas, portanto dependendo da fase é importante esse acompanhamento”, define.

Logo ao ser detectada a doença é recomendado que o paciente não saia mais sozinho de casa. “Com o passar da doença a dependência aumenta pode ocorrer individamento, dificuldades de higiene, portanto é necessário um cuidador para ajudar a pessoa nesse proceso”, afirma.

O mais indicado é tratar o paciente em casa, sempre com supervisão em tempo integral, mas uma instituição também pode ser o melhor local em algumas situações. “Para cuidar de uma pessoa com a doença é preciso ser treinado para isso, saber dar banho, como conversar, passear, em alguns casos é melhor estar numa institiuição, pois a pessoa é alimentada da forma adequada, convive com pessoas da mesma idade e tem assistência 24 horas por dia”, opina Schultz que acha que as pessoas não devem ficar sentidas ou sentir que estão abandonando os parentes.

Fonte: UOL Saúde

Aos 30 anos, ‘método canguru’ ganha adeptos no mundo

Prática criada em Bogotá é utilizada em mais de 30 países e é parte da política de saúde pública no Brasil.

Todos os anos, cerca de 20 milhões de crianças nascem no mundo com peso mais baixo do que o normal, seja devido a partos prematuros ou problemas durante a gestação.

Entre essas, ao menos 500 mil morrem anualmente, principalmente nos países mais pobres; e, para muitos outros bebês, ter nascido de forma prematura implicará em um alto risco de sofrer complicações e problemas crônicos ao longo da vida, tanto físicos quanto mentais.

Em muitos países, o cuidado tradicional aos bebês prematuros envolve atendê-los em uma unidade de cuidados intensivos, onde ficam isolados e protegidos em incubadoras ou berços especiais.

Mas cada vez mais cresce a defesa de uma outra forma de acolher as crianças: o jeito “canguru”.

No início da década de 1980, o médico Edgar Rey Sanabria, professor de neonatologia e pediatria do Instituto Materno Infantil de Bogotá (Colômbia), estava alarmado com a taxa de mortalidade de bebês prematuros em seu hospital.

Por isso, decidiu introduzir um novo método para enfrentar a falta de incubadoras e de atenção especializada para esses bebês: ele sugeriu que as mães tivessem um contato contínuo pele-a-pele com seus bebês prematuros ou de baixo peso, para mantê-los quentes e para facilitar a amamentação.

Se um recém-nascido precisasse de oxigênio, seria administrado com uma pequena máscara enquanto estivesse dormindo sobre o peito de sua mãe, e não isolado em uma área de cuidados intensivos.

“Rey Sanabria idealizou o método que viria a se chamar ‘Método Mãe Canguru (MMC)'”, diz Natalie Charpak, diretora da Fundação Canguru, na Colômbia. Ela coordena um estudo sobre o impacto físico e mental a longo prazo do MMC, cujos resultados devem ser publicados em outubro.

“Um dos riscos do bebê prematuro é que ele ainda não conseguiu desenvolver um sistema de regulação térmica. O pediatra mostrou que, com esse contato permanente de pele-a-pele, é possível obter um controle de temperatura tão bom quanto o da incubadora”, acrescenta.

Expansão internacional

O método não só conseguiu reduzir a mortalidade, mas melhorou o desenvolvimento dos bebês. Com o tempo, foi se expandindo a outros hospitais colombianos e tornou-se conhecido também em outros países, mas não foi inicialmente bem recebido pela comunidade pediátrica internacional.

“O doutor Rey publicou suas observações empíricas. Mas faltava avaliar os resultados a longo prazo, o que havia acontecido com os bebês que não precisavam regressar para consultas no hospital, como estava seu estado de saúde, etc. E isso gerou uma rejeição da comunidade médica tanto na Colômbia quando no resto do mundo”, diz Charpak.

Contato contínuo

Foi apenas nos últimos anos que finalmente se conseguiu validar com sucesso os benefícios desta estratégia para recém-nascidos prematuros, e estudos têm mostrado que o método reduz ainda as complicações de saúde, tanto físicas quanto mentais, associadas ao baixo peso ao nascer.

