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Paciente poderá registrar quais procedimentos quer no fim da vida

pacienteResolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) trata dos limites terapêuticos para doentes em fase terminal
O paciente vai poder registrar no próprio prontuário quais procedimentos médicos quer ser submetido no fim da vida, como prevê resolução divulgada nesta quinta-feira, 30, pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e que trata dos limites terapêuticos para doentes em fase terminal.
As regras estabelecem critérios para o uso de tratamentos considerados invasivos ou dolorosos em casos onde não há possibilidade de recuperação. A chamada diretiva antecipada de vontade consiste no registro do desejo do paciente em um documento, que dá suporte legal e ético para o cumprimento da orientação.
O testamento vital, de acordo com o CFM, é facultativo e poderá ser feito em qualquer momento da vida – inclusive por pessoas em perfeita condição de saúde – e poderá ser modificado ou revogado a qualquer instante.
São aptas a expressar esse desejo pessoas com idade igual ou maior a 18 anos ou que estejam emancipadas judicialmente. O interessado deve estar em pleno gozo das faculdades mentais, lúcido e responsável por seus atos perante a Justiça.
O registro poderá ser feito pelo médico assistente na ficha médica ou no prontuário do paciente, sem a necessidade de testemunhas. O documento, por fazer parte do atendimento médico, não precisa ser pago pelo paciente. Se considerar necessário, o paciente poderá nomear um representante legal para garantir o cumprimento de seu desejo.
Caso o paciente manifeste interesse, poderá registrar o termo também em cartório. Conforme o CFM, a vontade do paciente não poderá ser contestada nem mesmo por parentes – o único que pode alterá-la é o próprio paciente.
Segundo as diretrizes, o paciente poderá definir, com a ajuda de um médico, se deseja passar por procedimentos como, por exemplo, o uso de respirador artificial (ventilação mecânica), tratamentos com remédios, cirurgias dolorosas e extenuantes ou mesmo a reanimação em casos de parada cardiorrespiratória.
O presidente do CFM, Roberto Luiz D’Ávila, considerou a resolução histórica, já que trata de um dilema provocado pelo próprio avanço da tecnologia. “Ela [resolução] tem permitido que tudo possa ser feito tecnicamente”, disse.
“Na medicina, trabalhamos com variáveis, as coisas se modificam. O que estamos tentando resgatar é que as pessoas morram no tempo certo, mas de maneira digna”, completou.
D’Ávila ressaltou que a diretiva antecipada de vontade não é válida para alguns casos, como um acidente de carro quando a pessoa tem chance de recuperação e, portanto, deve ser submetida a procedimentos de ressuscitação. “Com o documento, eu [paciente] só estou sinalizando que, quando estiver em uma fase terminal crônica, não quero nenhum esforço fútil ou extraordinário.”
O CFM informou que o Código de Ética Médica, em vigor desde abril de 2010, veda ao médico abreviar a vida, ainda que a pedido do paciente ou de um representante legal – prática conhecida como eutanásia. Entretanto, é previsto que, nos casos de doença incurável e de situações clínicas irreversíveis e terminais, o médico pode oferecer cuidados paliativos disponíveis e apropriados (ortotanásia).
“A medicina paliativa é uma opção hoje muito interessante e regulamentada pelo conselho. A pessoa não será abandonada, o que é um medo muito grande dos pacientes”, concluiu o presidente do CFM.
A Resolução 1.995 deve ser publicada amanhã (31) no Diário Oficial da União.
Confira abaixo os principais pontos da resolução:
As diretivas antecipadas de vontade devem ser registradas de qual forma?
O médico registrará, no prontuário, as diretivas antecipadas de vontade que foram diretamente comunicadas pelo paciente.
As diretivas precisam ser registradas em cartório?
Não é necessário, mas pode ser feito caso o paciente deseje.
É possível cancelar o testamento vital?
Sim, desde que o paciente esteja lúcido para fazer isso. Assim sendo, ele deve procurar o médico para manifestar essa mudança, bem como alterar o documento em cartório, caso tenha sido registrado.
É necessário ter testemunhas?
Não. Porém, pode ser feito como forma de segurança.
Quem pode fazer?
Maiores de 18 anos ou emancipados, desde que estejam lúcidos.
Posso eleger um representante que não seja da família?
Sim. Um procurador pode ser qualquer pessoa de confiança.
Meus parentes tem prioridade acima do meu representante legal?
Não. As diretivas antecipadas do paciente prevalecerão sobre qualquer outro parecer não médico, inclusive sobre os desejos dos parentes.
Posso solicitar a interrupção de qualquer procedimento?
O médico deixará de levar em consideração as diretivas antecipadas de vontade do paciente ou representante que, em sua análise, estiverem em desacordo com os preceitos ditados pelo Código de Ética Médica.
Fonte: O Estadão http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,paciente-podera-registrar-quais-procedimentos-quer-no-fim-da-vida,923700,0.htm

