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Posts cadastrados em novembro 2011

Dia Mundial do Combate ao Câncer de Próstata

Enquanto as mulheres aprendem, desde cedo, que é preciso ir regularmente ao ginecologista – e depois, quando se tornam mães, que é preciso levar os bebês ao pediatra –, os homens não possuem esse hábito. Como consequência, muitos deles sofrem com males que poderiam ser evitados caso houvesse atitudes preventivas. Pensando nesse problema cultural, abriremos a série de entrevistas falando sobre uma doença exclusivamente masculina: o câncer de próstata.

No Brasil, o câncer da próstata é o segundo mais comum entre a população masculina com mais de 60 anos – ficando atrás apenas do câncer de pele -, cuja ocorrência é estimada entre 2 e 2,3% entre homens de 45 a 75 anos de idade. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), estima-se que 50 mil novos casos aparecem por ano no país.

Muitas vezes visto como um grande tabu, o aparecimento do câncer de próstata está relacionado à herança genética favorável, à longevidade e é mais prevalente em homens com dieta rica em gorduras e expostos a níveis altos de poluição.

Confira a entrevista com o urologista Ricardo Madeira:

O que provoca o câncer de próstata? Quais são as causas?

O câncer de próstata está associado a uma herança genética favorável e a idade, ou seja, quanto mais envelhecemos, maior a chance do homem apresentar o câncer prostático. Outros fatores são: obesidade e uso abusivo de anabolizantes (testosterona).

O que fazer para se prevenir?

Não há uma medicação aceita para prevenir o câncer de próstata; o que existe é a avaliação preventiva, que deve ser feita por todos os homens após os 40 anos. O câncer de próstata, na fase inicial da doença, em geral não determina o aparecimento de sintomas – ele é silencioso -, portanto, no início, o câncer não é diagnosticado pelos sintomas, mas somente através do exame de PSA e do Toque Retal. Há evidências que a castanha do Para, o tomate e dietas pobres em gorduras possam ajudar retardando o aparecimento do tumor da próstata. Por outro lado, o uso abusivo de anabolizantes (testosterona) ou reposições hormonais realizadas sem critério podem acelerar o aparecimento da doença.

Como é feito o tratamento?

O tratamento para o câncer prostático depende da fase em que o tumor é diagnosticado. Na fase inicial, onde não há metástases, e possível a cura através do tratamento cirúrgico, no qual é retirada a próstata (prostatectomia radical) ou deve ser realizada a radioterapia. A quimioterapia não é utilizada quando a doença é diagnosticada na fase inicial. Na fase avançada do câncer de próstata, quando já há metástases, utilizamos a Hormonioterapia – medicações que diminuem drasticamente a produção de testosterona, levando a uma melhora no crescimento do tumor. Também pode ser feita radioterapia. A quimioterapia é utilizada somente na fase terminal do câncer prostático avançado, e apenas em pacientes que possuem contraindicações ao uso de hormonioterapicos. Para quem não consegue se adaptar à medicação é possível a retirada cirúrgica dos testículos.

Quais são as chances de cura?

Sobre a cura do câncer de próstata, posso afirmar que tudo está relacionado ao momento do diagnóstico. Diante de um tumor próstata assintomático, diagnosticado no exame de rotina, com o PSA ainda baixo (valor normal: 4,0), e sem comprometimento de outros órgãos, a chance de cura é muito alta.

Quais são as consequências caso não tratado a tempo?

Se descoberto na fase inicial, a chance de cura é muito alta. Mas infelizmente, ainda há uma parcela da população masculina que aguarda o surgimento dos sintomas (dificuldade para urinar, sangramento na urina, dores ósseas e anemia) para procurar uma avaliação urológica. Nestes casos, o diagnóstico mostrará um câncer prostático numa fase avançada da doença. Haverá, na fase tardia, uma chance grande da doença ter se disseminado para outros órgãos (metástases) e ter evoluído para uma doença incurável.

Quais são suas recomendações para prevenir o câncer de próstata?

A minha mensagem é que os homens devem realizar o exame preventivo do câncer prostático a partir dos 40 anos. Neste momento, e a única maneira de realizarmos um diagnóstico precoce desta doença e possibilitar a realização de um tratamento curativo. Aquele homem que espera os sintomas aparecerem ou que espera os sintomas piorarem, receberá um diagnostico de câncer prostático em fase avançada e não poderá ser curado.