“Em 1986 criamos a Fundação Canguru, para avaliar os resultados a longo prazo do método. E nos últimos 15 anos recebemos 60 equipes de 30 países. Na América Latina o método se expandiu rapidamente nas maternidades de clínicas e hospitais”, diz a pediatra.

Ela destaca o caso do Brasil, onde o método foi implementado em 1997 e, dez anos depois, oficializou-se como política pública com a publicação de uma portaria do Ministério da Saúde.

Estudos realizados em outros países também fortaleceram a ideia de que o método não é apenas indicado como alternativa para nações mais pobres, mas sim uma estratégia que apresenta benefícios em comparação com os cuidados tradicionais.

Charpk diz que hoje o método chega a reduzir em até dez dias o período de internação hospitalar dos prematuros, o que tem “grande valor em todos os lugares, e não só em países em desenvolvimento”. Além disso, o MMC reduz a taxa de infecções, favorece a produção de leite da mãe e faz com que o bebê aumente de peso mais rapidamente.

Fonte: BBC Brasil

Infarto e AVC são as principais causas de óbito no Ceará

Segundo especialistas, os chamados males do coração são preventivos e dependem do estilo de vida das pessoas

Doenças do aparelho circulatório, sobretudo Acidente Vascular Cerebral (AVC) e infarto, são as principais causas de óbito entre os cearenses. Em 2011, morreram 13.596 pessoas no Estado, sendo 4.559 vítimas dos males cerebrovasculares, 3.734 de doenças isquêmicas do coração, 2.517 das hipertensivas e 2.786 das demais causas do aparelho circulatório.

Os dados são do levantamento de 2011 realizado pela Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa), baseado em números do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM/Datasus).

O AVC mata mais que o câncer de mama nas mulheres e mais que o câncer de próstata nos homens. Mais de 20 mil pessoas se encontravam com sequelas devido à doença somente no Ceará, no ano passado.

De acordo com o coordenador de Promoção e Proteção à Saúde da Sesa, Manoel Fonsêca, quando existe um aumento na expectativa de vida da população, que hoje é de 75 anos, é inevitável que as pessoas morram mais por motivo de doenças crônicas. É o que está acontecendo com o Estado do Ceará e com o País. Isso porque o número de idosos é maior.

Os chamados males do coração são preventivos e dependem do comportamento das pessoas, como explica Fonsêca. Ou seja, é possível evitar combatendo os fatores de risco, como o sedentarismo, a obesidade, a hipertensão e a diabetes. As principais medidas de prevenção, então, são manter a pressão arterial sob controle, evitar o consumo excessivo de sal, bebidas alcoólicas e praticar exercícios físicos.

Perfil

E a tendência é que o perfil de óbitos do Ceará continue a ser predominantemente de doenças do aparelho circulatório porque os habitantes estão envelhecendo, e a idade é um fator que contribui para a ocorrência dos infartos e AVC´s, por exemplo.

Para a atenção aos pacientes com males do coração, o Hospital Geral de Fortaleza (HGF), hoje, conta com o Centro de Referência Cardio Circulatório, que tem a função de estabilizar a vítima e evitar sequelas. Depois é que eles são transferidos para uma unidade de retaguarda, como o Hospital Geral Waldemar de Alcântara (HGWA). O coordenador revela que a tendência é transferir esse tipo de atendimento para mais duas unidades, uma no Hospital do Cariri e outra no Hospital de Sobral.

Além disso, ações de saúde são realizadas nos municípios para redução do consumo de álcool e cigarro. “Temos a proposta de criar seis academias de saúde em Fortaleza (equipamentos de ginástica em lugares públicos), em parceria com o Corpo de Bombeiros”, informa o coordenador da Secretaria de Saúde do Estado, Manoel Fonsêca.

Fora isso, a cobertura do Programa Saúde da Família (PSF) é fundamental para que haja o efetivo acompanhamento dos pacientes diabéticos e hipertensos por profissionais, a fim de evitar que os descuidos resultem em um AVC ou infarto, como lembra o coordenador da Sesa.