49% dos jovens ingerem bebidas alcoolicas

Pesquisa aponta que, em Fortaleza, as mulheres consomem mais álcool do que os homens
 
A morte por coma alcoólico de Natália Regiele Tabosa, de 21 anos, alerta para uma situação grave na Capital cearense: 49,4% dos jovens possuem o hábito de tomar bebida alcoólica desde os 14 anos. O dado faz parte da pesquisa “Retratos de Fortaleza Jovem”, realizada pela Prefeitura em parceria com o Instituto da Juventude Contemporânea (IJC).
 
A pesquisa ouviu 1.734 sujeitos e foi distribuída pelos bairros em função da proporção de jovens do sexo masculino e feminino, nas faixas de idade de 15 a 19 anos, de 20 a 24 anos e de 25 a 29 anos. O trabalho foi realizado há quatro anos, mas, de acordo com o poder público municipal, ainda traduz a realidade.
 
Outro dado que chama atenção é o percentual de mulheres frequentadoras de bares e restaurantes da Capital e que gostam de tomar bebidas alcoólicas. Do total de entrevistadas, 65,8% tomaram seu primeiro gole entre os 15 e 24 anos, contra 55,3% dos homens da mesma faixa etária. Dos 20 aos 24 anos, elas também são maioria, com 49,5% contra 33,6% deles. Na casa dos 25 aos 29 anos, a proporção também é grande: 59,4 (mulheres) e 33,6% (homens).
 
É ilegal vender bebidas alcoólicas para menores de 18 anos. O titular da Coordenadoria da Infância e Juventude, desembargador Francisco Suenon Bastos Mota, afirma que a fiscalização em bares, restaurantes e casas de shows é feita semanalmente.
 
Ao todo, são 150 agentes voluntários, organizados em grupos de trabalho, que fazem a busca especialmente durante os fins de semana.
 
A coordenadora de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Rane Félix, informa que a Prefeitura, a partir dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps), fez outra pesquisa sobre o assunto.
 
De acordo com o estudo, 88,6 dos 12,5 mil pacientes atendidos no Caps AD (Álcool e outras Drogas) são usuários de álcool. Desse universo, 21% estão entre 20 e 29 anos de idade. Do total, 60,7% bebem e fumam e 34,8% ingerem bebidas alcoólicas associadas com o crack.
 
Segundo o sociólogo Paulo Campos Júnior, os dados são preocupantes, porque a ingestão de álcool nesta faixa etária pode causar sérios danos. “A adolescência é a fase final da maturação do organismo. O uso de substâncias psicoativas podem levar à morte de neurônios pela toxicidade”, analisa.
 
Euforia
 
A estudante Maria Santos (nome fictício), de 21 anos, diz que bebe para ficar mais “desinibida para as paqueras”.
 
Sobre a questão, a psicóloga Tereza Sampaio avalia que quem começa a beber ainda jovem acredita que, quanto mais consumir bebidas, mais alegre e relaxado vai ficar. “No entanto, não é isso que acontece. O álcool é uma substância que não obedece à lógica simples de quanto mais melhor”, ressalta.
 
Os efeitos das bebidas alcoólicas acontecem em duas fases. Na primeira delas, o álcool age como um estimulante e deixa a pessoa eufórica, mas, à medida que as doses vão aumentando, passa-se à segunda fase, na qual começam a surgir os efeitos depressores do álcool, levando à diminuição da coordenação motora, dos reflexos e à sonolência.
 
FIQUE POR DENTRO
Coma alcoólico teria matado Natália Regiele
 
Natália Regiele, 21 anos, foi encontrada morta em um apartamento na Avenida Abolição no dia 29 de julho desse ano. O laudo cadavérico apontou como causa de morte uma parada respiratória em razão de intoxicação química por ingestão de álcool. O documento descartou sinais de violência e indicou, ainda, a ausência de substâncias entorpecentes.
 