Fonte: Itu.com.br

Anvisa proíbe alimentos e bebidas à base de Aloe vera usados para emagrecimento

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a venda, fabricação e importação de alimentos e bebidas à base de Aloe vera. De acordo com o órgão, não há comprovação da segurança do uso do componente e nem registro para esse fim. A restrição foi publicada ontem (14) no Diário Oficial da União.

A Aloe vera é uma planta conhecida popularmente como babosa. É usada principalmente em produtos para o cabelo, mas recentemente também era encontrada em bebidas e alimentos, inclusive com função de emagrecimento. Por se encaixar na categoria de “novos alimentos”, a planta precisa se submeter ao registro da Anvisa para poder ser comercializada com esse fim.

De acordo com a resolução, o uso da Aloe vera é regulamentado apenas como aditivo na função de aromatizantes de alimentos e bebidas, o que continua sendo permitido.

Fonte: Agência Brasil

Brasil ganha Formulário de Fitoterápicos

O Brasil ganhou sua primeira edição do Formulário Nacional de Fitoterápicos. A publicação, que integra a Farmacopeia Brasileira, traz 83 monografias de medicamentos, como infusões, xaropes e pomada. A expectativa é que o uso e a produção de fitoterápicos no país ganhe impulso, já que o Formulário define padrões únicos para a fabricação dos medicamentos e permite à indústria a fabricação dos medicamentos dentro de parâmetros exigidos. Na prática, o documento é um tipo de guia para a fabricação de medicamentos fitoterápicos.

No Formulário estão registradas informações sobre a forma correta de preparo e as indicações e restrições de uso de cada espécie. Os requisitos de qualidade estão definidos de forma específica para a farmácia de manipulação e farmácias vivas. Para a diretora da Anvisa Maria Cecília Brito, a publicação é um marco no desenvolvimento de fitoterápicos. “O ineditismo deste trabalho vai fazer com que iniciemos um processo que o Brasil necessita há muito tempo”, defende Cecília.

Já o diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, defende um avanço na produção de fitoterápicos. “Nós temos uma das maiores biodiversidades do planeta e ainda somos um país com baixa participação no mercado de fitoterápicos”, explica Barbano.

Desde 1978, a Organização Mundial da Saúde reconhece oficialmente o uso de fitoterápicos. No Brasil, a política de uso de plantas medicinais teve início em 1981. Mais recentemente o decreto 5.813/2006 instituiu a Política Nacional de Plantas Medicinais.

A aprovação do Formulário Fitoterápico está na resolução RDC 60/2011, publicada nesta sexta-feira (11/11) no Diário Oficial da União. A utilização do formulário entre em vigor no prazo de 90 dias.

Acesse o Formulário Nacional de Fitoterápicos

http://www.anvisa.gov.br/farmacopeiabrasileira/conteudo/Formulario_de_Fitoterapicos_da_Farmacopeia_Brasileira.pdf)

Fonte: Anvisa

 

Anvisa define composição de vacinas contra a gripe que serão usadas em 2012

Diário Oficial da União publicou ontem (10) a resolução da Agência Nacional de Saúde (Anvisa) determinando as cepas (linhagens) de vírus que deverão ser utilizadas na formulação das vacinas contra gripe no ano que vem.

As vacinas serão aplicadas a partir de fevereiro do próximo ano e deverão conter, obrigatoriamente, três tipos de cepas de vírus em combinação. A resolução obedece a recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o Hemisfério Sul.

A composição da vacina para gripe sazonal é atualizada a cada ano, de acordo com os vírus circulantes, para garantir a eficácia do produto. Como os vírus circulantes não sofreram grandes alterações, as cepas para 2012 são as recomendadas para este ano. O uso de outras linhagens está proibido.

As empresas que tiveram a alteração pós-registro para atualização da cepa aprovada este ano estão dispensadas de nova avaliação da Anvisa para o ano de 2012.

Fonte: Agência Brasil

DIA 14 DE NOVEMBRO: DIA MUNDIAL DO DIABETES

O diabetes mellitus é uma doença crônica provocada pela deficiência de ação e/ou de produção da insulina, o que acarreta aumento da concentração de açúcar no sangue. Se não tratado, pode desencadear complicações em diversos órgãos, especialmente rins, olhos, coração e cérebro.

A prevenção e o tratamento do diabetes mellitus envolvem mudanças no estilo de vida, principalmente em relação à dieta alimentar, à prática regular de atividades físicas e ao uso de medicamentos (hipoglicemiantes orais ou insulina) para pacientes já diagnosticados.