O atendimento pré-hospitalar é imprescindível nesses casos. O problema é que, muitas vezes, a atenção de emergência não é adequada. Existe a demora no atendimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), o que interfere na quantidade de óbitos.

No entanto, o médico intensivista e diretor clínico do Samu de Fortaleza, Mozart Rolim, argumenta que o atendimento é prioritário para pacientes com AVC e infarto. O procedimento que deve ser seguido é ligar o mais rápido possível para o Samu e passar todas as informações sobre o paciente.

O médico diz que o atendimento precisa ser de até quatro horas e meia. O serviço, então, encaminha a vítima para o HGF, onde é feita a estabilização (trombólise ou neurocirurgia). Depois, é levado a outra unidade. O diretor clínico do Samu informa que o serviço de Fortaleza vai receber mais cinco ambulâncias para melhorar a rapidez no atendimento às vítimas.

Doença

Os sintomas do AVC são fraqueza ou dormência em um dos lados dos corpo, tontura, perda repentina da visão ou forte dor de cabeça. Mozart Rolim lembra que a vítima pode ter desvio de rima labial (da boca para o lado), déficits motores e diminuição da força muscular. Uma medida usada para detectar se uma pessoa está sofrendo um AVC, é pedir a ela para sorrir, levantar os braços e falar uma frase.

O infarto agudo do miocárdio é uma doença grave e fatal. Mais de 50% dos pacientes morrem antes de chegar ao hospital. O atendimento tem de ser quase imediato. O AVC tipo isquêmico precisa de três a quatro horas para que se estabeleça um tratamento adequado com o intuito de abrir o vaso que está fechado.

FIQUE POR DENTRO

Enfermidades no aparelho circulatório

Acidente Vascular Cerebral (AVC) e infarto são as principais doenças do aparelho circulatório. O AVC, ou Acidente Vascular Encefálico ( AVE), vulgarmente chamado de derrame cerebral, é caracterizado pela perda rápida de função neurológica, decorrente do entupimento (isquemia) ou rompimento (hemorragia) de vasos sanguíneos cerebrais. É uma doença de início súbito na qual o paciente pode apresentar paralisação ou dificuldade de movimentação dos membros de um mesmo lado do corpo, dificuldade na fala ou articulação das palavras e déficit súbito de uma parte do campo visual. Pode ainda evoluir com coma e outros sinais.

Já o infarto agudo do miocárdio (IAM) ou enfarte agudo do miocárdio (EAM), popularmente e erroneamente conhecido como ataque cardíaco, é um processo de necrose (morte do tecido) de parte do músculo cardíaco por falta de aporte adequado de nutrientes e oxigênio. É causado pela redução do fluxo sanguíneo coronariano de magnitude e duração suficiente para não ser compensado pelas reservas orgânicas.

Fonte: Diário do Nordeste

Hemoce tem pior fase em três anos

A instituição vai estar na Praça do Ferreira, hoje e amanhã, das 8h às 16 h, com posto de coleta para receber doações

O Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce) atravessa, neste mês de setembro, a pior situação de estoque de bolsas de sangue em três anos. Ontem (17), o Centro só contava com 500 reservatórios, que serve ao mesmo número de pacientes, mas a necessidade é de 844 para atender os 168 hospitais públicos e ainda 126 hospitais privados com leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o Ceará.

O problema é que as doações caíram muito desde o feriadão de 7 de setembro. Além da redução registrada durante os primeiros 16 dias deste mês em relação ao mesmo período do ano passado. Foram 640 doações a menos, entre 2011 e 2012. A queda foi de 30%.

O tipo de sangue de maior necessidade é o A+, que só conta com 20 bolsas. Os de RH- também são os que mais estão em baixa porque o número de doadores com esse tipo de fator é bem menor. De acordo com a diretora do Hemoce, Luciana Barros Carlo, a quantidade de pessoas que doaram não acompanha o aumento da demanda e da expansão da rede de assistência à saúde do Ceará.