Rena Gomes Moura, responsável pelo caso, considera a possibilidade de três crimes: negligência por falta de socorro, homicídio culposo e estupro de vulnerável.
 
Hábito de fumar também preocupa
 
Não só o uso do álcool chama a atenção dos especialistas em saúde pública. Segundo a pesquisa “Retratos de Fortaleza Jovem”, 14,5% dos 1.734 entrevistados têm o hábito de fumar tabaco. Desse total, 25% começaram a partir dos 13 anos de idade. Outros 28,6% usam cigarro comum desde os 14 e 15 anos, e 21,6% iniciaram aos 16 e 17 anos.
 
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a promoção e o marketing de produtos derivados do tabaco junto ao público jovem são essenciais para que a indústria do fumo consiga manter e expandir suas vendas.
 
Ainda de acordo com o órgão, o tabaco é a segunda droga mais consumida entre os jovens, no mundo e no Brasil, e isso se deve às facilidades e estímulos para obtenção do produto, entre eles o baixo custo. A isto, somam-se a promoção e publicidade.
 
Iniciativa
 
No Ceará, ontem, Dia Mundial de Combate ao Fumo, a Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), promoveu ação para alertar consumidores de shoppings para os males do cigarro. O objetivo é informar que o cigarro contém mais de 4.700 substâncias. Muitas delas utilizadas em produtos e situações que os fumantes jamais imaginariam. É o caso da naftalina, que mata baratas, e é uma das substâncias contidas no cigarro.
 
Para chamar a atenção dos consumidores, os educadores em saúde da Sesa farão exposição de frascos gigantes contendo as substâncias usadas na produção dos cigarros que trazem prejuízos à saúde e à qualidade de vida da população. Os educadores em saúde realizarão ainda exames para medir a quantidade de monóxido de carbono – gás presente nos escapamentos dos carros – nos pulmões. Afeta quem traga e quem respira a fumaça, substituindo o oxigênio na corrente sanguínea.
 
Com a ideia de promover saúde e de prevenir o tabagismo, despertando interesse para hábitos saudáveis, os educadores farão, também, apresentação de frutas com os poderes de cada uma no bem-estar, seguida de distribuição.
 
Fonte: Diário do Nordeste

Brasil gasta R$ 20 bilhões para tratar doenças do tabaco

cigarroPaís dispensou 0,5% de seu PIB para tratar doenças relacionadas ao tabaco, segundo levantamento da Aliança do Controle do Tabagismo, a ACT
O Brasil gastou 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2011 para tratar doenças relacionadas ao tabaco, conforme levantamento feito pela organização não governamental Aliança do Controle do Tabagismo (ACT). Os gastos somaram quase R$ 21 bilhões no ano passado. O Dia Nacional de Combate ao Fumo é lembrado hoje (29) em todo o país.
De acordo com os dados da ACT, 82% dos casos de câncer de pulmão no país são causados pelo fumo. Outros problemas de saúde também são provocados pelo cigarro: 83% dos casos de câncer de laringe estão relacionados ao tabagismo, 13% dos casos de câncer do colo do útero e 17% dos casos de leucemia mieloide.
No Distrito Federal (DF), por exemplo, a arrecadação, em média, é R$ 6,2 milhões mensais com a venda de cigarros (o valor corresponde a 25% do preço por carteira vendida). Por outro lado, o governo local gasta R$ 18 milhões por mês com o tratamento de doenças vinculadas ao fumo, segundo o pneumologista e coordenador do Programa de Controle do Tabagismo da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, Celso Rodrigues.
Para o médico, os números mostram o impacto do vício na saúde. De acordo com Rodrigues, o tabagismo cria dependência química, física e psicológica, o que influencia no tratamento. “É muito importante que a pessoa entenda a relação dela com o cigarro. Ela tem que entender por que fuma, por que deseja parar de fumar e onde está a dificuldade, por que não parou até agora”, explica.
A secretaria oferece terapia em grupo, durante um ano e três meses, em 62 unidades de saúde e em 47 empresas habilitadas a atender funcionários interessados em parar de fumar. Ações de prevenção e promoção de saúde também são promovidas em escolas.
Em média, 500 fumantes iniciam o tratamento nas unidades de saúde a cada mês. Cerca de 400 pacientes conseguem deixar o fumo, sendo que 200 têm recaídas durante a terapia – quando os pacientes são orientados a buscar a secretaria novamente caso voltem a fumar.
O cigarro vicia porque o principal componente – a nicotina – faz com que o cérebro libere dopamina, hormônio que dá uma sensação agradável. O organismo do fumante passa a pedir doses maiores de nicotina para que a sensação se repita e a pessoa sente necessidade de fumar cada vez mais.
Os males causados pelo fumo não são apenas relacionados ao sistema respiratório. Segundo Mônica Andreis, vice-diretora da ACT, as pessoas ligam o cigarro somente ao câncer de pulmão. “Ele também causa câncer de bexiga, boca, língua, faringe, problemas de fertilidade e derrame cerebral.”
Fonte: Agência Brasil