O diagnóstico laboratorial do diabetes mellitus é feito através do exame de glicemia em jejum, que consiste na coleta de uma amostra de sangue após um jejum de 8 a 12 horas para avaliar o nível de glicose no sangue.

“É muito importante realizar o exame de glicemia em jejum a cada 6 meses, pois o diagnóstico precoce é fundamental para prevenir as complicações crônicas do diabetes mellitus. Se estas complicações já estiverem instaladas, são necessárias ações para impedir a evolução das mesmas, e contribuir para a qualidade de vida do paciente”, enfatiza Ticiana Frota, coordenadora da Promoção à Saúde da Unimed Ceará.

Justiça mantém norma da Anvisa que proíbe venda de remédio controlado por telefone e internet

A Justiça Federal de Brasília manteve norma da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que, desde agosto de 2009, proíbe farmácias e drogarias de vender remédios controlados por telefone, fax e internet.

A rede de drogarias Araújo, uma das maiores de Minas Gerais, entrou com uma ação judicial contra a resolução sob a alegação de que a medida seria ilegal. A Advocacia-Geral da União (AGU), que defendeu a Anvisa, argumentou que a agência reguladora apenas tornou mais claras as regras para a comercialização de medicamentos controlados, previstas em uma portaria anterior do Ministério da Saúde, datada de 1998.

A Justiça entendeu que a Anvisa não extrapolou suas atribuições. “Ao proibir a venda de medicamentos sujeitos a controle especial por meio remoto, somente regulamentou o assunto, delimitando a restrição do tipo de produto que não pode ter esse tipo de comercialização”, disse o juiz federal João Luiz de Sousa, em decisão tomada em setembro e anunciada hoje (8), pela AGU.

Na mesma resolução, a Anvisa determinou que os remédios devem ficar atrás do balcão, vedando que fiquem ao alcance dos consumidores e definindo que sejam fornecidos apenas pelos funcionários dos estabelecimentos.

Fonte: Agência Brasil

ANS publica norma para avaliação da qualidade dos serviços ofertados pelos planos de saúde

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) publicou ontem, 07, no Diário Oficial da União a resolução normativa que institui o Programa de Acreditação de Operadoras de Planos de Saúde. O programa, inédito no Brasil, é inspirado em modelos internacionais. O objetivo é aumentar a qualidade da prestação dos serviços oferecidos pelos planos de saúde e dar rapidez à solução dos problemas.

O programa também vai definir parâmetros de qualidade a serem seguidos pelas operadoras, embora sem caráter de obrigatoriedade. A finalidade é incentivar a mudança do atual modelo técnico-assistencial. Para Leandro Fonseca, diretor adjunto de Normas e Habilitação das Operadoras da ANS, a acreditação vai diminuir algumas imperfeições de mercado e permitir que as operadoras identifiquem e solucionem problemas com mais segurança e agilidade.

A resolução em vigor ficou em consulta pública por 30 dias e recebeu sugestões da sociedade civil e dos agentes regulados.

Fonte: Agência Brasil

Fique atento: teste aponta excesso de sal em 69 produtos

Análise da ProTeste, órgão de defesa do consumidor, encontrou excesso de sal em 69 de 154 produtos, como biscoitos, aperitivos e frios.

O teste dividiu os alimentos em 26 categorias. Em algumas delas, todos os itens apresentaram alto teor de sódio. Os campeões foram salame, linguiça, azeitona e presunto.

A azeitona do Carrefour, por exemplo, tinha 2,12% da substância em sua composição, valor muito acima do aceitável, segundo classificação da ProTeste. A linguiça da Seara tinha 1,59%, também acima do recomendado.

METODOLOGIA

Os produtos foram divididos seguindo escala da Food Standard Agency, agência regulatória do Reino Unido que classifica o teor de sódio em baixo, moderado ou alto.

No Reino Unido, os rótulos de alimentos têm um “semáforo” que sinaliza se o produto tem grandes quantidades de gordura, açúcar ou sal. No Brasil, não existe nada parecido.

“Não temos uma regulamentação que estabelece limites de sódio. Existe um acordo entre a indústria e o Ministério da Saúde para diminuir os níveis da substância, mas não é uma norma”, explica Manuela Dias, nutricionista e técnica da ProTeste.

Na análise, foi considerado “muito bom” o alimento cuja quantidade da substância foi menor ou igual a 0,12%; “aceitável”, aquele com teor entre 0,13% e 0,60% e “ruim”, o produto que ultrapassou 0,61%.