Para se ter uma ideia, em maio de 2012, o Hemoce recebeu o pedido de 10.902 transfusões e só recebeu 8.513 doadores. Quando as doações caem e a demanda se mantém, existe a dificuldade de abastecimento, segundo a diretora.

“Não é que agora eu não tenha nada para liberar para transfusão, mas a situação é preocupante em virtude dos próximos feriadões que estão por vir”, explica. Além disso, a expansão da rede, com novos hospitais, como o Regional do Cariri, em Juazeiro do Norte, a exigência de mais disponibilidade de sangue aumenta. Outro problema é que, nos meses de setembro e outubro, existe a dificuldade de mobilização das pessoas.

Solidariedade

Sobre as campanhas, Luciana revela que são realizadas com frequência. Hoje e amanhã, o Hemoce vai estar na Praça do Ferreira com posto de coleta, das 8 às 16h. “Como a doação é voluntária, só podemos contar com a solidariedade das pessoas. Se não conseguirmos reverter esse quadro, a população será prejudicada”, alerta.

O contador Paulo Ricardo Maia Rebouças é doador há 14 anos e de três em três meses repete o ato. Ele aconselha todo mundo a doar. “Uma única vez que vamos a um posto do Hemoce estamos ajudando, no mínimo, cinco pessoas”. A diretora diz que ainda existe muita desinformação. Paulo conta que tinha receio, mas viu que se trata de uma prática que salva vidas.

Mais informações:

Hemocentro: Av. José Bastos, 3390,Rodolfo Teófilo. Tel. (85) 3101.2296
IJF: Rua Barão do Rio Branco, 1816, Centro. Tel.: (85) 3101.5293

Fonte: Diário do Nordeste

Greve dos bancos começa nesta terça (18)

A única atividade garantida com a greve dos bancários é a compensação de cheques

Está marcada para amanhã a greve dos trabalhadores em bancos, deflagrada em assembleia do Sindicato dos Bancários do Ceará no último dia 12. Para ter acesso aos serviços de internet e mobile banking (via celular) é necessário fazer cadastro até hoje no seu banco. A única atividade garantida com a paralisação é a compensação de cheques. Ficam comprometidas aberturas de contas, cadastros (como Bolsa Família), financiamentos, problemas com senhas e aplicações financeiras. Contudo, é possível utilizar canais alternativos para ter acesso a vários serviços.

Opção

Nos correspondentes bancários (lotéricas, agências dos Correios, farmácias, redes de supermercado) é possível realizar desbloqueio de cartão, depósitos, pagamentos, saques e consulta de saldo. Nos caixas eletrônicos também estão disponíveis estes serviços, exceto o desbloqueio.

Prejuízo

Quem se sentir prejudicado com o período de greve pode reunir documentos que comprovem que houve perda financeira – como em situações de problema com senha ou mesmo a demora de análise de financiamentos. É recomendado fazer Boletim de Ocorrência (BO), encaminhar e-mail para a ouvidoria do banco e emitir Notificação Extrajudicial em cartório, nos casos mais graves.

Reivindicações

Em todo o Estado, são cerca de 10 mil bancários. O reflexo do movimento depende da adesão. Dentre as reivindicações estão reajuste de 10,25% (reajuste real de 5%), Participação nos Lucros e Resultados de três salários mais R$ 4.961,25 fixos, aumento das contratações, fim das terceirizações, auxílio-refeição e cesta alimentação cada um igual ao salário mínimo e projeto-piloto para segurança bancária. No País, são cerca de 500 mil bancários representados pelo Comando Nacional.

O reajuste real oferecido pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) é de 0,7%. Por meio da sua assessoria, a Fenaban afirmou que a proposta dos bancos está na mesa de negociações para ser debatida.

Fonte: Diário do Nordeste

Unimed Centro Sul do Ceará
Rua Dr. João Pessoa, 630 - 1º andar - Iguatu
Telefone: (88) 3582-7700