Anvisa pede que laboratórios informem situação de estoque de medicamentos

anvisa A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) enviou notificação a 14 laboratórios farmacêuticos para que informem a condição de estoque de alguns medicamentos em um prazo de 24 horas. De acordo com o órgão, essas empresas são responsáveis por produtos cuja distribuição estaria sendo afetada pela greve dos funcionários da Anvisa. A agência também solicita aos laboratórios que informem o motivo para a possível falta de produto e avisem sobre “qualquer problema que ocorra relacionado a liberação de medicamentos” para que possam ser tomadas medidas emergenciais para garantir o abastecimento. Entre os medicamentos que a Anvisa solicita informações estão alguns utilizados para o tratamento do câncer e do diabetes, como a insulina. Também estão na lista outros produtos como fios de sutura, kits de diagnóstico e soluções parenterais que são aplicadas diretamente na coerente sanguínea, como soro ou glicose. Fonte: Agência Brasil

Contaminação por hepatite ameaça trabalho de manicures e tatuadores

hepatitiPor trabalharem com instrumentos cortantes e perfurantes, sob constante risco de contato com sangue de clientes, manicures e tatuadores são alguns dos profissionais mais vulneráveis a contrair hepatite. De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 33 mil novas pessoas são infectadas anualmente no Brasil por hepatites virais.
De olho na proteção dessas pessoas, o Ministério da Saúde abriu o concurso cultural Arte, Prevenção e Hepatites Virais para Tatuadores e Manicures. As inscrições podem ser feitas até o dia 20 de setembro. Os prêmios vão de televisões a quantias de R$ 2 mil e R$ 5 mil. O edital está disponível na internet.
Cada vez mais, esses profissionais se tornam conscientes de que devem reforçar a proteção contra a doença, especialmente com o uso de luvas e óculos de proteção, além de realizarem a vacinação. Mesmo conhecendo os riscos, entretanto, nem todos seguem integralmente as recomendações.
“No momento que estou fazendo as unhas do cliente, tomo sempre cuidado, mas não uso luvas, embora sei que tenho que usar. Não consigo ficar com elas por muito tempo, acho desconfortável. Após fazer as unhas [das clientes], lavo as mãos e passo álcool gel”, disse a manicure Gleiziane Abrantes, 28 anos.
Atualmente, existem três principais tipos identificados de hepatite, uma doença do fígado: A, B e C. Entre 1999 e 2011, foram registrados 120 mil casos da hepatite B e 82 mil da C. A hepatite A tem tido queda de incidência, com 3,6 mil casos em 2011.
A dona de um salão de beleza em Brasília, Marina Praia, entrou em contato com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para saber como proceder para garantir a segurança de clientes e empregados do empreendimento. Ela recebeu como orientação o uso de autoclave, um equipamento que esteriliza materiais metálicos, como aço e inox, a altas temperaturas.
“Tomo todos os cuidados necessários para evitar as doenças muito divulgadas, desde micose até hepatites e outras doenças mais graves”, explicou Marina.
Cada tipo de hepatite tem diferentes tipos de contágio, sintomas e tratamento. No caso da hepatite A, o tipo mais brando da inflamação no fígado, a doença é transmitida via oral, por meio de água ou alimentos contaminados. É um vírus autolimitado, que as próprias defesas do corpo do portador conseguem combater. O principal sintoma é diarreia.
De acordo com a médica infectologista do Hospital Universitário de Brasília (HUB), Celeste Silveira, muitas pessoas contraem a hepatite A e não sabem que estão contaminadas. Celeste explicou que o principal tratamento é repousar, para estimular as defesas do organismo.