De acordo com a ProTeste, a quantidade encontrada nos alimentos analisados variou de 0,08% a 2,2%. Apenas dois produtos (1,3% das amostras) apresentaram baixas quantidades da substância: a manteiga Batavo e a mostarda Carrefour.

Foram considerados com níveis ruins de sódio o biscoito cream cracker da Triunfo (1,04%), o amendoim japonês da Dr. Oetker (1,07%) e da Yoki (0,74%) e os presuntos da Perdigão (1,17%) e do Carrefour (1,33%).

A quantidade máxima recomendada de ingestão de sal de cozinha é de cinco gramas por dia, segundo a Organização Mundial da Saúde. Para o sódio, a recomendação é de dois gramas. “As pessoas confundem muito. Tanto o sódio dos alimentos industrializados quanto o sal de cozinha são prejudiciais. O sódio é mais concentrado.”

É difícil calcular as quantidades ideais de ingestão só olhando os rótulos dos produtos. Nem sempre eles são claros, e o tamanho da porção ajuda a confundir, comenta a nutricionista.

“O jeito mais fácil é comparar produtos de marcas diferentes e escolher o que tem menos. E aqueles que têm porcentagens muito altas nos rótulos [60% da ingestão diária, por exemplo] devem ser evitados.”

OUTRO LADO

Em nota, o Carrefour disse que seus produtos de marca própria são desenvolvidos sob rígidos processos de qualidade e de acordo com a legislação brasileira. “Periodicamente são realizadas auditorias em fábricas e análises laboratoriais nos produtos para controlar a qualidade.”

A Seara informou que, embora o sódio seja um componente importante para o sabor e a conservação dos alimentos, a fabricante “está reduzindo seu nível, especialmente nas linguiças.”

A Arcor, responsável pela Triunfo, reforçou que o produto está dentro da lei brasileira e que atende as necessidades dos consumidores que precisam ou querem reduzir a ingestão de sódio com a linha de biscoitos Triunfo Menos Sal.

Por email, a Yoki afirmou que planeja reduzir a quantidade da substância no amendoim japonês a partir de janeiro de 2012 e que “vem trabalhando continuamente na redução da quantidade de sal e ingredientes que contém altos teores de sódio, como o glutamato monossódico.”

A BRF Foods, responsável pela Perdigão, disse que os valores são inferiores às metas estabelecidas no acordo de cooperação técnica entre o Ministério da Saúde e a ABIA (Associação Brasileira das Industrias de Alimentos).

A Dr. Oetker informou que até o momento não foi notificada pela Proteste e, portanto, não vai se pronunciar.

Fonte: Folha.com

Brasil começa a produzir remédio contra mal de Parkinson e alcançará a autossuficiência dentro de cinco anos

O Brasil estará produzindo, dentro de cinco anos, toda a quantidade do medicamento pramipexol necessária para o tratamento do mal de Parkinson no país. A produção nacional do remédio, apontado como a primeira escolha no tratamento da doença, será feita pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Acordo assinado hoje (3), no Rio de Janeiro, deu início à transferência da tecnologia para a produção do remédio que será repassada pelo laboratório alemão Boehringer Ingelheim a técnicos do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos).

 O Farmanguinhos é a unidade técnico-científica da Fiocruz considerada o maior laboratório farmacêutico oficial vinculado ao Ministério da Saúde. A partir de 2015, a Fiocruz passa a responder por 50% do pramipexol produzido e consumido no país. “[O pramipexol] é, hoje, o principal tratamento [para o mal de Parkison] e, para nós, do ponto de vista da produção, tem ainda uma atração tecnológica: com nosso aprendizado, essa tecnologia vai permitir que Farmanguinhos incorpore outros medicamentos relacionados aos males do sistema nervoso central no futuro”, explicou o diretor do Instituto Farmanguinhos, Hayne Felipe da Silva.

 Em 2017, toda a produção do medicamento consumido pelos brasileiros será nacional. A nacionalização da tecnologia do medicamento significa economia e maior controle sobre a demanda. Anualmente, são gastos cerca de R$ 40 milhões na aquisição desse remédio no mercado internacional para a distribuição em toda a rede pública de saúde brasileira.

 “Tem o lado da soberania do país, enquanto fornecedor de um medicamento importante. E também possibilita a ampliação de acesso porque você reduz custo. A parceria permitirá uma redução de aproximadamente 5% do valor dispendido hoje pelo Ministério da Saúde, que poderá ampliar o acesso”, acrescentou Silva.