As hepatites B e C são transmitidas sexualmente ou pela via sanguínea. O contágio é feito por meio de sexo sem preservativo e do uso de materiais não esterilizados e de uso compartilhado – como agulhas, alicates e instrumentos cirúrgicos e odontológicos. Os principais sintomas são febre, icterícia (aspecto amarelado na pele e nos olhos) e mal-estar. A faixa etária mais atingida por esses tipos é entre 20 e 39 anos.
A principal diferença entre os tipos B e C de hepatite é o risco de a doença se tornar crônica. Os sintomas são semelhantes, assim como o tratamento, feito com imunomoduladores – como o interferon – e outros antivirais administrados concomitantemente.
O objetivo do medicamento é estimular as defesas do paciente para que o sistema imunológico combata o vírus. Segundo a médica, cerca de 70% dos casos de hepatite C não são curados e voltam a incidir. O que diferencia as hepatites B e C são testes laboratoriais.
A reincidência da hepatite pode comprometer as funções do órgão e causar câncer ou cirrose – cicatrizes que se formam no fígado, causando um endurecimento do tecido, prejudicando seu funcionamento.
Não há vacinas contra a hepatite A, tipo mais benigno da doença e mais incidente em crianças. Para o tipo C, também não há vacina. Contra a do tipo B, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece vacina, administrada em três doses.
“Eu tomo muito cuidado na hora de fazer a tatuagem para não pegar doenças e também tomo as vacinas recomendadas pelo governo. O profissional que não fizer isso pode contaminar a pessoa e se contaminar. Eu fiz um curso de prevenção contra doenças e caso aconteça algum acidente, sei quais procedimentos tomar até chegar ao hospital”, disse o tatuador Bruno Pessoa, 38 anos.
Para evitar a contaminação da hepatite C, a médica Celeste Silveira orienta para o uso de preservativos, a realização de exames pré-natais (para evitar o contágio de mãe para filho) e o não compartilhamento de materiais perfurantes descartáveis, como agulhas e seringas.
Para o tratamento por meio de acupuntura, a opção é manter kit individual de agulhas. No caso de materiais cirúrgicos e odontológicos, deve ser feita esterilização. Em salões de beleza, deve-se dar preferência ao uso individual de alicates e outros instrumentos. Em estúdios de tatuagem, deve-se observar se são usadas agulhas descartáveis.
“Eu fiz um treinamento que orienta [tatuadores] a trabalhar. Vi os riscos que corremos, todo cuidado é pouco. O curso serve para reduzir ou mesmo eliminar, os riscos de contaminação especificamente na área de tatuagem. Hoje está melhor para trabalharmos, há no mercado os materiais descartáveis. O preço ainda é alto, mas é mais seguro”, informou o tatuador Cláudio Ferreira, 38 anos.
Fonte: Agência Brasil

Sistema Unimed lança campanha das Paralimpíadas Londres 2012

O velocista Lucas Prado, o arremessador de peso Jonathan Santos e o nadador Caio Amorim, entre outros, ilustram a campanha da Unimed com foco nos Jogos Paralímpicos, que ocorrem de 29 de agosto a 09 de setembro, em Londres, na Inglaterra.
 
Recordistas mundiais e donos de medalhas de ouro, os campeões reforçarão o compromisso da Unimed com o paradesporto, que começou em 2003 e cresce ano após ano, com investimentos nos atletas e nas estruturas oferecidas a eles. São 16 atletas patrocinados pela Unimed e 10 deles representarão o Brasil em Londres. Os atletas trazem a imagem de uma delegação paraolímpica forte e capaz de repetir o bom desempenho de Pequim, quando o Brasil ficou em 9º lugar no ranking e trouxe 16 medalhas de ouro.
 
Criada em conjunto pelas áreas de Marketing, Comunicação e Responsabilidade Social da Unimed do Brasil, Central Nacional Unimed e Seguros Unimed, a campanha tem peças para anúncio de jornal e revista.
 
Fonte: Unimed do Brasil

Campanha de atualização da caderneta de vacinação infantil acaba amanhã em todo o país

vacinacao em diaA campanha de atualização da caderneta de vacinação infantil termina amanhã (24) em todo o país. De acordo com o último balanço do Ministério da Saúde, mais de 3 milhões de crianças menores de 5 anos já compareceram aos postos de saúde.
Desse contingente, 845.455 mil foram vacinadas contra doenças como a poliomielite, o sarampo, a rubéola, caxumba, coqueluche e meningite. O número representa 28% do total de crianças que visitaram os postos de vacinação, sendo que nem todas precisaram tomar alguma vacina porque já estavam com acaderneta em dia.
O objetivo da ação, segundo o governo, é reduzir as taxas de abandono do esquema vacinal e, consequentemente, diminuir o risco de transmissão de doenças que podem ser prevenidas.
Estão disponíveis todas as vacinas do calendário básico infantil, incluindo a pentavalente e a Vacina Inativada Oral contra a Poliomielite (VOP), lançadas este ano. A primeira reúne em uma única aplicação a tetravalente (que protege contra a difteria, o tétano, a coqueluche e meningite) e a dose contra a hepatite B. Já a VOP é indicada para crianças que nunca foram imunizadas contra a pólio.
Durante a campanha, menores de 5 anos que vivem nas regiões Norte e Nordeste, no Vale do Jequitinhonha e no Vale do Mucuri, ambos em Minas Gerais, também vão receber suplemento de vitamina A. A ação faz parte do Programa Brasil Carinhoso, lançado em maio deste ano, que tem como meta a superação da extrema pobreza na primeira infância.
Fonte: Agência Brasil

Andar é tão bom para o corpo quanto correr, com menos riscos

caminhadaNos anos 70, Kenneth Cooper revolucionou o mundo esportivo dizendo que o meio-termo entre a caminhada e a corrida era o segredo da saúde. Na virada do século, todo mundo apertou o passo e passou a correr, literalmente, atrás da qualidade de vida. Agora, médicos pedem calma e indicam a caminhada como fonte da juventude. Só que, atenção: caminhar é caminhar, não é passear. O hábito de andar regularmente –e rapidamente– a seis quilômetros por hora está ligado à melhora na circulação sanguínea e nos níveis de colesterol, à prevenção de doenças cardíacas, diabetes e alergias e até à redução da incidência de alguns tipos de câncer, mostram pesquisas. Mas muita gente pensa que andar é exercício para velhos, convalescentes. Não é. Assim como a corrida não é para todos e está longe de ser “democrática”, como entusiastas gostam de repetir. “Há preconceito em relação aos caminhantes, porque vivemos em um mundo no qual o desempenho é colocado acima até da saúde. Quem vive em um ritmo alucinado de treinos, sem acompanhamento, está sujeito a lesões inerentes à corrida, além de ficar estressado por carregar o peso de sempre estar no pico de sua performance. É desgastante”, afirma José Rubens D’Elia, educador físico e fisiologista do exercício. Andar é bom, correr também. Depende do objetivo e do praticante. Para quem quer sair do sedentarismo sem muitos sacrifícios, prevenir doenças e aproveitar o percurso, caminhar é ótimo. Para colher benefícios, no entanto, o caminhante deve estar atento à intensidade do esforço. É preciso andar rápido, não vale bancar a tartaruga –tendência da maioria. Pesquisa feita com caminhantes em três parques de São Paulo pelo Centro Universitário Ítalo-Brasileiro mostrou que a maior parte não empregava a força necessária para usufruir dos efeitos da caminhada. O coordenador da pesquisa, Vitor Tessutti, lembra que a atividade será ineficaz se for feita a passos vagos. “Dessa forma será gerado um estímulo débil no organismo, que não causará adaptação muscular e cardiovascular e não melhorará o condicionamento”, diz ele, formado em esportes e mestre em ciência da reabilitação pela USP. Quem pretende alcançar condicionamento físico em um período mais curto vai preferir a corrida. Em relação à caminhada, porém, os riscos de lesão são maiores. Pesquisa com 574 atletas, publicada no “British Journal of Sports Medicine” em 2007, mostrou que 92% dos corredores estavam machucados. Segundo Tessutti, o risco pode ser reduzido com acompanhamento e treino certo. LESÃO E ALEGRIA Correr, evidentemente, é mais eficaz e rápido para quem quer perder peso. “Perdi os 30 quilos que ganhei na gravidez correndo. No começo, fazia esteira. Depois, fui para a rua e não parei mais”, conta a produtora de moda Paula Narvaez, 29. Ela sabe bem os males da atividade: “Correr dá barato, vicia, machuca, cedo ou tarde. Só que também traz alegria, deixa o corpo bonito, manda embora o estresse, une pessoas de todos os tipos e classes e isso atropela os contras da corrida, como bolhas nos pés, unhas que caem, mamilos machucados”. Mulheres que correm podem machucar não apenas os seios. De acordo com Paulo Zogaib, médico do esporte e fisiologista da Unifesp, há casos de incontinência urinária causados pelo impacto da corrida. “A uretra da mulher é muito menor que a do homem. Se há uma pressão aumentada na bexiga, esse órgão não consegue conter a urina”, diz. O PRÓXIMO PASSO Em compensação, na corrida o praticante tem mais benefícios aeróbicos em menos tempo. Há quem diga até que a corrida é o passo seguinte à caminhada. “O melhor condicionamento físico e o trabalho mais forte dos membros superiores são as maiores vantagens da corrida”, opina Marcos Paulo Reis, especialista em tirar sedentários do sofá e colocá-los para correr. No entanto, o impacto de correr pode prejudicar as articulações. Para quem está acima do peso, as chances de lesão no aparelho locomotor são de 80%, conforme Reis. “Eu era corredora, fazia provas de dez quilômetros. Hoje, caminho. Acho mais eficiente para manter meu peso e meu condicionamento”, depõe a nutricionista Nicole Odenheimer Trevisan, 41. Ela, que se diz perfeccionista, conta que quando corria se sentia obrigada a seguir planilhas e atingir metas. “Caminhando, me sinto liberta da pressão por resultados.” Foi caminhando que a treinadora e especialista em fisiologia do exercício Camila Hirsch completou, 15 anos atrás, a maratona de Nova York. Em um grupo de cinco pessoas, fez 42 quilômetros em 6 horas e 31 minutos (equivale a um ritmo de 6,9 quilômetros por hora na esteira). “Três pessoas do grupo não podiam correr por questões de saúde, mas o resto caminhou por opção. Foi incrível. Cumprir caminhando uma prova cujo objetivo é correr foi uma adaptação e uma quebra de barreiras”, diz. Para a treinadora, os efeitos da caminhada “são exatamente os mesmos” da corrida. “O trabalho nos glúteos é até mais forte, porque as pisadas são de calcanhar e a sobrecarga fica mais concentrada na região do quadril.” O problema, diz Camila, é a monotonia. Geralmente, os caminhantes realizam a mesma carga de exercício. A saída é alternar dias de caminhadas mais aceleradas e outros com ritmo mais lento, alternando também lugares íngremes e regiões planas. “A caminhada precisa ter esse tipo de renovação. Se não houver intensidade, o benefício de emagrecimento vai diminuir aos poucos, como também o ganho de massa muscular.” Fonte: Folha de S. Paulo