 O pramipexol é um dos medicamentos mais usados no tratamento do mal de Parkinson, doença que afeta quase 200 mil brasileiros com mais de 60 anos, segundo estimativas da Associação Brasil Parkinson. O medicamento age como a dopamina (neurotransmissor cuja produção decai no doente de Parkinson pela morte dos neurônios que o produzem) e vem apresentando bons resultados, segundo especialistas, tanto na fase avançada, associado a outras substâncias, quanto na fase inicial do tratamento, protegendo o cérebro contra algumas complicações tardias do tratamento com levodopa ou retardando o aparecimento dessas complicações.

 O mal de Parkison é uma doença degenerativa, crônica e progressiva, que atinge, principalmente, a população idosa, provocando tremor, rigidez muscular, diminuição da velocidade dos movimentos e afetando o equilíbrio físico do doente. A doença também pode provocar problemas de sono, depressão e dificuldades da fala.

 Fonte: Agência Brasil

 

Ceará supera marca inédita em número de transplantes

Estado realizou, até o dia 1º deste mês, 1.037 cirurgias, 165 a mais que o último recorde alcançado em 2010

A solidariedade dos cearenses ajudou, mais uma vez, a anunciar números positivos. Após a confirmação de outro recorde pelo quinto ano consecutivo, o Ceará registrou novo feito histórico: a superação da marca inédita de mil transplantes realizados em 2011, mesmo ainda a dois meses do fim deste ano.

De acordo com dados divulgados pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), até o dia 1º deste mês, foram realizados 1.037 desses procedimentos no Ceará, 165 a mais que o último recorde de 872 cirurgias durante todo o ano de 2010.

O transplante mais recente foi de pulmão, realizado na madrugada da última terça-feira, dia 1º, no Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes. O paciente transplantado foi Ednardo Zacarias da Silva, de 61 anos, que aguardava a doação do órgão desde janeiro e era portador de fibrose pulmonar. O procedimento foi o terceiro do tipo no Ceará e nas regiões Norte e Nordeste, uma vez que a instituição está entre as três unidades de saúde do Brasil a realizar a cirurgia. As outras estão localizadas em Porto Alegre (RS) e São Paulo (SP).

Para festejar a marca histórica, a Sesa homenageará as instituições e profissionais que atuam no processo de doação e transplante no Ceará com a entrega de condecorações e certificados de reconhecimento, em solenidade hoje, às 9h, no Auditório Waldir Arcoverde, Avenida Almirante Barroso, 600, Praia de Iracema. A condecoração tem a forma do laço verde, símbolo mundial das campanhas de doação de órgãos.

O Ceará tem se firmado como um dos Estados que mais realizam esse tipo de procedimento, que transforma espera em esperança. Em setembro, o Estado já se destacava com o maior número de transplantes de fígado por milhão de habitantes do País.

Segundo o Registro Brasileiro de Transplantes (RBT), da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), foram 77 cirurgias de fígado de janeiro a junho deste ano, o que corresponde a um índice de 18,2 procedimentos por milhão de habitantes só no primeiro semestre de 2011.

Esse número ultrapassa o de São Paulo e Minas Gerais, agora segundo e terceiro colocados no ranking da ABTO, com 16,5 e 16 operações, respectivamente. O Ceará também já superou o número de transplantes de fígado executados no ano passado. Foram 131 procedimentos até outubro, 18 a mais do que em todo o ano passado.

Foi entre 2010 e 2011 que o Estado avançou uma posição no ranking nacional de doadores efetivos e assumiu o terceiro lugar no Brasil, passando de 14,8 doadores por milhão para 16,8 por milhão no primeiro semestre deste ano, só perdendo para Santa Catarina (26,6pmp/ano) e São Paulo (20,2pmp/ano).

Mais de 90% dos transplantes feitos no País são executados pelo Sistema Único de Saúde. Só no ano passado, o investimento nessas cirurgias foi de R$ 1,198 bilhão. Esse tipo de procedimento, além de altamente complexo, ainda é bastante caro. Uma operação de coração, por exemplo, custa, em média, R$ 50 mil reais.

O Brasil é um dos países mais importantes em número de transplantes no mundo. Com a criação do Sistema Nacional de Transplantes, que tem a concepção de fila única para garantir o acesso universal, justo e gratuito aos órgãos disponíveis, os procedimentos só têm crescido. Antes, em 1996, eram realizados 3.979 cirurgias. Já em 2010, foram 21.040.

Fonte: Diário do Nordeste

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