Brasil aprova primeiro remédio para endometriose

anvisaA Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou a venda no país do primeiro remédio específico para tratar a dor da endometriose, doença que afeta o endométrio (membrana interna do útero) e atinge 6 milhões de brasileiras. Segundo os médicos, a principal vantagem do novo medicamento (Allurene) é o uso prolongado e por via oral. Antes, o único tratamento aprovado para a doença eram drogas que interrompem o funcionamento dos ováris, causado uma menopausa temporária (análogos do GNRH). São administradas por injeção ou aerossol nasal. O problema é que elas não podem ser usadas por mais de seis meses porque tiram o cálcio dos ossos, levando à perda óssea (osteoporose). Outra opção (off label, ou seja, usada sem indicação oficial para esse fim) é o DIU Mirena, que bloqueia a menstruação e inibe o crescimento do endométrio. Mas muitas mulheres não se sentem confortáveis com ele. Para o ginecologista da Unicamp Carlos Alberto Petta, o Allurene não é a droga definitiva para tratar endometriose, mas é a única novidade nos últimos anos. Estudos clínicos demonstraram que o remédio alivia, principalmente, as dores menstruais e as que surgem durante relação sexual. Petta afirma, porém, que ainda não foram estudados os efeitos do remédio em grupos específicos de mulheres com endometriose, como aquelas em que a doença já se instalou no intestino ou na parede externa dos ovários (endometrioma). AÇÃO DO REMÉDIO O remédio é um repositor hormonal que inibe a produção do estrógeno no endométrio- o estrógeno é que alimenta a doença. Segundo o ginecologista Maurício Simões Abrão, professor da USP, o medicamento pode causar alteração do sangramento menstrual. Outros efeitos colaterais são dores de cabeça, desconforto nos seios e depressão. O preço da droga, em torno de R$ 170 (para cada caixa com 28 comprimidos de 2 mg), é um outro fator limitante para mulheres com poder aquisitivo menor. Petta e Abrão também alertam que ainda não há cura para a doença e que o tratamento deve ser adaptado para cada paciente. “Não existe uma única abordagem ideal”, diz Petta. Estudos demonstram que quase metade das mulheres com endometriose pode sofrer de infertilidade. O diagnóstico costuma ser tardio. A mulher leva, em média, sete anos entre o início dos sintomas e a detecção e tratamento da doença. DEMORA Entre as mais jovens (abaixo dos 20 anos), o tempo é ainda maior: 12 anos. “A demora do diagnóstico está claramente associada ao avanço da doença”, diz Abrão. Falta de informação e acesso aos serviços de saúde são as principais motivos. Segundo Abrão, o Ministério da Saúde estuda montar um programa com capacitação de médicos do SUS para um diagnóstico mais rápido e eficaz da doença. Hoje, o tratamento está disponível, principalmente,em centros médicos ligados às universidades públicas. Fonte: Folha de S. Paulo

Pesquisa mostra dados ´alarmantes´ sobre fumo

cigarroCom estimativa de 301 milhões de usuários, a China fuma mais, seguido pela Índia, com quase 275 milhões
Londres – Dois quintos dos homens nos países em desenvolvimento ainda fumam ou usam tabaco, e as mulheres começam a fumar cada vez mais jovens, segundo um estudo internacional que descobriu “padrões alarmantes” do uso do tabaco.
Apesar de anos de medidas contra o tabagismo em todo o mundo, a maioria dos países em desenvolvimento tem baixas taxas de abandono, de acordo com o estudo na revista médica The Lancet publicado na sexta-feira.
“Embora 1,1 bilhão de pessoas tenham sido cobertas pela adoção das políticas de controle de tabaco mais eficazes desde 2008, 83 por cento da população mundial não é alcançada por duas ou mais dessas políticas”, disse Gary Giovino, da Escola de Saúde Pública e Profissões de Saúde da Universidade de Buffalo, em Nova York, que liderou a pesquisa sobre o fumo.
As medidas incluem legislação que proíbe fumar em lugares públicos, proibições de publicidade na mídia e a exigência de mais advertências gráficas nos maços de cigarros.
Com base em dados de Pesquisas Globais de Tabaco entre Adultos, realizadas entre 2008 e 2010, a equipe de Giovino comparou os padrões de uso e abandono do tabaco em pessoas com 15 anos ou mais, de 14 países de baixa e média renda. Eles incluíram dados da Grã-Bretanha e dos EUA para comparação.
Eles encontraram taxas desproporcionalmente altas de fumantes entre os homens – média de 41 por cento contra 5 por cento das mulheres – e enorme variação na predominância, de cerca de 22 por cento de homens no Brasil a mais de 60 na Rússia.
As taxas de mulheres que fumavam variaram de 0,5 por cento no Egito a quase 25 por cento na Polônia.
As descobertas foram divulgadas no momento em que as empresas de tabaco mundo, British American Tobacco, Imperial Tobacco, Philip Morris e Japan Tobacco, perderam um apelação crucial na Austrália esta semana contra a introdução de embalagens de tabaco sem logo, em linha com recomendações da Organização Mundial de Saúde.
Segundo a OMS, o tabaco mata até metade de seus usuários. Fumar causa câncer de pulmão, muitas vezes fatal, e outras doenças respiratórias crônicas.
Risco
É também um importante fator de risco para doenças cardiovasculares, o assassino número um do mundo. Outras formas de uso do tabaco incluem cheirar ou mascar.
Matthew L. Myers, presidente da Campanha para Crianças Livres do Tabaco dos EUA, disse que o estudo “ressalta a enorme epidemia global do tabaco”.
“Sem uma ação urgente, o uso de tabaco vai tirar 1 bilhão de vidas neste século”, disse ele, exortando os países mais pobres a “agir agora e resolver uma crise que eles pouco podem arcar”.
Com uma estimativa de 301 milhões de usuários, a China tem mais fumantes, seguido de perto pela Índia, com quase 275 milhões. Outros países incluídos no estudo foram Bangladesh, México, Filipinas, Tailândia, Turquia, Ucrânia, Uruguai e Vietnã.
Fonte: Diário do Nordeste
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